Quem Sou


Samuel Rodrigues , servindo a Deus na Igreja Assembleia de Deus, Min Madureira em Ribeirão Preto, casado com Cleide Rodrigues, Pregador da Palavra, Professor de Teologia, Blogueiro, Coordenador de Projetos de Pesquisa, contato pelo Whatsapp. ou se preferir ligue para 55 16 994542319

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sou feliz...

Ira David Sankey, conhecido hinista americano, diz em seu livro My Life and the Story of the Gospel Hymns (Minha Vida e a História dos Hinos Evangélicos):
Quando Moody e eu realizávamos reuniões em Edinburgo, em 1874, ouvimos as tristes notícias do naufrágio do vapor francês "Ville de Havre", em seu retorno da América, com grande número de membros do Concílio Ecumênico que havia sido realizado em Filadélfia. A bordo do vapor estava a Srª Spafford, com seus quatro filhos. A colisão fora em alto mar com um grande navio, fazendo com que o vapor afundasse em meia hora. Quase todos a bordo morreram. A Srª Spafford tirou seus filhos dos beliches e os levou para o convés. Tendo sido avisada de que o vapor em breve afundaria, ela ajoelhou-se com seus filhos em oração, pedindo a Deus que fossem salvos se possível, ou que se conformassem em morrer, se essa fosse a Sua vontade. Em poucos minutos o vapor imergiu para as profundezas do mar, e as crianças se perderam. Um dos marinheiros, chamado Lockurn, - com quem me encontrei mais tarde na Escócia - ao remar sobre o local onde desaparecera o vapor, descobriu a Srª Spafford flutuando. Dez dias mais tarde ela desembarcou em Cardiff, Wales. De lá telegrafou ao marido, advogado em Chicago, a mensagem: "Salva sozinha". O Sr. Spafford, que era cristão, mandou emoldurar a mensagem, e pendurá-la em seu escritório. Embarcou imediatamente para a Inglaterra a fim de trazer a esposa de volta a Chicago. Moody abandonou suas reuniões em Edinburg e dirigiu-se a Liverpool para tentar confortar os pais, e ficou muito alegre ao ver que eles estavam dispostos a dizer: "Está bem, seja feita a vontade de Deus".
Em 1876, quando voltamos a Chicago para trabalhar, passei algumas semanas no lar dos Spaffords. Neste tempo o Sr. Spafford escreveu o cântico: "Sou Feliz Com Jesus", em memória de seus filhos. P. P. Bliss compôs a música a apresentou o cântico pela primeira vez em "Farwell Hall". O fato confortador em relação a este incidente foi que pouco antes da viagem para a Europa, as crianças se haviam convertido em uma de nossas pequenas reuniões no Norte de Chicago.
Enquanto ainda viviam aí, o casal Spafford tornou-se muito impressionado com a Segunda volta de Cristo. O Sr. Spafford foi tão zeloso que decidiu ir a Jerusalém com a esposa e a filha que lhes restava, e lá aguardar a volta de Jesus, mas morreu pouco depois. A Srª Spafford é diretora de uma Sociedade cuja a sede esta num edifício fora de Jerusalém, onde um grande número de pessoas vive, tendo tudo em comum. Quando visitei Jerusalém, há alguns anos, encontrei-a na "Rua de Davi". No dia seguinte recebi a visita da Srª Spaffordd, que é muito popular entre os nativos e professora de um grande número de crianças, instruindo-as em literatura inglesa e costumes americanos.
Sankey relata ainda o seguinte: "Este cântico foi ouvido por um cavalheiro que havia sofrido grande perda financeira no terror de 1899, e que estava no mais profundo desânimo. Quando ouviu a estória do cântico, exclamou: 'Se Spafford pode escrever um tão belo cântico de resignação, eu jamais me lamentarei outra vez'."

A fé de homens assim é uma fé que ultrapassa as barreiras do material, e enxerga a vida com DEus além desta vida, vivemos em uma época de crise em que a maioria dos cristãos foca sua vida apenas neste mundo, que esbraveja, que desafia ao Criador, que o encosta na "parede". Que Deus nos dê graça e sabedoria para mantermos nossa retidão e nossa comunhão com Ele acima de toda e qualquer circunstancia.

