Quem Sou


Samuel Rodrigues , servindo a Deus na Igreja Assembleia de Deus, Min Madureira em Ribeirão Preto, casado com Cleide Rodrigues, Pregador da Palavra, Professor de Teologia, Blogueiro, Coordenador de Projetos de Pesquisa, contato pelo Whatsapp. ou se preferir ligue para 55 16 994542319

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A Igreja desnecessária

A Igreja cristã sempre sofreu todo tipo de ataque ao longo de sua trajetória por meio das investidas despóticas promovidas pelos impérios e nações cheios de ódio; por meio das agressões violentas proporcionadas pelos religiosos cheios de preconceito; e por meio das injúrias impiedosas promovidas pelos intelectuais ateus ou agnósticos cheios de orgulho e soberba.

Dentre tais ataques, há um que se apresenta como a pior de todos, trata-se do acometimento sutil que nasce e se desenvolve dentro da própria Igreja para confundir os que querem se firmar na fé. Não foi à toa que certa vez Jesus alertou seus discípulos sobre o joio de Satanás que seria semeado em meio ao trigo do Senhor. Da mesma forma, o apóstolo Paulo, no final da sua vida, exortou Timóteo, um de seus sucessores no ministério pastoral, para que pregasse a Palavra sob qualquer circunstância, pois muitos cristãos nominais não iriam mais sustentar a sã doutrina, ao contrário, estariam sempre cercados de “pregadores” com mensagens favoráveis aos desejos pecaminosos. Também Judas afirmou que homens não tementes a Deus entrariam no meio do povo cristão sem serem notados para torcerem a mensagem da graça divina a fim de arranjarem uma desculpa para a vida imoral. Fica claro, então, que o ataque interno é o mais perigoso e destrutivo que existe. Portanto, resta saber como se dá esse ataque, quem são os inescrupulosos, o que ensinam e que tipo de igreja eles promovem e apresentam ao mercado.

Ao ponderarmos sobre este assunto com mais acuidade, descobriremos que não é difícil identificar tais igrejas hoje. Quero inicialmente fazer uma abordagem do ponto de vista teórico e do ponto de vista prático.

Do ponto de vista teórico, elas se caracterizam pela postura humanista. Para uma melhor compreensão, é importante estabelecer aqui a diferença entre o humanismo e o humanitarismo. Humanitarismo é a preocupação com a dignidade humana proporcionada pela liberdade, pela justiça imparcial e pela igualdade. É a luta para que as injustiças sociais promovidas por sistemas pecaminosos e opressores sejam exterminadas. É, afinal, a postura resultante da exortação do Senhor descrita pelo profeta Isaías ao afirmar que a santidade anda de mãos dadas com o humanitarismo: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas.” Já o humanismo vai muito além, é a tendência de alocar o homem no lugar de Deus. Embora o termo “humanismo” seja mais ou menos recente do ponto de vista da jornada humana neste mundo, a postura ocorre desde a tentação do Éden. Historicamente também o percebemos no discurso dos sofistas, na proposta da renascença, e no fulcro da modernidade até os dias de hoje. Ao contrário do que muita gente pensa, a referência dos humanistas não é o ser humano em relação a si mesmo, mas o ser humano em relação a Deus. É nesse sentido que entendemos as tendências que ficaram conhecidas por deísmo, agnosticismo, relativismo, panteísmo ou ateísmo.

Do ponto de vista prático, tais igrejas possuem uma preocupação obsessiva: o crescimento numérico. Isso não significa dizer que o crescimento de uma igreja seja algo errado, pelo contrário, cada cristão deve evangelizar com responsabilidade e ininterruptamente para que Deus possa alcançar os seus eleitos. A questão aqui não é a evangelização, e sim a forma que se utilizam para crescer. Há uma expressão que explica a metodologia utilizada, a expressão é “pescar em aquário”, que significa o crescimento pragmático em detrimento da qualidade e do comprometimento com a santa Lei. Em outras palavras, o alvo principal não são os que estão no mundo, o alvo principal são os que já estão em alguma igreja cristã. É a sedução pela célebre frase: “venha para a minha igreja porque ela é melhor do que a sua.” São entidades abarrotadas de professos de outras igrejas, é o crescimento cínico que acontece sem ética e sem compromisso.

Com base nesses dois pontos de vista, quero especificar algumas características específicas que ajudam na identificação desses grupos, ou seja, ressaltar os desdobramentos do humanismo que, oferecidos e barganhados em todos os setores da sociedade, envergonham o genuíno Evangelho. São os donativos que buscam seduzir e agradar ao homem em detrimento de Deus, são os atrativos estranhos às Escrituras. Há, ao meu ver, quatro tipos de igrejas: a do ceticismo, a do mercado, a do entretenimento e a do sectarismo.

A igreja do ceticismo. Muitos acreditam que, para tornar o cristianismo interessante à sociedade, devem encerrá-lo nos porões da ignorância e da ingenuidade. Afirmam que a Bíblia está cheia de mitos e de mensagens que não passam de metáforas textuais. É a adaptação da Igreja às críticas impiedosas das academias e dos que crêem que somente a ciência deve ser tida como um conhecimento confiável. A pressão ocorre sobre os que acreditam na inerrância e na total inspiração das Escrituras, é a tentativa de desmoralizar e envergonhar o cristão que passa a ser acusado de “néscio” e “fanático”. Os líderes sempre são simpáticos na convivência, mas implacáveis em suas afirmações. São indivíduos que tem causado muito mal aos eleitos de Deus, pois o único objetivo que possuem é a satisfação em se reconhecerem como intelectuais “amadurecidos” e inteligentes capazes de elaborar explicações racionalizadas que desprezam o sobrenatural e os milagres. Embora, de todos os movimentos perversos, este seja um dos menores grupos no cenário nacional, sua proposta sórdida é corrosiva e destruidora, levando os seus discípulos ao desespero e à desonestidade para com a convivência respeitosa entre o conhecimento teológico e o conhecimento filosófico e científico. Em suma, a igreja cética possui a vocação para reduzir o reino de Deus em um grande questionamento.

A igreja do mercado. Aqui temos o maior grupo no Brasil hoje. São as igrejas que transformam o cristianismo em um grande hipermercado de opções. As ofertas variam entre a possibilidade da boa saúde, de muito dinheiro no banco, do prestigio total, enfim, da total satisfação garantida. Basta pagar, e pagar caro, pelos serviços divinos para que possam usufruir das benesses que transformam o Deus justo e Santo em um melancólico despachante celestial “encurralado” por seus “súditos” cheios de “autoridade”. O principal objetivo de seus líderes é o enriquecimento fácil à custa da boa fé popular ou por meio da promiscuidade político-partidária que faz com que seus pastores estejam nas folhas de pagamento do setor público ou ainda pelo desvio do dinheiro público para o financiamento da construção dos templos destinados à negociata espiritual. Vale tudo para enganar: objetos sagrados, água do rio Jordão, óleo bento, teatralização da fé, etc. Além disso, a autoridade dos líderes migra do poder da Palavra para os títulos inusitados de “bispo”, “apóstolo”, “arcanjo” etc. Este é, sem dúvida alguma, o lado piegas e bizarro daqueles que destroem a fé bíblica por meio da perseguição ideológica e utilitarista. Em suma, a igreja do mercado possui a vocação para transformar o reino de Deus em um grande shopping center.

