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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Biblias Catolicas e Evangélicas

 

É comum ouvirmos afirmação  que Lutero retirou sete livros da Bíblia Catolica, é verdade também que com igual ignorancia muitos evangélicos insistem em dizer que os católicos incluiram livros na bíblia – Não é de hoje que a falta de conhecimento, associada a uma forte arrogância tem criado bolsões exclusivistas e segregado pessoas, nações e até mesmo membros da mesma família.

Já somamos mais de dois mil anos de cristianismo, sendo importantes em questões assim, e sem anacronismo, um estudo da história para uma melhor compreensão dos fatos.

Um fato importante é que a versão dos setenta que foi vertida para vulgata e assim traduzida no universo catolico, foi oficializada pelo catolicismo apenas no concilio de Trento que foi do ano de 1545 a 1577, sendo que a reforma protestante comecou a ocorrer pelo ano de 1517 – verdade é que em muitas passagens do novo testamento, é certo que muitas vezes no contexto do novo testamento os apostolos provavelmente podem ter citado algumas passagens da versão dos setentas, mas isso não significa que a usaram como escritura nos seus dias, nem muito menos que validaram os livros inteiros como inspirados, se assim fora, Paulo por exemplo cita passagens de filosofos, e nem por isso os seus escritos são tidos como canonicos.

Mas o importante até aqui é perceber que não foram nem os protestantes que tiraram ou colocaram livros, estas versões ja existiam antes do inicio do cristianismo, portanto dizer que este ou aquele grupo dentro da esfera do cristianismo tirou ou colocou certos livros é uma postura leviana e falta com a verdade.

Agora com relação a versão tida como inspirada pelos apostolos um fato importante é nota no novo testamento o uso das expressão “leis e os Profetas” sendo esta uma terminologia usada com referencia unicamente a bíblia hebraica, e não a versão da septuaginta! Jeronimo que traduziu a versão grega para o latim assim advertiu escrevendo a uma senhora com relação a educação de sua filha:

“Todos os livros apócrifos devem ser evitados; mas, se ela quiser alguma vez lê-los, . . . deve ser informada de que não são as obras dos autores por cujos nomes se distinguem, que eles contêm muitas falhas e que é uma tarefa que exige grande prudência, achar ouro no meio do barro.”

Entre os judeus estes livros não eram aceitos como canonicos porque teriam sido escritos quando ja se havia findado as revelações diretas e profecias do velho testamento, tendo também entre eles apenas um valor historico.

Melhor do que dizer sobre quem tirou e sobre quem colocou os livros na biblia cristã, é mais prudente analisar as questões doutrinárias e historicas que fizeram as versões judaica e grega, fossem preferida uma em vez da outra, também é importante perceber que a reforma preferiu o tradicional texto hebraico enquanto que a igreja catolica o grego. Porém para nós evangélicos, além da preferencia pelo texto judeu, existem uma quantidade significativa de contradições doutrinárias encontradas nestes livros que não estão em harmonia, coma  doutrina geral encontrada nas escrituras vejamos:

  • Tobias 05.1-9: Narração de anjos mentindo. Refutação: Is 68.8; Os 4.2
    Tobias 02.9,10: Ensino de magia e superstição. Refutação: Tg 5.14-16
    Tobias 6.6-8: Queimar fígado de peixe expulsa demônios. Refutação: Mc 16.17, At 16.18 (Só o Nome de Jesus expulsa demônios).
    Tobias 12,9 e 1Macabeus 3.30: Dar esmolas purifica o pecado. Refutação 1Pedro 1.18,19, Ap 22.14 (Só o sangue de Jesus purifica os pecados).
    1Macabeus 1.15,16: Relato de assassinato no Templo e ainda esquartejaram o corpo: Refutação: Levitico 19,28; 20,3; Números 19,10 (Tias atos são abomináveis aos olhos de Deus)
    1Mcabeus 6.16; 2Macabeus 1.16; 9,28: Antíoco morre de três maneiras. Como pode uma pessoa morrer tantas vezes assim? Refutação: Is 63,8; Mt 5,34
    2Macabeus 2.24-31: O escritor assume que encontra dificuldfades para resumir o texto
    2Macabeus 15,38: O escritor assume que o livro não serve para nada. " Se ficou boa e agradável, era o que eu queria, mas se ficou fraca e medíocre, é o que fui capaz de fazer".. Refutação II PEDRO 01,20: sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.