Gloria para sempre ao Eterno.

sábado, 26 de setembro de 2009

DE ATOS DOS APOSTOLOS A NOSSOS DIAS - A ATUALIDADE DO PENTECOSTALISMO

OS PAIS DA IGREJA

"Os escritores do século I do cristianismo, falam do enchimento ou da plenitude ou ainda do batismo com o Espírito Santo, como experiência normal. Assim lemos em Tertuliano, Teófilo de Antioquia, Clemente de Alexandria, Origenes, etc. O livro DEEPER EXPERIENCES OF FAMOUS CHRISTIANS de Lawson, está cheio de maravilhosas provas do que acima dissemos" (CRISTÃOS FAMOSOS DISSERAM ..., folheto de poder N- 6, pág. 23 ) OBS: DEEPER EXPERIENCES OF FAMOUS CHRISTIANS : Bethany Fellowship, 6820 auto club Road Minneapolis, 55431.

O movimento montanista do século II, corresponde hoje em relação a doutrina do Espírito Santo, ao pentecostalismo:

"Os montanistas podem ser considerados os antepassados dos pentecostais " ( BREVE HISTÓRIA DOS BATISTAS, J. Reis Pereira, 3' edição, JUERP, pág.33) Tertuliano, um dos mais famosos pais da Igreja, aderiu ao movimento montanista :
"O que deu certa importância ao montanismo foi a posterior adesão de Tertuliano..."( BREVE HISTÓRIA DOS BATISTAS, J. Reis Pereira, pág 33 )
Quando a igreja apóstata ( Roma ) declarou o movimento montanista como "herético ", Irineu também se colocou na defesa do montanismo :
"... Roma temeu os excessos. E o montanismo foi declarado herético, e nem mesmo a influência de IRINEU E TERTULIANO pôde suavizar a acusação" (ELES FALAM EM OUTRAS LÍNGUAS, pág.116, John Sherrill)
Agostinho, assim como IRINEU E TERTULIANO, é considerado "pai da Igreja". Santo Agostinho escreveu:
"Nós faremos o que os apóstolos fizeram, quando impuseram as mãos sobre os samaritanos e invocaram o Espírito Santo sobre eles: esperamos que os convertidos falem novas línguas "
Tertuliano nos seus escritos, conta as manifestações de línguas do movimento montanista.
Irineu escreveu: "Temos em nossas igrejas Irmãos que possuem dons proféticos e, pelo Espírito Santo, Falam em toda classe de línguas."
João Crisóstomo, também considerado "Pai da Igreja ", escreveu:
" Qualquer pessoa que fosse batizada nos dias apostólicos, imediatamente falava línguas "

OS REFORMADORES PROTESTANTES

Sobre Martinho Lutero, Diz Souer na HISTÓRIA DA IGREJA ALEMÃ: "O Dr. Martinho Lutero, foi um profeta, evangelista, falador em línguas e intérprete, tudo em uma só pessoa, dotado de todos os dons do Espírito."

Para Calvino, o batismo no Espírito Santo era a recepção da graça visível (através das línguas) e a introdução do cristão no mundo dos dons espirituais.

Vejamos os escritos de Calvino :

"... batismo no Espírito Santo, isto são as graças visíveis do Espírito Santo concedidas pela imposição de mãos." Não é novidade indicar essas graças pela palavra 'batismo '. Como no dia de pentecostes, é dito que os apóstolos relembraram as palavras do Senhor sobre o batismo de fogo e do Espírito. E Pedro menciona a mesma coisa quando viu essas graças derramadas sobre Cornélio, a sua casa e seus parentes ( Atos 11 : 16 )( Institutas IV, XV. 18)

'Não é novidade o nome do batismo ser traduzido como dons do Espirito, como vimos no primeiro e no décimo primeiro capítulos ( Atos 1: 13; 11:16 ) onde Lucas disse que Cristo prometeu aos apóstolos mandar o Espírito visível, e chamou isso de batismo... quando o Espírito desceu sobre Cornélio, Pedro lembrou as palavras do Senhor: Sereis batizados com o Espírito Santo." ( COMENTÁRIO sobre Atos 19:5 )