A igreja do entretenimento. Um dos pontos mais críticos nas igrejas hoje é a confusão entre show e culto. É quando o show se torna um culto e quando o culto se torna um show. O alvo principal não é agradar a Deus por meio da adoração, comunhão e louvor, mas entreter aos que estão presentes. O objetivo é fazer um culto “gostoso” aos participantes que buscam o bem-estar acima de qualquer outra prática. Não estou defendendo aqui o culto ranzinza, chato e destituído de alegria, o que estou dizendo é que o culto solene deve também conter temor e tremor, pois quanto mais enxergamos a graça de Deus, muito mais tememos diante desse Deus gracioso. Nesse contexto de que tudo é alegria, há também a disseminação de que a misericórdia de Deus existe apenas para afrouxar a busca pela santidade. Com isso desprezam a advertência do apóstolo Paulo quando diz: “Será que devemos viver pecando para que a graça de Deus aumente ainda mais? É claro que não! Nós já morremos para o pecado; então como podemos continuar vivendo nele?” Em suma, o que encontramos aqui é a oferta de um cristianismo sem revezes por utilizar os modelos do mundo em suas práticas. E se não há hostilidade por parte do mundo, logo se torna um cristianismo sem dor, sem sofrimento, sem repressão da cobiça, sem perseguição. É a doutrina que relativiza o pecado em detrimento dos valores a muito defendidos como: a virgindade até o casamento, a luta contra o divórcio, a incontaminação que nos afasta da licenciosidade das boates e das bebedeiras. Em suma, a igreja do entretenimento possui a vocação para transformar o reino de Deus em um grande parque temático.

A igreja do sectarismo. Não há nada pior nesse mundo que um espírito sectário. É triste perceber tantas pessoas que se arrogam afirmando que somente elas possuem o caminho verdadeiro. É óbvio que eu creio que há somente um caminho que conduz a Deus, esse caminho é Jesus, portanto não é nesse sentido que eu estou falando. O sentido dado aqui é a manipulação do Evangelho que passa a ser brutalmente desfigurado apenas para ufanar os indivíduos. Não é sem propósito que a esmagadora maioria destes grupos sempre afirma que a existência de suas igrejas está embasada num pseudo-propósito de Deus em retificar a sua igreja na terra, uma vez que já está farto das demais denominações cristãs. Afirmam também que a sua origem se deu por uma revelação direta a um líder específico. São grupos que colocam em pé de igualdade com as Escrituras tais revelações que, posteriormente, se tornaram livros sagrados. Como resultado, pregam dizendo que a salvação, a revelação divina, o usufruto das bênçãos, o contato com Deus só podem acontecer sob suas doutrinas particularmente reveladas. Logo, as demais igrejas são satânicas e proscritas. A triste conclusão é a de que há somente um único caminho que conduz a Deus, e esse caminho não é Jesus, esse caminho é a igreja que fundaram e defendem. Ao olhar para a minha própria igreja, contrastando-a com outras denominações fiéis ao Senhor, sempre me lembro que o Reino de Deus não está circunscrito a uma instituição, mas está sempre presente onde estão os eleitos de Deus. Em suma, a igreja sectária possui a vocação para transformar o reino de Deus em uma seita restrita.

Concluo dizendo três coisas: primeiro, embora o humanismo seja uma terminologia recente, sua essência, como já afirmei, existe desde a tentação no Éden, é a postura que sempre caminhou contra o povo de Deus; segundo, o Senhor sempre alertou o seu povo contra os falsos líderes, os falsos pastores, os falsos mestres cuja manifestação poderia até enganar um eleito: “…pois surgirão falsos ungidos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos. Estai vós de sobreaviso; tudo vos tenho predito.” Terceiro, a única arma contra tudo isso é a Palavra de Deus que deve ser lida, meditada e vivida. Infelizmente não há como se livrar de tantos erros disseminados, mas pelo menos, por meio da revelação especial de Deus, podemos conhecer a banda desnecessária da Igreja de Cristo.

Sola Scriptura

Fonte: http://alfredo-de-souza.blogspot.com/2009/12/igreja-desnecessaria.html

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Contradições e Fé

 

Nem tudo é como queremos, existem momentos em que a fatalidade os acontecimentos vão nos forçando a tomada de posições, decisões para o qual não estávamos prontos. Como se prepara para aquilo quem nem sabemos que acontecerá em nossas vidas? Como prever o que é imprevisível?  - De uma hora para outra percebemos que não somos mesmo nada, que somos criaturas e não criadores, que não podemos acrescentar nem um côvado a nossa estatura. Os lírios do campo não fiam, todavia se vestem com beleza sem igual, as aves do céu não semeiam, mas não passam fome. Mas nós os seres inteligentes da criação devemos fiar, semear e colher, produzida e a partir das coisas criadas também criar e nesse desenrolar estamos sujeitos as intempéries de ordem natural e espiritual.

Nas palavras do Mestre, porém, somos muito mais importantes de muito mais valor do que as aves do céu ou lírios do campo – Mesmo nas tempestades, furacões e outras fatalidades, Deus traça o seu caminho para que possamos andar nele. A importância que temos para o Criador, não se revela apenas na mansidão e segurança da nossa vida. Revela-se, sobretudo nas dificuldades, nos caminhos tortuosos e íngremes, nos espinhos e nas feridas. O amor de Deus se revela na dor e no sofrimento. Muitas vezes como um Pai, usando de forma didática de restrições e negativas, assim Deus como o Pai, vai nos conduzindo como ovelhas, pelos vales e montanhas.

Um pensamento mais elevado que o nosso pensamento, por hora mal podemos compreendê-lo mais por este pensamento somos guiados, uma caminho mais elevado que o nosso, também não o compreendemos, mas por ele andamos, temos, porém a segurança de que este Pensamento é de paz, de amor, prosperidade e não ao contrario, e que este caminho embora muitas vezes estreito é o que nos conduz a vida Eterna.

Vou vivendo e vendo tudo na impressão das imagens de um espelho de bronze da antiguidade, procurando dessa forma entender a proposta de carreira que me foi feita, sabedor que um dia verei de forma plena, não por espelho, não por tipologia, mas em grande dia verei face a face.

Embora não sei à hora e nem dia, vou procurando agir como quem tem hora marcada me apresso me movo no tempo, me preparo

Que Deus me conceda a força que preciso, para ver além da minha visão, para continuar acreditando mesmo quando tudo parece que está perdido, continuar a acreditar NELE, sem questionamentos mesmo diante dos furações, tsumanis e terremotos. Fazendo máxima em minha vida a palavra que diz:

“Todas as coisas cooperam para o bem, daqueles que amam a Deus, que são chamados pelo seu propósito” Romanos 8.28

 

Rodryguez & Carvalho

sábado, 23 de abril de 2011

Falando sobre Pascoa

 

Tempo da celebração da Páscoa, muito embora eu discorde da data em é celebrada, conforme você já deve ter lido na postagem “O Paganismo da Páscoa”  Por outro lado não posso deixar de aproveitar a oportunidade para falar um pouco sobre a páscoa bíblica. Dizendo não ao “coelhinho inocente” , não aos “ovos” e não ao “chocolate”, quero focar toda a minha atenção no texto bíblico com suas verdades e ensinamentos.