 

Tire suas própias conclusões:

 

Rodryguez e Carvalho

sábado, 16 de abril de 2011

Catolicos e Evangélicos – A Intercessão dos Santos

 

Dentre tantas questões teologicas que nos separam do Catolicismo Romano, a intercessão dos Santos, é umas dessas questões que causam certas comoções e acalorados debates entre essas duas vertentes do Cristianismo.  Nós evangélicos erramos por não conhecemos a profundidade das crenças catolicas e os catolicos por sua vez erram por ignorar as nossas razões e infelizmente entre os menos esclarecidos questões assim sempre desabam do campo doutrinário, para o campo pessoal acabando em ofensas e desentendimentos. É penoso reconhecer que na maioria dos debates assim, pensamos mais em defender o nosso ego como “sábios”, portadores da verdade suprema, do que o compromisso com a doutrina que acreditamos. Então antes de qualquer coisa, gostaria de analisar a crença católica dentro do universo teologico do catolicismo, isso é importante para que tracemos uma linha inteligente e percebamos que muito embora não concordemos com a doutrina, ela tem seus fundamentos, e portanto quem crer nisto  não acredita , apenas por acreditar mas embasado em algum arcabouço doutrinario.

Argumento Catolico x argumentos evangélicos

Lendo as escrituras variadas vezes percebemos pessoas intercedendo por outras, isso não carece nem que eu transcreva aqui as passagens bíblicas dado a extensão de vezes que isso ocorre nas Escrituras, esta interecessão encontrada nas escrituras é um do motivos teologicos, citados por teologos catolicos para a crença na interecessão dos santos,  porém é necessário perceber que cada vez que esta interecessão é mencionada na Escritura, está mencionada de vivos por vivos, e não de mortos por vivos, fica aqui a primeira diferença sútil da questão.

Mas a teologia catolica, tomando por base a as palavras de Jesus, que disse Deus ser Deus de vivos e não de mortos, chega a conclusão de que a intercessão é possivel mesmo após a morte desses homens, aplicando um sistema de raciocinio que ensina que entre Deus e os homens é apenas Cristo o mediador, mas pode haver mediadores entre Cristo é os homens. – Uma coisa importante de se esclarecer é que quando a bíblia fala de um único mediador entre Deus e os homens esta falando exclusivamente acerca da doutrina da salvação, portanto tal passagem não se aplica aqui, nem ao catolicismo e nem ao protestantismo. Agora um ponto a ser considerado é a natureza da mediação e as qualidades e atributos desses mediadores após sua morte. Queria frisar que quando em vida, Paulo e os demais, não recebiam pedidos de mediação indiretos, os pedidos eram feitos de forma direta, quero dizer com isso que, Paulo não tinha onisciencia para saber o que as pessoas precisam, nem tinham onipresença para estar nos lugares que os cristãos que ele nem conhecia estavam, haja visto que onipresença e onisciencia são atributos exclusivos de Deus. Na atual intercessão catolica a impressão dada é que esses santos de alguma forma passaram a ter estes atributos, pois podem ouvir as orações que lhe são dirigidas em todos os lugares do mundo e podem ouvi-las ao mesmo tempo. Se tal juízo da minha parte for certo, então estamos diante de um problema teologico, quanto a natureza e os atributos exclusivos do Criador, logo atribuir algo que pertence a Deus na sua exclusividade ao ser humano é coloca-lo no mesmo patamar de Deus, ou faze-lo igual a Deus, sendo assim válida a advertencia do livro do Exodo cap. 20.

Um palavra ainda gostaria de dar sobre as intercessões que fazemos pelos nossos irmãos em vida. A intercessão faz parte do mandamento de levarmos as cargas um dos outros, de sentirmos a mesma coisa, de agirmos como corpo, é ainda uma via de mão dupla eu intercedo ( em vida) mas também sou alvo de intercessão.

Em resumo, nós evangélicos não acreditamos na interecessão dos santos pelo simples fato de que, eles não podem exercer e ter atributos que são exclusivos de Deus. ( onisciencia e onipresença )

 

Rodryguez & Carvalho

Durante os proximos dias estarei escrevendo sobre a Mariolatria e Culto aos Santos, convido você leitor para discorrer comigo, deixe suas considerações, comentarios ou se preferir envienos um texto pelo email  rodryguez.pesquisa@gmail.com, todos os textos serão publicados, desde que mantenham o nível de bom senso e civilidade

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