"Quão ilustre era aquela igreja com respeito a uma abundância extraordinária e variedade de dons espirituais... Vemos agora a nossa magreza, não a nossa pobreza, mas nisto temos um justo castigo, enviado para retribuir a nossa ingratidão. Pois nem as riquezas de Deus foram esgotadas, nem diminui a sua benignidade, mas nós não merecemos a sua abundância, nem somos capazes de receber a sua liberalidade." ( COMENTÁRIO sobre I Cor. 14:32)

Sobre as línguas se expressou Calvino nos seus comentários :

"Existem durante esses dias grandes teólogos que lutam contra os dons espirituais com zelo furioso. Por certo é porque entre nós o Espirito Santo tem honrado o falar em outras línguas como expressão de louvor..."

OS PIETISTAS

Após a reforma, o cristianismo passou mais na frente por outra crise. As pessoas passaram a ter um cristianismo intelectual, e se esqueceram de que era necessário passar por uma experiência ( novo nascimento ) espiritual para ser salvo. Surgiu, então, o movimento pietista que restabeleceu o lado experimental e espiritual da reforma. Entre os pietistas, os principais foram: João Wesley, Carlos Wesley e George Whitlfield. Esses três na mesma ocasião: "Mais ou menos às três horas da manhã, perseverávamos em súplicas fervorosas, quando o poder de Deus desceu sobre nós de modo que choramos com grande gozo e muitos caíram por terra, atônitos. Todos começaram a dizer, como se fosse uma só voz: louvamos a ti, ó Senhor..."

Sobre as línguas, temos: "O ministério de Wesley, era envolvido não apenas com praticas devocionais como também com inovações, como as reuniões das sociedades e as pregações ao ar livre. Seu ministério também foi marcado por manifestações ao ar livre. Seu ministério também foi marcado por 'manifestações de entusiasmo', incluindo curas e línguas." ( católicos pentecostais, Kevin e Dorothy anaghan, pág 316)

OS AVIVALISTAS

Entre os grandes avivalistas, nós podemos destacar dois: Finney e Moody.

Sobre o batismo no Espírito Santo de Finney, temos:

"Recebi um grande batismo no Espírito Santo... não sei se deveria dizer, mas não pude me conter e balbuciava palavras inexpressivas do meu coração..." ( autobiografia )

Sobre a manifestação de línguas no ministério de Finney, diz James Gilchrist Lawson era seu livro "Profundas Experiências de Cristãos Famosos:

"Em algumas ocasiões o poder de Deus se manifestava em tal grau nas reuniões de Finney, que quase todos os presentes caíam de joelhos em oração, ou melhor, oravam com lamentos e queixumes inenarráveis pelo derramamento do Espírito de Deus."

D. L. Moody, assim relatou a sua experiência pentecostal :

"Meu coração não sabia pedir aos outros ... clamei a Deus para que enchesse com o seu Espírito e ... um dia, na cidade de New York,- Oh que dia! nem posso descrevê-lo e raramente me refiro a ele; é uma coisa sagrada demais para ser mencionada. Paulo teve uma experiência da qual nunca falou por catorze anos. Apenas posso dizer que Deus se revelou a mim e senti tal expressão do seu amor que tive de pedir-lhe que detivesse a sua mão."

O Dr. C. I. Scofield, editor da Bíblia de referência Scofield disse, nos funerais de Moody:

"... ele era batizado com o Espírito Santo, e tinha consciência desse batismo. Era para ele algo tão definido quanto a experiência da conversão" (A VIDA DE D. L. Moody, por seu filho, pág. 561 )

Sobre a manifestação de línguas, testemunhou o Ver. R. Boyd, batista e amigo íntimo de Moody, no seu livro "Provas e Triunfos da Fé ", edição de 1875 :

"Quando cheguei a Vitória Hall, Londres, encontrei a assembléia ardendo. Os jovens estavam falando em línguas e profetizando. Qual seria a explicação de tão estranho acontecimento? Somente que Moody os estava dirigindo naquela tarde".