Embora passe despercebido aos nossos olhos, cada vez que celebramos a Ceia do Senhor, em nosso caso todos os meses, estamos comemorando a “Páscoa do Senhor”,  porém antes de falarmos um pouco mais sobre isso vamos discorrer um pouco sobre a páscoa no velho testamento e suas implicações proféticas com a vida e obra de Jesus Cristo.

Páscoa, velho e novo testamento e tipologias:

Podemos considerar a páscoa como umas das festas mais importantes na historia bíblica do povo de Israel, páscoa é a festa da redenção, memória da libertação dos hebreus da terra do Egito, história da escolha e misericórdia de Deus para como o povo judeu. (Êxodo 12:1 a 28.) A palavra Páscoa, vem do hebraico pessach, que significa passagem, sendo esta passagem  entendida como o ato misericordioso de Deus, em que um poder destruidor, passa por cima das casas assinaladas sem nada poder fazer, é interessante notar que a principio tanto hebreus como egípcios poderiam ser alvos da ira e justiça divina, mas diferença o que faz com que este poder destruidor passe esta no sangue do cordeiro pascoal. Em mundo em crise, com constantes manifestações destruidoras tidas pelos homens como forças da natureza, precisamos resgatar a mensagem da páscoa de que há uma salvação especial para aquele que está assinalado com o sangue do cordeiro, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! A palavra chave da páscoa no contexto veterotestamentário é LIBERTAÇÃO.

É de senso comum entre todos os comentaristas e intérpretes bíblicos cristãos que a páscoa judaica com toda a sua riqueza de detalhes é uma tipologia da vida e obra de Cristo, o Cordeiro de Deus que morre pelos nossos pecados, garantindo através do seu sangue a nossa fuga tanto do Egito mundo) nos levando para uma nova terra (o vida eterna, céu) como nos livrando da Ira Futura, do dia do julgamento.

Mas vamos viajar um pouco no tempo deixemos a libertação de Israel e sua instituição como nação por volta do ano 1400 antes de Cristo, em direção ao ano 33 do calendário atual, estamos no mês de nisa , nas cerimonias de preparação da páscoa, Jesus sendo judeu e praticante da religião judaica em todos os seus sentidos esta reunidos com os seus discipulos para a ceia da páscoa, nesta os judeus tinha por costumes nas celebrações praticarem o Seder, que uma refeição cerimonial especial antes ao inicio das grandes festividades bíblicas, nestas cerimonias de Seder era o costume Judeu contar enquanto se desenrola a simbologia dos alimentos, as histórias di povo judeu no Egito e seu sofrimento – Na ceia de Cristo porém existe algo novo neste Seder (ordem para o serviço), Ele não está mais se lembrando das coisas passadas mas apontando exclusivamente para o Futuro! Aqui existe um elo entre os dois testamentos, agora em uma cerimônia de páscoa quando família inteirasse reuniam de acordo com a Lei e lembravam a escravidão e a libertação do Egito, aproveitando para contar de forma didática a seus filhos este importante acontecimento, Jesus reunido com os seus introduzindo algo novo, que é um olhar para o futuro, olhamos o passado e nos lembramos do seu sofrimento, mas olhamos ao futuro e vemos nele a sua volta vitoriosa!

No decorrer da historia o povo judeu foi introduzindo costumes as suas tradições, sem contudo perder o conteúdo didático e profético destas tradições, pelo tempo de Jesus, destes novos costumes existem dois que são muito importantes para que possamos entender com um pouco mais de clareza o que aconteceu na noite da ceia, são estes os costumes relacionados ao pão e ao vinho:

A Busca Pelo Pão escondido

Depois do término da refeição, o líder do Sêder deixa as crianças livres para encontrarem o afikoman, que havia sido embrulhado em um guardanapo e escondido antes. A casa fica em polvorosa, já que todo mundo se apressa para ser o primeiro a encontrar o afikoman e reivindicar o prêmio quando o vovô o toma do localizador sortudo. O valor corrente equivale a U$5,00! Tendo o líder recuperado o afikoman, ele o despedaça e o distribuí em pedacinhos para todos que estão sentados ao redor da mesa. Os judeus realmente não compreendem essa tradição, mas as tradições não precisam ser compreendidas – apenas seguidas! Contudo, crê-se amplamente que esses pedaços de afikoman trazem uma longa e boa vida aos que os comem.

A tradição talvez date da época de Jesus. Se for esse o caso, então Lucas 22:19 assume um sentido maior: "E tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim". Pois Jesus, o Messias teria tomado, dos três, o matzá do meio, o pedaço que ficava para o sacerdote, o mediador entre Deus e o povo, partido (como Seu corpo seria partido), envolvido parcialmente em um guardanapo de linho (como Ele seria envolto em linho para o funeral), o escondido, (assim como Ele foi enterrado), o trazido de volta (assim como Ele seria ressuscitado), e o distribuído a todos os que se assentavam com Ele (assim como Ele iria ainda dar a Sua vida para todos os que cressem). Como Ele assim o fez, estava consciente de que o pedaço de matzá do meio representava Seu próprio corpo imaculado dado para a redenção de Seu povo. Assim como o matzá é todo marcado e perfurado, Seu próprio corpo seria mais tarde marcado (pelos açoites) e perfurado e é por essas pisaduras que fomos sarados (Isaías 53:5). O pedaço de matzá do meio, ou o afikoman, é nosso pão da Santa Ceia.

A Terceira Taça

A terceira taça de vinho é tomada após a refeição. È a taça da redenção, que nos faz lembrar o sangue derramado do Cordeiro inocente que trouxe nossa redenção do Egito. Vemos que Jesus tomou a terceira taça em Lucas 22:20 e em I Coríntios 11:25, “Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim”. Essa não foi simplesmente uma taça qualquer; foi a taça da redenção da escravidão para a liberdade. Essa é a nossa taça da Santa Ceia.

Claro que alguns costumes foram sendo alterados com o tempo mas ao estudar a páscoa da forma que os judeus a comemoram vemos claramente, muito embora os que não são messiânicos não consigam ver, paralelos claros com a vida de Cristo. Muitos outros costumes judaicos existem e eles enriquecem e nos ensinam com maior clareza a obra de Cristo, porém é pouco o espaço aqui para dizer tudo agora. A Igreja foi perdendo suas origens judaicas e foi se paganizando, claro que a Igreja não é o judaísmo, mas não podemos ignorar as origens, infelizmente quando falamos de cristianismo falamos muito mais da cultura grego-romana  do que da judaica.

O verdadeiro significado da Páscoa, mencionada na Bíblia, é aquele que Deus criou há muito mais de quatro mil anos e que foi renovado por Jesus há dois mil anos. Páscoa é libertação; e libertação do pecado. Páscoa é ressurreição, é vida. Jesus veio para nos dar vida e vida com abundância... Vida Eterna.

Queria deixar aqui uma advertência não minha, claro, mas bíblica, para que possamos em Cristo viver sempre em Páscoa, pois nossa passagem breve se dará deste mundo, estejamos, pois prontos com nosso cajado na mão e nossos pés calcados, estejamos atentos a todo o fermento retirando de nós e banindo de nossas comemorações elementos pagãos.

Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade. I Cor5.7

Rodryguez (http://didaqueteologia.blogspot.com)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Qual a melhor Bíblia para se ler?

Por: James Akin
Tradução: Emerson de Oliveira

 

Não há uma única resposta a esta pergunta porque a melhor Bíblia para se ler depende de por quê você está lendo. Basicamente, há três tipos de Bíblias a escolher--as versões literais, versões dinâmicas, e versões  especiais.

Se você deseja fazer estudo de Bíblia então o melhor é uma versão literal. Este tipo de Bíblia é tão próximo possível ao hebraico, aramaico ou grego originais (essas são as línguas em que as Escrituras foram originalmente escritas). 

As vantagens de uma versão literal são que preservam as nuances do texto que estão perdidas em outras traduções e que corre menos risco de injetar as idéias dos tradutores no texto. Esses itens são importantes se você está desejando fazer um sério estudo da Bíblia.

A desvantagem das versões literais é que, por serem muito próximas dos idiomas originais, são mais difíceis para as pessoas lerem. Nem sempre é possível fazer uma transliteração para a linguagem de hoje sem sair do literalismo, e não é possível atualizar o português para a língua bíblica original.

Este problema é aliviado nas chamadas versões dinâmicas. Estas não ficam tão presas ao texto original e como resultado elas são mais fáceis ler porque que os tradutores estão mais livres para traduzir as palavras para o português atual.

As desvantagens são que muitas nuances do texto são perdidas e, talvez, muitos preconceitos teológicos dos tradutores são inseridos no texto. Já que os tradutores não estão tão presos aos textos originais, eles podem atualizar as frases para a linguagem moderna, mas algumas vezes podem colocar frases que mostrem suas próprias tendências teológicas, muito (ou mais) que o texto diz literalmente.

Isto faz as versões dinâmicas inadequadas para um estudo da Bíblia, mas para o leitor leigo da Bíblia, elas podem ser úteis.

A terceira classe das traduções é a que eu chamo de versões especiais. Também pode-se chamá-las de Bíblias de novidade. Estas são versões onde os textos são deliberadamente parafraseados de uma maneira não convencional.

Durante os séculos, um certo conjunto de convenções foi ficando tradicional entre os tradutores. Por exemplo, a palavra grega christos é tradicionalmente traduzida como "Cristo" ao invés de "Ungido", apesar deste último ser uma melhor expressão do que a palavra literalmente significa.

Uma tradução especial poderia escolher traduzir christos como "Ungido", o que faria as pessoas lerem não "Jesus Cristo" mas "Jesus Ungido". Este seria um meio não convencional de agir, mas não seria inexato, e poderia fazer o leitor ter mais conhecimento do significado original, que ele não teria se visse uma versão literal.

Esta é a vantagem que as versões especiais têm a oferecer--elas podem lhe fazer ver a Bíblia com novos olhos e fazê-lo ver coisas que não tinha tomado conhecimento antes.

As desvantagens para as versões especiais, porém, são grandes. Primeiro, por tentarem ser não convencionais elas podem confundir uma pessoa que não está tão fundamentada na fé tradicional da leitura da Bíblia, como os outros cristãos fazem. Segundo, elas podem ter mais influências do tradutor que as versões dinâmicas. Terceiro, já que elas são versões idiossincráticas, são feitas por pessoas idiossincráticas (ou por pessoas que tem todos os tipos de idéias teológicas esquisitas).

Por estas razões, as versões especiais deveriam ser usadas só por pessoas que já têm um fundamento firme na teologia cristã ortodoxa e que já leram pelo menos uma Bíblia normal. Elas não são boas para iniciados na fé cristã. Elas podem ser úteis para um cristão maduro, bbilicamente fundamentado. Aí sim, saberá julgar o conteúdo. Mas elas não são indicadas para um estudo bíblico sério.

Aparte do tipo de Bíblia que a pessoa escolha, há várias outras considerações para se ter em mente quando escolher uma Bíblia.

O primeiro destes é o nível de formalidade ou informalidade da pessoa. Muitas pessoas acham irreverente se uma Bíblia toma um nível muito baixo de formalidade. As pessoas podem se sentir mais confortáveis com as traduções mais velhas e as acharem mais dignas e confiáveis em seu texto.

Outras pessoas podem achar que certas palavras na Bíblia já são um certo tipo de impedimento para a leitura de Bíblia. Esta é uma questão de gosto pessoal, e assim as pessoas deveriam escolher qualquer tipo que seja da Bíblia que elas achem confortáveis.

[N. do T.: neste ponto, James Akin disserta sobre algumas versões americanas. Vamos fazer o correspondente para o português. Além da divisão tradicional das bíblias católicas e protestantes, que as bíblias católicas tem os livros deuterocanônicos - que os evangélicos chamam de apócrifos - existe um tipo de movimento na Inglaterra e Estados Unidos que pregam que existe uma outra diferença - o chamado movimento que defende que só a Bíblia King James é a versão correta, em português, a Almeida Corrigida e Fiel. Este movimento diz que só o TR, que é o manuscrito de onde vem a Bíblia King James e a Almeida, é o correto e as outras Bíblias - católicas inclusive - provêm dos manuscritos alexandrinos, que para eles, são corruptos. Não passa de um movimento herético e preconceituoso que tenta dividir os cristãos. Tratamos deste assunto em outro lugar deste site. O que importa comentar neste ponto é que a King James/Almeida, apesar de serem respeitáveis, contêm falhas, como todas as bíblias. Contudo o TR contêm muitas adições que as outras bíblias não tem. São excelentes para um estudo sério da Bíblia, mas é preciso ficar atento aos textos.
A Almeida é protestante e tem uma história idem. Para os católicos ela não tem oimprimatur, que é a autorização dada por um eclesiástico para a leitura de uma Bíblia. Almeida traduziu sua bíblia das mesmas fontes que tinham feito a King James. Outras bíblias, como a Tradução na Linguagem de Hoje, não são indicadas para um estudo sério, visto serem livres demais.
As Bíblias católicas são amplas em variedade. Destacamos a Bíblia de Jerusalém, que foi traduzida por dominicanos da Escola Bíblica de Jerusalém, com fartas notas e apêndices, sendo uma Bíblia científica e a Vulgata Latina, versão Mattos Soares, que, apesar de ser difícil de ser encontrada, é interessante para ver a Vulgata original.
Também há a Bíblia TEB - Tradução Ecumênica - feita por católicos, protestantes e judeus. Uma excelente Bíblia que mostra o feito da cooperação dastas três vertentes. Excelentes notas completam o estudo.
Uma bíblia não podemos indicar: a chamada Tradução do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová, que dispensa comentários. Sua falta de exatidão e constantes falhas são bem conhecidas. Não é indicada de forma alguma.]

Uma nota adicional: há uma história contada sobre o evangelista protestante Billy Graham. Talvez seja uma história apócrifa, mas tem certa verdade. De acordo com isto, quando lhe perguntaram: "Qual é a melhor Bíblia?" ele respondeu "a que você lê".

