E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas II Pedro 2:3
Vivemos uma era magnifica, de muita informação e tecnologias, alinhadas a uma cultura de consumo, com modernas técnicas de "marketing", onde valores são atribuídos através de propagandas bem elaboradas, embutindo nas mentes a necessidade, nem sempre verdadeira de certos produtos, criando assim um relacionamento lucrativo, para as partes envolvidas.
De um lado, o cliente com sua necessidade, do outro lado o vendedor buscando a sua lucratividade financeira.
Deixando de lado, o âmbito secular, percebo de forma um pouco preocupante, o mesmo tipo de relacionamento nos meios religiosos, onde a fé esta sendo mercadejada. Leio muitos comentários de pessoas com grande ardor apologético, criticando pastores e entidades religiosas, por suas praticas "marqueteiras", buscando o que parece ser bem obvio, o lucro certo.
Por outro lado vejo poucos ou nenhum comentários, falando acerca dos "consumidores" que procuram na religião apenas uma religião de resultado, de portas abertas, chaves, etc.
As leis do mercado estão sendo aplicadas a fé, assim quanto maior a demanda, mais caro o produto!
E nesse mercado tão frenético, com demandas tão altas, quem tiver a melhor propaganda e o melhor "produto" pode sair bem à frente dos demais.
Enfim vivemos a era dos resultados a curto prazo.
O evangelho não é um produto! Antes é o poder de Deus para salvação, traz consigo sim bênçãos e transformações que podem ser sentidas e percebidas ainda nessa existência, mas se remete principalmente a Eternidade.
O evangelho não é um produto! É um relacionamento com Deus, exige andar com ele, viver vida de santificação.
O evangelho não é um produto! Pois o evangelho não tem preço a ser pago, é dado de graça, e como algo dado de graça, se impõe a quem o recebeu que de graça e com graça também o propague.
O evangelho tem sim um preço, deve ser recebido de graça, porém existe um custo, uma avaliação a ser feita, por todos aqueles que querem continuar no evangelho, pois existe uma cruz a ser carregada.
Para finalizar, quero dizer que, o evangelho não precisa das ferramentas modernas de "marketing", chega de homens tão preocupados com a divulgação apenas, com seus cartazes e banners geniais, homens que praticam "marketing pessoal" Homens que insistem em se auto glorificar, se auto proclamar.
O evangelho precisa sim, de homens de jejum e oração, homens que saibam que é necessário diminuir, quiçá até mesmo desaparecer, para ELE, apenas ELE cresça!
Em Cristo
Pr. Samuel Rodrigues Carvalho
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