É preciso buscarmos o batismo no Espírito Santo como uma experiência distinta da conversão. Como disse C.H. SPURGEON:

"Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àquele que lhe pedirem! (Lucas 11: 13 ) . Vede que há uma promessa distinta para os filhos de Deus, se tão somente pedirem, pois o Pai celestial está solícito para dar esse poder tanto quanto um pai terreno deseja satisfazer aos seus filhos. E esta promessa é feita excessivamente forte, pela urgência que tem, pois a expressão "Quanto mais dará o Pai celestial" é enfática e mostra o grau de força que contém. O Senhor Jesus torna, pela comparação de um pai comum, a alegoria mais compreensiva. Deus o Pai nos dará o Espírito quando lhe pedirmos, porque se empenhou em fazê-lo, mediante um penhor comum: pedir. Para isto usou uma símile que desonraria o nome, se não o cumprisse. Colocaria as suas palavras em termos grosseiros, se não desse realmente o seu Santo Espírito a quantos o pedissem !" (Twelve Sermons on the Holy Spirit pág 50)

O MOVIMENTO PENTECOSTAL DO SÉCULO XX

Os primeiros sinais do movimento foram no Instituto Bíblia Betel em Kansas City, onde a primeira pessoa a ser batizada no Espirito Santo foi Agnes Ozman em 1901. Vejamos o seu relato:

"Foi quando suas mãos foram postas na minha cabeça que o Espírito Santo caiu sobre mim e comecei a falar em línguas, glorificando a Deus... Fui a primeira a falar em línguas na escola bíblica... Disse-lhes que deviam buscar, não as línguas, mas sim o Espírito Santo."

O pastor T. B. Barrat, o pai do pentecostalismo europeu, também testemunha: "Pedi ao líder da reunião, pouco antes da meia-noite, que impusesse as mãos sobre mim e orasse por mim. Imediatamente, o poder de Deus começou a operar no meu corpo, bem como em meu espírito. Eu era como Daniel, incapacitado sob o toque divino... e tive que apoiar-me na mesa da plataforma onde estava sentado, e deslizei para o chão... No mesmíssimo momento, meu ser ficou cheio de luz e de poder indescritível, e comecei a falar numa língua... tão altamente quanto podia..."

O pastor Batista John Osteen também conta a sua experiência: "Numa sala com ar condicionado, com minhas mãos erguidas... e meu coração ansiando por Deus, veio a lava quente e derretida do Seu amor. Entrou correndo como um rio do céu, e eu fiquei levantado fora de mim mesmo. Falei durante cerca de duas horas numa língua que não podia entender. Meu corpo transpirava como se eu tivesse num banho de vapor: O BATISMO NO FOGO!"

O Dr. W. E. Entzminger, compositor da grande parte dos hinos do Cantor Cristão, explica:

" Mas perguntarão alguns: 'Não temos nós recebido já o Espírito Santo, visto que somos crentes? Sim, isso é verdade, pois sem o Espírito Santo em nós nunca poderíamos ser cristãos, como diz o apóstolo: 'se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele; o Espírito Santo é o que nos regenera e que nos liga a Cristo. Ao mesmo tempo é incontestável que na maior parte dos crentes a presença do Espírito não se faz sentir, não se manifesta, neles não habita em poder, porque nunca fizeram eles uma entrega de si mesmos ao Espírito..." ( O PODER DO ALTO, CASA PUBLICADORA BATISTA, 1947, TERCEIRA EDIÇÃO)

Spurgeon diz:

"Se tivéssemos o selo do Espírito Santo em nosso ministério, com o seu poder, os nossos talentos pouco importariam. Os homens poderiam ser pobres e indoutos, suas palavras poderiam ser difíceis ou desprovidas de gramática, se a força do Espírito as acompanhasse, o mais humilde evangelista poderia ser mais eficiente que os mais eruditos teólogos ou do que os pregadores mais eloqüentes.