Eu concordo, ao menos em parte. Apesar de não ter nada errado com isto (e há algumas Bíblias seriamente defeituosas), seja qual for a Bíblia que escolher, esta será a melhor para você. O estilo e tom da Bíblia que você lê não é tão importante quanto o fato você está lendo e aprendendo dela. Se você acha que o estilo da Bíblia que está lendo é difícil então mude para um diferente. Quase qualquer Bíblia que está em suas mãos para ser lida é melhor que qualquer Bíblia em sua estante que não seja lida. Sinta-se melhor com a Bíblia que lê. O conhecimento geral que se ganha das Escrituras, para qualquer pessoa bem fundamentada na fé, supera qualquer imperfeição que a tradução possa conter, e comparando com outras traduções, pode ver quais são essas imperfeições.

Isto expõe um ponto final. Às vezes pessoas perguntam: "qual a melhor Bíblia para se ler?" com a intenção de ter somente uma Bíblia e excetuar as outras. A menos que as condições econômicas lhe impeçam de ter mais de uma Bíblia, isto é um engano. É excelente ter várias versões da Bíblia para estudo.

A razão é dupla: Primeiro, toda Bíblia contém imperfeições, e comparando uma Bíblia com outras, você pode descobrir essas imperfeições. Segundo, mesmo se a Bíblia que você está lendo não comete um engano traduzindo algum verso, pode não pode dizer que este versículo será tão claro para você quanto outra tradução. Tente ver o que o versículo em outra tradução, então tudo ficará mais claro, não porque uma tradução estava errada, mas porque ela não estava tão clara nos significados dos versículos para você.

Comentário do Blog.: Certo dia ouvi alguém falando sobre a questão das traduções e versões da Bíblia, falando sobre a tradução da palavra Pão, para povos que não conhecem estes alimento como os indios por exemplo, no ponto de vista dessa pessoa não teria probelma nenhuma em traduzir pão por mandioca.  Na parafrase ficaria algo mais ou menos assim : “ Eu sou  a Mandioca que desceu do céu”  - Parece claro muito logico este argumento, porém quando Jesus disse isso, se referia também a mistério do Maná, que foi servido aos Israelitas no Deserto, sendo este Maná uma tipificação de Cristo. Logo uma parafrase dessa qualidade pode mudar o ensino teologico do texto, sendo assim ao meu ver uma tradução literal mais proxima do original se faz necessária. Cabendo aos ensinadores da Palavra a explicação clara e a aplicação dessa palavra dentro dos mais diversos contextos.

 

Rodryguez

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O paganismo da Pascoa

"Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.". [Josué 24:15].

 

 

A pascoa biblica, originalmente foi celebrada pelo povo de Israel, quando este saiu do egito, cheia de significados e tipologia, esta pascoa apontava para Cristo, nosso cordeiro pascoal, que foi morto em nosso lugar sendo ele nossa passagem para uma vida nova. Por insistencia do imperador (exigencia!!!) Constantino o concilio de Nicéia fixou uma data para celebração da Pascoa Cristã diferente da data da pascoa Judaica, pois no dizer de Constantino: "uma obrigação cristã não ter nada em comum com os assassinos do Nosso Senhor", claro que esta mudança de data e esta afirmação tinha muito mais a haver com o forte anti-semitismo do império romano e sua forte assiciação ainda ao paganismo do que uma preocupação com a doutrina cristã, desta forma o cristianismo foi cada vez mais se afastando das suas origens hebraicas e sofrendo um processo lento e gradual de paganização.

Uma sociedade cristã de fato deveria ao longo dos anos ter mudado a sociedade a sua volta ou pelo menos preservado dentro da comunidade valores e simbologias biblicas, mas infelizmente não foi isso o que aconteceu. Sei que alguém por ai vai se levantar e me chamar novamente de religioso, dizer que isto não tem nada a haver etc, fico com a doutrina biblica, fico com os exemplos biblicos de israel que por se paganizar e se misturar foi espalhado entre todas as nações, sei que tenho um Deus zeloso, que o Espirito Santo arde em zelo por mim, e que nem ainda os nomes de outros deuses devem estar nos meus lábios, então não será a minha vida usada como continuadora de rituais pagãos, sencretizados em cristãos, em qualquer uma de suas formas.

O paganismo está sobretudo patente nas origens de dois símbolos,  reconhecidos como símbolos pascais: o ovo e o coelho. Os ovos têm por excelência origens pagãs: são emblemas da imortalidade, encontrados nos sepulcros pré-históricos da Rússia e da Suécia.

Para os egípcios, o deus Re nasceu de um ovo; para os hindus, Brahma surgiu de um ovo de ouro – Hiranyagarbha – e que depois, com a casca, fez o Universo. Para os chineses, P'an Ku, nasceu de um ovo cósmico. O ovo era, na realidade, considerado por diversos pagãos, como a génese da vida humana.

Já o coelho (ou a lebre), também um símbolo da Páscoa, é um “animal impuro”. Contudo, a Bíblia repugna esse animal (Deuteronômio 14:7; Levítico 11:6), o que levanta ainda mais reservas quanto à aceitação deste símbolo pascal.

Alguns povos da Antiguidade consideravam o coelho como o símbolo da Lua; é possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao facto da Lua determinar a data da Páscoa. Por ocasião das festas de Astarote ( Eastre, Isthar) os sacerdotes sacrifcavam uma lebre e através da pratica da advinhação diziam ler a sorte em suas etranhas.

A unica celebração da pascoa biblica é a hebraica, com o cordeiro como simbolo maximo tanto para judeu como para cristãos.

 

Rodryguez e Carvalho

Biblias Catolicas e Evangélicas

 

É comum ouvirmos afirmação  que Lutero retirou sete livros da Bíblia Catolica, é verdade também que com igual ignorancia muitos evangélicos insistem em dizer que os católicos incluiram livros na bíblia – Não é de hoje que a falta de conhecimento, associada a uma forte arrogância tem criado bolsões exclusivistas e segregado pessoas, nações e até mesmo membros da mesma família.

Já somamos mais de dois mil anos de cristianismo, sendo importantes em questões assim, e sem anacronismo, um estudo da história para uma melhor compreensão dos fatos.

Um fato importante é que a versão dos setenta que foi vertida para vulgata e assim traduzida no universo catolico, foi oficializada pelo catolicismo apenas no concilio de Trento que foi do ano de 1545 a 1577, sendo que a reforma protestante comecou a ocorrer pelo ano de 1517 – verdade é que em muitas passagens do novo testamento, é certo que muitas vezes no contexto do novo testamento os apostolos provavelmente podem ter citado algumas passagens da versão dos setentas, mas isso não significa que a usaram como escritura nos seus dias, nem muito menos que validaram os livros inteiros como inspirados, se assim fora, Paulo por exemplo cita passagens de filosofos, e nem por isso os seus escritos são tidos como canonicos.

Mas o importante até aqui é perceber que não foram nem os protestantes que tiraram ou colocaram livros, estas versões ja existiam antes do inicio do cristianismo, portanto dizer que este ou aquele grupo dentro da esfera do cristianismo tirou ou colocou certos livros é uma postura leviana e falta com a verdade.

Agora com relação a versão tida como inspirada pelos apostolos um fato importante é nota no novo testamento o uso das expressão “leis e os Profetas” sendo esta uma terminologia usada com referencia unicamente a bíblia hebraica, e não a versão da septuaginta! Jeronimo que traduziu a versão grega para o latim assim advertiu escrevendo a uma senhora com relação a educação de sua filha:

“Todos os livros apócrifos devem ser evitados; mas, se ela quiser alguma vez lê-los, . . . deve ser informada de que não são as obras dos autores por cujos nomes se distinguem, que eles contêm muitas falhas e que é uma tarefa que exige grande prudência, achar ouro no meio do barro.”

Entre os judeus estes livros não eram aceitos como canonicos porque teriam sido escritos quando ja se havia findado as revelações diretas e profecias do velho testamento, tendo também entre eles apenas um valor historico.

Melhor do que dizer sobre quem tirou e sobre quem colocou os livros na biblia cristã, é mais prudente analisar as questões doutrinárias e historicas que fizeram as versões judaica e grega, fossem preferida uma em vez da outra, também é importante perceber que a reforma preferiu o tradicional texto hebraico enquanto que a igreja catolica o grego. Porém para nós evangélicos, além da preferencia pelo texto judeu, existem uma quantidade significativa de contradições doutrinárias encontradas nestes livros que não estão em harmonia, coma  doutrina geral encontrada nas escrituras vejamos:

  • Tobias 05.1-9: Narração de anjos mentindo. Refutação: Is 68.8; Os 4.2
    Tobias 02.9,10: Ensino de magia e superstição. Refutação: Tg 5.14-16
    Tobias 6.6-8: Queimar fígado de peixe expulsa demônios. Refutação: Mc 16.17, At 16.18 (Só o Nome de Jesus expulsa demônios).
    Tobias 12,9 e 1Macabeus 3.30: Dar esmolas purifica o pecado. Refutação 1Pedro 1.18,19, Ap 22.14 (Só o sangue de Jesus purifica os pecados).
    1Macabeus 1.15,16: Relato de assassinato no Templo e ainda esquartejaram o corpo: Refutação: Levitico 19,28; 20,3; Números 19,10 (Tias atos são abomináveis aos olhos de Deus)
    1Mcabeus 6.16; 2Macabeus 1.16; 9,28: Antíoco morre de três maneiras. Como pode uma pessoa morrer tantas vezes assim? Refutação: Is 63,8; Mt 5,34
    2Macabeus 2.24-31: O escritor assume que encontra dificuldfades para resumir o texto
    2Macabeus 15,38: O escritor assume que o livro não serve para nada. " Se ficou boa e agradável, era o que eu queria, mas se ficou fraca e medíocre, é o que fui capaz de fazer".. Refutação II PEDRO 01,20: sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.

 

Tire suas própias conclusões:

 

Rodryguez e Carvalho

sábado, 16 de abril de 2011

Catolicos e Evangélicos – A Intercessão dos Santos

 

Dentre tantas questões teologicas que nos separam do Catolicismo Romano, a intercessão dos Santos, é umas dessas questões que causam certas comoções e acalorados debates entre essas duas vertentes do Cristianismo.  Nós evangélicos erramos por não conhecemos a profundidade das crenças catolicas e os catolicos por sua vez erram por ignorar as nossas razões e infelizmente entre os menos esclarecidos questões assim sempre desabam do campo doutrinário, para o campo pessoal acabando em ofensas e desentendimentos. É penoso reconhecer que na maioria dos debates assim, pensamos mais em defender o nosso ego como “sábios”, portadores da verdade suprema, do que o compromisso com a doutrina que acreditamos. Então antes de qualquer coisa, gostaria de analisar a crença católica dentro do universo teologico do catolicismo, isso é importante para que tracemos uma linha inteligente e percebamos que muito embora não concordemos com a doutrina, ela tem seus fundamentos, e portanto quem crer nisto  não acredita , apenas por acreditar mas embasado em algum arcabouço doutrinario.

Argumento Catolico x argumentos evangélicos

Lendo as escrituras variadas vezes percebemos pessoas intercedendo por outras, isso não carece nem que eu transcreva aqui as passagens bíblicas dado a extensão de vezes que isso ocorre nas Escrituras, esta interecessão encontrada nas escrituras é um do motivos teologicos, citados por teologos catolicos para a crença na interecessão dos santos,  porém é necessário perceber que cada vez que esta interecessão é mencionada na Escritura, está mencionada de vivos por vivos, e não de mortos por vivos, fica aqui a primeira diferença sútil da questão.

Mas a teologia catolica, tomando por base a as palavras de Jesus, que disse Deus ser Deus de vivos e não de mortos, chega a conclusão de que a intercessão é possivel mesmo após a morte desses homens, aplicando um sistema de raciocinio que ensina que entre Deus e os homens é apenas Cristo o mediador, mas pode haver mediadores entre Cristo é os homens. – Uma coisa importante de se esclarecer é que quando a bíblia fala de um único mediador entre Deus e os homens esta falando exclusivamente acerca da doutrina da salvação, portanto tal passagem não se aplica aqui, nem ao catolicismo e nem ao protestantismo. Agora um ponto a ser considerado é a natureza da mediação e as qualidades e atributos desses mediadores após sua morte. Queria frisar que quando em vida, Paulo e os demais, não recebiam pedidos de mediação indiretos, os pedidos eram feitos de forma direta, quero dizer com isso que, Paulo não tinha onisciencia para saber o que as pessoas precisam, nem tinham onipresença para estar nos lugares que os cristãos que ele nem conhecia estavam, haja visto que onipresença e onisciencia são atributos exclusivos de Deus. Na atual intercessão catolica a impressão dada é que esses santos de alguma forma passaram a ter estes atributos, pois podem ouvir as orações que lhe são dirigidas em todos os lugares do mundo e podem ouvi-las ao mesmo tempo. Se tal juízo da minha parte for certo, então estamos diante de um problema teologico, quanto a natureza e os atributos exclusivos do Criador, logo atribuir algo que pertence a Deus na sua exclusividade ao ser humano é coloca-lo no mesmo patamar de Deus, ou faze-lo igual a Deus, sendo assim válida a advertencia do livro do Exodo cap. 20.

Um palavra ainda gostaria de dar sobre as intercessões que fazemos pelos nossos irmãos em vida. A intercessão faz parte do mandamento de levarmos as cargas um dos outros, de sentirmos a mesma coisa, de agirmos como corpo, é ainda uma via de mão dupla eu intercedo ( em vida) mas também sou alvo de intercessão.

Em resumo, nós evangélicos não acreditamos na interecessão dos santos pelo simples fato de que, eles não podem exercer e ter atributos que são exclusivos de Deus. ( onisciencia e onipresença )

 

Rodryguez & Carvalho

Durante os proximos dias estarei escrevendo sobre a Mariolatria e Culto aos Santos, convido você leitor para discorrer comigo, deixe suas considerações, comentarios ou se preferir envienos um texto pelo email  rodryguez.pesquisa@gmail.com, todos os textos serão publicados, desde que mantenham o nível de bom senso e civilidade

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mulheres e a Fonte da Água Viva.

Embora alguém acredite, em um papel secundário da mulher na sociedade e na Igreja, nas Escrituras Sagradas encontramos mulheres notáveis de feitos inigualáveis , A profetiza Miriam e seu longo ministério durante o êxodo Israelita, a Juíza Deborah, durante o período dos Governo dos juízes em Israel, a Ancestral de Cristo, Rute. A Heroína Ester, que salvou o povo Judeu da destruição e do aniquilamento no período do cativeiro. Maria mãe de Jesus Cristo, as mulheres que o acompanharam em seu ministério e tantas outras que trabalharam ativamente servindo ao ministério apostólico.