E o poder extraordinário de Deus, e não o talento, que ganha o dia. É a unção extraordinária do Espírito, e não a capacidade mental fora do comum o que carecemos. O poder mental pode encher o edifício, porém o poder espiritual enche a Igreja com o anseio da alma. O poder mental pode atrair congregações enormes, porém, é o poder espiritual que salva. O que precisamos, é de poder espiritual (citado no Reavivamento que Precisamos, pg. 31)

CONCLUSÃO

O que deseja o movimento de renovação espiritual é a resposta dos vários hinos do cantor cristão, tais como:

"Senhor Jesus, ó vem me conceder
A plenitude do consolador;
Dos altos céus me outorga poder,
Poder do Espírito renovador" ( HINO 161 ) Chuvas de bênçãos;
"Gotas somente nós temos; Chuvas rogamos a Deus" (Hino 168)
"Aviva-nos, Senhor; Eis nossa petição. Ateia o fogo do alto céu
Em cada coração" ( Hino 171 )

NINGUÉM DETÉM, É OBRA SANTA!!!!!!!!!!.

Artigo do Jornal Trombeta de Sião
Ano I n.º 7
Editor – Pr. Glauco Magalhães

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Falando sobre Fé

Fé: uma crença ilógica no que não se pode provar?

por John Stott

Quisera saber se há outra virtude cristã mais mal compreendida do que a fé. Comecemos com dois aspectos negativos.

Primeiro, fé não é credulidade. O americano H.L. Menvhekn, crítico anti-sobrenaturalista do cristianismo, certa vez afirmou que "a fé pode ser definida concisamente como sendo uma crença ilógica na ocorrência do improvável". Mas Mecken errou: Fé não é credulidade. Ser crédulo é ser ingênuo, completamente desprovido de qualquer crítica, sem discernimento, até mesmo irracional, no que crê. Porém é um grande erro supor que a fé e a razão são incompatíveis. A fé e a visão são postas em oposição, uma à outra, nas Escrituras, mas nunca a fé e a razão. Pelo contrário, a fé verdadeira é essencialmente racional, porque se baseia no caráter e nas promessas de Deus. O crente em Cristo é alguém cuja mente medita e se firma nessas certezas.

Em segundo lugar, fé não é otimismo. Nisso é que parece que Normam Vicent Peale se confundiu. Muito do que ele escreveu é certo. Sua convicção básica refere-se ao poder da mente humana. Ele cita William James, que disse que "a maior descoberta desta geração é saber que os homens podem mudar suas vidas alterando suas atitudes mentais" e Ralph Waldo Emerson, "o homem é o que pensa durante todo o dia". Assim, o Dr. Peale desenvolve sua tese sobre o pensamento positivo, o qual ele acaba por igualar (erradamente) com a fé. O que é precisamente essa "fé pela qual advoga?" Seu primeiro capítulo do livro O Poder do Pensamento Positivo tem o significativo título de "Tenha Confiança em Si Mesmo". No capítulo 7 ("Espere sempre o Melhor e Consiga-o") ele faz uma sugestão que garante que dará certo. Leia o Novo Testamento, diz ele, destaque "uma dúzia de conceitos sobre a fé, os que mais gostar", e procure memorizá-los. Que esses conceitos de fé permeiem sua mente consciente. "Repita-os muitas vezes. Eles se impregnarão em seu subconsciente e esse processo o transformará num crente". Até que isto parece ser algo promissor. Mas, espere um pouco. Quando a Bíblia se refere ao "escudo da fé", prossegue ele, ela está ensinando uma "técnica de força espiritual", a saber, "fé, crença, pensamento positivo, fé na vida. Esta é a essência da técnica que ela ensina". O Dr. Peale prossegue citando alguns versículos maravilhosos, tais como "se podes! Tudo é possível ao que crê"; "se tiverdes fé...nada vos será impossível", e "faça-se-vos conforme a vossa fé". Mas, então ele estraga tudo, ao explicar este último texto da seguinte maneira: "de acordo com a fé que você tiver em si mesmo, em seu emprego, em Deus,é o que terá e não mais do que isso".