Fora essas passagens biográficas, também encontramos passagens doutrinarias no livro dos provérbios, falando acerca da mulher sábia, que edifica a sua casa, dos seus valores, da importância da sua fé, da atenção especial que o Criador dispensa as mulheres com colunas da sociedade e da Igreja, mulheres de fé e de oração, exemplo bem tipificado na doutrina encontrada no Livro de Provérbios.

O desejo do Deus Pai, manifesto no Deus Filho, é agir pelo intermédio do Espírito Santo, e conduzir a mulher neste mundo tão conturbado e tenebroso, à uma restauração em todos os sentidos e dimensões da sua vida, para que esta, com sua vida transformada, vivendo de acordo com as Escrituras, possa ser o agente de Deus, no seu plano de resgatar e transformar a Família.

Assim percebemos no relato do Evangelho de João Cap.4, onde uma mulher sem nome, sem honra, discriminada pela sociedade, tem um encontro fabuloso com Cristo, a beira do tanque de Jacó. Sendo que após esse encontro ela é primeira mulher que de bom grado e com muita convicção, passa a anunciar o Evangelho, conduzindo muitos homens para verem e ouvirem as palavras de Cristo.

Com este pensamento em vista, a Igreja Internacional da família Cristã de Ribeirão Preto, estará realizando dia 07/05/2011 o “1° Jantar de Mulheres”, com a participação especial da Pastora Lenil de Jaboticabal, como preletora.

Meu desejo sincero é que não apenas neste dia e não apenas em minha Igreja, e que em todos os lugares mulheres a todos os dias possam ter um encontro pessoal com a fonte da Água da Vida.

Cleide Mércia Carvalho & Samuel Rodryguez

 

P.s. Para maiores informações sobre este evento acesse http://somosfamiliacrista.blogspot.com ou ligue para 16 32365888 e fale com a Pastora Angela Batista.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A importancia da Sã Doutrina

 

 

À luz da tra­di­ção mosaica, dou­trina sig­ni­fica aquilo que é rece­bido expres­sa­mente para ensino. O corpo de dou­trina é expresso pelo vocá­bulo hebraico  “Tora” conforme se lê em Géne­sis 26.5: “Por­quanto Abraão obe­de­ceu à minha voz e guar­dou o meu man­dado, os meus pre­cei­tos, os meus esta­tu­tos, e as minhas leis.” E em Isaías 1.10 lê-se: “Ouvi a Pala­vra do Senhor, vós os prín­ci­pes de Sodoma; pres­tai ouvi­dos à lei do nosso Deus, vós, ó povo de Gomorra.”

À luz dos vocá­bu­los gre­gos sig­ni­fica tanto o con­teúdo como o ato de ensi­nar. Jesus res­pon­deu aos fari­seus e disse-lhes: “A minha dou­trina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém qui­ser fazer a von­tade dele, pela mesma dou­trina conhe­cerá se ela é de Deus ou se falo de mim mesmo” (Jo. 7.16,17). 

As dou­tri­nas fun­da­men­tais,  devem ser conhe­ci­das por todos os cris­tãos, pois constam em toda a Sagrada Escri­tura, “que é divi­na­mente ins­pi­rada e pro­vei­tosa para ensi­nar, para repre­en­der, para cor­ri­gir, para ins­truir em jus­tiça, para que o homem de Deus seja per­feito e per­fei­ta­mente ins­truído para toda a boa obra” (2 Tm. 3.16,17)

Para efeito de ensino da fé as doutrinas fundamentais foram dividadas da seguinte forma:

1. Bibli­o­lo­gia é o estudo da for­ma­ção e carác­ter das Escri­tu­ras; sua reve­la­ção e ins­pi­ra­ção, seu cânon, sua vera­ci­dade e auto­ri­dade, suas divi­sões e men­sa­gem.
2. Teo­lo­gia é o estudo dos assun­tos refe­ren­tes à natu­reza, ao carác­ter e às obras de Deus.
3. Ange­lo­lo­gia é o estudo refe­rente à natu­reza e acção dos anjos, inclu­sive os rebel­des.
4. Antro­po­lo­gia é o estudo dos assun­tos refe­ren­tes ao homem e seu rela­ci­o­na­mento com Deus.
5. Hamar­ti­o­lo­gia é o estudo refe­rente à ori­gem, exten­são e con­sequên­cias do pecado.
6. Sote­ri­o­lo­gia é o estudo a res­peito dos vários aspec­tos da sal­va­ção.
7. Cris­to­lo­gia é o estudo acerca de Cristo; sua natu­reza, seu carác­ter e suas obras.
8. Ecle­si­o­lo­gia é o estudo da natu­reza, orga­ni­za­ção, e mis­são da Igreja.
9. Pneu­ma­to­lo­gia é o estudo da per­so­na­li­dade e obra do Espi­rito Santo.
10. Esca­to­lo­gia é o estudo das últi­mas coi­sas à luz das pro­fe­cias.

Fon­tes de Doutrina

Há três fon­tes de dou­trina que é pre­ciso reco­nhe­cer “para que não seja­mos mais meni­nos incons­tan­tes, leva­dos em roda por todo o vento de dou­trina, pelo engano dos homens que com astú­cia enga­nam frau­du­lo­sa­mente” (Ef. 4.14).
 

1. O espí­rito humano.
Em Mateus 15.9 estão as pala­vras de Cristo acerca deste espí­rito enga­na­dor, assim: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu cora­ção está longe de mim. Em vão me ado­ram ensi­nando dou­tri­nas que são pre­cei­tos dos homens.” O após­tolo Paulo usa a mesma expres­são para escla­re­cer os seus lei­to­res sobre a influên­cia do espí­rito humano (cf. Cl. 2.20 – 22). As pes­soas ficam à mercê dos fal­sos ensi­na­men­tos, como se ver­da­dei­ros fos­sem, quando não dão o pri­meiro lugar à Pala­vra de Deus e não con­fe­rem as dou­tri­nas pela mesma.

2. O espí­rito satâ­nico. 
Paulo tam­bém se refere a este espí­rito ao avi­sar o seu dis­cí­pulo Timó­teo sobre a apos­ta­sia dos últi­mos tem­pos, da seguinte maneira: “Mas o Espí­rito expres­sa­mente diz que, nos últi­mos tem­pos, apos­ta­ta­rão alguns da fé dando ouvi­dos a espí­ri­tos enga­na­do­res e a dou­tri­nas de demó­nios, pela hipo­cri­sia de homens que falam men­ti­ras, tendo cau­te­ri­zada a sua pró­pria cons­ci­ên­cia” (1 Tm. 4.1,2). “Por­que virá o tempo em que não sofre­rão a sã dou­trina; mas, tendo comi­chão nos ouvi­dos, amon­to­a­rão para si ensi­na­do­res con­forme as suas pró­prias con­cu­pis­cên­cias, e des­vi­a­rão os ouvi­dos da ver­dade vol­tando às fábu­las;” (2 Tm. 4.3,4). “Mas temo que, assim como a ser­pente enga­nou Eva com a sua astú­cia, assim tam­bém sejam de alguma sorte cor­rom­pi­dos os vos­sos sen­ti­dos e se apar­tem da sim­pli­ci­dade que há em Cristo; (2 Co. 11.3) Por con­se­guinte, é pre­ciso haver cui­dado com as apa­rên­cias e não acei­tar todas as filo­so­fias apa­ren­te­mente ino­fen­si­vas. Isto só é pos­sí­vel pelo exame cons­tante e atu­rado da Pala­vra de Deus.