Estas citações bastam para mostrar que o Dr. Peale aparentemente não faz nenhuma distinção entre a fé em Deus e a fé em si mesmo. De fato, o que ele demonstra é não se preocupar absolutamente com o objeto da fé. Ele recomenda, como parte de seu sistema de acabar com as preocupações, que a primeira coisa a fazer todas as manhãs, ao acordarmos e antes de nos levantarmos, é dizer em voz alta "eu creio!" três vezes; mas ele não nos diz em que devemos estar afirmando que cremos com tanta confiança e insistência. As últimas palavras de seu livro são simplesmente "tenha, pois, fé, e viverá feliz". Mas fé em que? Crer em quem? Para o Dr. Peale a fé não passa de mais uma palavra para exprimir autoconfiança, ou um exagerado e não fundamentado otimismo. Ouvi dizer que o Dr. Peale mudou seu ponto-de- vista depois de Ter escrito este livro, mas o livro acha-se ainda em circulação, e sendo lido. E nesse livro parece estar bem claro que o seu pensamento positivo é, no fim das contas, meramente um sinônimo para "fé naquilo que a gente quer que seja verdade".

O mesmo se pode dizer com relação ao Sr. W. Clement Stone, o filantropista e fundador de "Atitudes Mentais Positivas". "De simples homens comuns fazemos super-homens", diz ele, pois desenvolveu "a técnica de vendas para acabar com todas as técnicas de vendas". Porque" você pode até mesmo vender-se a si próprio, recitando da mesma maneira como fazem os vendedores da AMP todas as manhãs: "estou contente, tenho saúde, sou o máximo!"

Mas a fé cristã é bem diferente do "pensamento positivo" de Peale e das "atitudes mentais positivas" de Stone. Fé não é otimismo.

Fé é uma confiança racional, uma confiança que, em profunda reflexão e certeza, conta o fato de que Deus é digno de todo crédito. Por exemplo, quando Davi e seus homens voltaram a Zicagle, antes dos filisteus terem matado Saul na batalha, um terrível espetáculo os aguardava. Na sua ausência os amalequitas tinham saqueado a sua aldeia, incendiando as suas casas e levado cativas as suas mulheres e crianças. Davi e seus homens choraram "até não terem mais forças para chorar" e então, na sua amargura, o povo cogitou de apedrejar a Davi. Era uma crise séria e Davi facilmente poderia Ter-se deixado cair no desespero. Mas, em vez disso, lemos que "Davi se reanimou no Senhor seu Deus". Esta era uma fé verdadeira. Ele não fechou seus olhos aos fatos. Nem tentou criar sua própria autoconfiança, ou dizer a si mesmo que se sentia realmente muito bem. Não. Ele se lembrou do Senhor seu Deus, o Deus da criação, o Deus da aliança, o Deus que prometeu ser o seu Deus e colocá-lo no trono de Israel. E à medida em que Davi se recordava das promessas e da fidelidade de Deus, sua fé crescia e se fortificava. Ele "se reanimou no Senhor seu Deus".

Assim, pois, a fé e o pensamento caminham juntos, e é impossível crer sem pensar. CRER É TAMBÉM PENSAR!

O Dr. Lloyd-Jones deu-nos um excelente exemplo neotestamentario desta verdade no comentário que fez de Mateus 6:30 em seus Studies in the Sermon on the Mount (Estudos sobre o Sermão da Montanha): "Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé"?

A fé, de acordo com o ensinamento do nosso Senhor neste parágrafo, é basicamente o ato de pensar, e todo o problema de quem tem uma fé pequena é não pensar. A pessoa permite que as circunstâncias lhe oprimam... temos de dedicar mais tempo ao estudo das lições de nosso Senhor sobre a observação e dedução. A Bíblia está repleta de lógica, e seja algo meramente místico. Nós não nos sentamos simplesmente numa poltrona, permanecendo à espera de que coisas maravilhosas nos aconteçam. Isso não é fé cristã. A fé cristã é, em sua essência, o ato de pensar. Olhem para os pássaros, pensem neles, e façam suas deduções. Vejam os campos, vejam os lírios silvestres, considerem essas coisas... A fé, se quiserem, pode ser definida assim: É insistir em pensar quando tudo parece estar determinado a nos oprimir e a nos pôr por terra, intelectualmente falando. O problema com as pessoas de pequena fé é que elas, ao invés de controlarem seus próprios pensamentos, os seus pensamentos é que são controlados por alguma circunstância e, como se diz, elas passam a rodar em círculos. Isso é a essência da preocupação...Isso não é pensamento; isso é ausência completa de pensamento, é não pensar.

Antes de deixar este assunto, que trata do que compete à mente na fé cristã, gostaria tão somente de abordar as duas ordenanças do Evangelho: o batismo e a ceia do Senhor. Pois ambas são símbolos cheios de significado, destinados a trazer bênçãos aos cristãos, despertando-lhes a fé nas verdades que simbolizam. Consideremos a ceia do Senhor, por exemplo. Em seu aspecto mais simples, é uma visível dramatização da morte do Salvador pelos pecadores. É uma recordação racional daquele evento. Nossas mentes têm que trabalhar em torno do seu significado e apropriar-se da certeza que nos oferece. O próprio Cristo fala-nos através do pão e do vinho. "Morri por vós", diz ele, e ao recebermos sua palavra, ela deve trazer a paz a nossos corações culposos.

Desta forma, Thomas Cranmer escreveu que a ceia do Senhor "foi ordenada com este propósito, que toda pessoa dela participando, no comer e no beber, se lembre de que Cristo morreu a seu favor, e exercite sua fé, confortando-se na lembrança dos benefícios que Cristo lhe propiciou".

A segurança cristã é a "plena certeza da fé". E se a certeza de corre da fé, a fé decorre do conhecimento, do seguro conhecimento de Cristo e do Evangelho. Como o expressou o bispo J.C. Ryle: "Uma grande parte de nossas dúvidas e de nossos temores provém de sombrias percepções do que seja a real natureza do Evangelho de Cristo... a raiz de uma religião feliz é um claro, preciso e bem definido conhecimento de Jesus Cristo".


Fonte: Extraído do livro "Crer é Também Pensar", de John R. W. Stott.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Proposito da Vida

Conta-se a estória de um velho Rebe, que no seu leito de morte chorava amargamente porque sabia que estava chegando à hora de prestar contas ao Criador. Seus discípulos o rodeavam e no meio disso tudo um deles, com a finalidade de consolar o Rebe disse: Mestre porque choras? Es tão sábio quanto foi Salomão e tão fiel quanto foi Elias. Entrarás assim diante do Eterno. Ouvindo isso mais o Rebe, chorou amargamente. Seus discípulos agora nada podiam entender, afinal é seria uma honra aparecer diante de D´us, na qualidade de Salomão ou Elias. O Rebe dando a sua ultima lição ao s seus discípulos disse: Quando eu chegar diante daquele a quem haverei de prestar contas, Ele não quererá saber se fui igual a Salomão ou Elias, pelo contrario o que requererá de mim é se eu fui o que Ele tinha traçado na sua Eterna Sabedoria.


Deus de fato não este interessado que você suporte as mesmas provações de Jô, ou que tenha a mesma disposição de Davi, ou a intrepidez de Pedro. O Eterno Deus ao traçar a nossa existência pré-determinou os dias as horas e as ocasiões e nos conheceu mesmo antes da nossa existência (Salmo 139) o que cabe a nós é chegarmos próximos de Deus e procurar humildemente entender a nossa vocação o nosso chamado, não apenas o chamado do ponto de vista ministerial, mas também do ponto de vista existencial, todos os homens relatados pela bíblia tinham uma característica especifica e todos eles foram usados cada qual do jeito que eram não está falando de pecado claro, mas de temperamento. Vemos o chorão Jeremias, o valente Sansão, O inconstante Pedro, O colérico Paulo, O fleumático Eli e por ai vai.

Não se compare com ninguém, seja você, único e inserido desde a eternidade no Plano de Deus.

Evangelho sem noção - Dá-lhe bicuda na cara do cão!

  O Ritmo é contagiante, a letra fácil de cantar, dancinhas no melhor estilo tiktok vão sendo desenvolvidas, enfim tudo muito fácil, o dific...