3. O Espí­rito divino.
O após­tolo Pedro, à seme­lhança de  Paulo, afirma que “a pro­fe­cia nunca foi pro­du­zida pela von­tade de homem algum, mas os homens san­tos de Deus fala­ram ins­pi­ra­dos pelo Espí­rito Santo” (2 Pd. 1.21). Logo que homens san­tos fala­ram ins­pi­ra­dos pelo Espí­rito Santo, toda a Escri­tura é divi­na­mente ins­pi­rada e pro­vei­tosa para ensi­nar o cami­nho certo aos homens de Deus (2 Tm. 3.16,17).

Por con­se­guinte, deve­mos exa­mi­nar dia­ri­a­mente as Sagra­das Escri­tu­ras e con­fe­rir as nos­sas vidas, aquilo que ouvi­mos e dize­mos, pelo padrão do Espí­rito Santo. Paulo acon­se­lha per­sis­tên­cia na lei­tura da Pala­vra de Deus, e ainda: “Tem cui­dado de ti mesmo e da dou­trina; per­se­vera nes­tas coi­sas, por­que fazendo isto te sal­va­rás tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm. 4.13,16). Na Bíblia encon­tra­mos os sábios con­se­lhos de Deus para a nossa vida e minis­té­rio, aos quais deve­mos dar todo o cré­dito e pri­ma­zia a fim de ser­mos sábios para a sal­va­ção.

Impor­tân­cia da sã doutrina

A sã dou­trina é for­mu­lada por ensi­na­men­tos fiéis à Pala­vra de Deus, sem vio­lar nenhum dos man­da­men­tos. Cristo referiu-se à impor­tân­cia de ensi­nar a sã dou­trina da seguinte maneira: “Qual­quer, pois, que vio­lar um des­tes peque­nos man­da­men­tos, e assim ensi­nar aos homens, será cha­mado o menor no reino dos céus; porém, aquele que os cum­prir e ensi­nar será cha­mado grande no reino dos céus” (Mt. 5.19). Paulo adverte que o pres­bí­tero deve man­ter firme e fiel a pala­vra que é con­forme a dou­trina, para que seja pode­roso, tanto para cor­ri­gir como para con­ven­cer os con­tra­di­zen­tes; por­que há mui­tos desor­de­na­dos, fala­do­res, vãos e enga­na­do­res (Tt. 1.9). 

A sã dou­trina é impor­tante para os cris­tãos sabe­rem que têm vida nova pela fé em Jesus Cristo. Como escre­veu João: “Estes, porém, foram escri­tos para que crei­ais em Cristo e tenhais vida em seu nome” (Jo. 20.31; 1 Jo. 5.13). Nós sabe­mos, pela sã dou­trina das Escri­tu­ras, que o amor é o cum­pri­mento de toda a lei (Gl. 5.14). Nós sabe­mos que pas­sá­mos da morte para a vida por­que ama­mos os irmãos (1 Jo. 3.14). Nós sabe­mos que somos uma nova cri­a­ção em Cristo (2 Co. 5.17). Tam­bém sabe­mos que somos ouvi­dos por Deus e que rece­be­re­mos o que pedir­mos segundo a sua von­tade ( Jo. 5.14). 

A sã dou­trina é impor­tante para os cris­tãos desen­vol­ve­rem o carác­ter cris­tão à seme­lhança do seu Senhor. Se a raiz da árvore é santa tam­bém os ramos o são (Rm. 11.16. Jo. 15.1 – 7). Se o Pai é santo tam­bém os filhos o são (1 Pd. O conhe­ci­mento da sã dou­trina é impor­tante para aju­dar os cris­tãos a repu­diar as fal­sas dou­tri­nas, por­que haverá fal­sos mes­tres ensi­nando here­sias de per­di­ção (2 Pd. 2.1,2). Hime­neu e Fileto per­ver­te­ram a fé de alguns dizendo que a res­sur­rei­ção já tinha acon­te­cido (2 Tm. 2.17,18). Pedro adver­tiu que nos últi­mos dias mui­tos escar­ne­ce­rão da espe­rança na vinda do Senhor (2 Pd. 3.3). Em nossa época esta­mos assis­tindo, com tris­teza, a este desaforo.

É impor­tante para os cris­tãos apre­sen­ta­rem cla­ra­mente a men­sa­gem da sal­va­ção. Cui­dar da sã dou­trina para con­ven­cer do pecado (Tt. 1.9,10). Usar a sã dou­trina para sal­var alguns da con­de­na­ção; (1 Tm. 4.16). Ensi­nar a sã dou­trina para haver vidas san­ti­fi­ca­das. Eis o con­se­lho de Paulo: “Tu, porém, fala o que con­vém à sã dou­trina. Em tudo te dá por exem­plo de boas obras, na dou­trina mos­tra incor­rup­ção (Tt. 2.1,7). “Se alguém ensina outra dou­trina, e se não con­forma com as sãs pala­vras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a dou­trina que é segundo a pie­dade, é soberbo e nada sabe, mas delira acerca de ques­tões e con­ten­das de pala­vras…; con­ten­das de homens cor­rup­tos de enten­di­mento e pri­va­dos da verdade…”(1 Tm. 6.3 – 5).

sábado, 2 de abril de 2011

O dia da Mentira e O Cristão

 

 

 

Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e é o pai da mentira . - João - 8:44)

 

O diabo como o  pai da mentira, deve ter sido um convidado de honra neste dia, infelizmente entrou através desta tola e popular parte do folclore em muitos lares, quem sabe lares cristãos – Não podemos a titulo da inocencia de uma brincadeira comprometer os valores bíblicos que acreditamos, Mas antes de qualquer coisa, gostaria de falar um pouco sobre este a origem deste dia.

Tudo começou em 1564, quando Carlos IX, rei de França, por uma ordonnance de Roussillon, Dauphine, determinou que o ano começasse no dia primeiro de janeiro, no que foi seguido por outros países da Europa. É claro que, no início, a confusão foi geral, de vez que os meios de comunicação ainda eram inexistentes. Não havia rádio, televisão, nem mesmo o jornal, pois a invenção da imprensa, por Gutenberg, só aconteceu muitos anos depois.

Antes de Carlos IX determinar que o dia primeiro de janeiro fosse o começo do ano, este tinha início no dia primeiro de abril, o que resultou ficar conhecido como o Dia da Mentira., por força das brincadeiras feitas com a intenção de provocar hilaridade, uma forma de zombar da mudança da  data para começo do ano.

Bom, nem tudo o que é cultural deve ser moralmente ou biblicamente aceito, as expressões culturas da humanidade muitas vezes nascem em um meio influenciado pelo pecado, pela decadencia humana em relação ao seu afastamento de Deus.  Temos que tomar cuidado para não nos conformamos com este mundo ( conformar= tomar a mesma forma de) lembrando que conversão no grego biblico é “metanoia” mudança de mente mundança de atitude, muito embora em nossos dias esteja havendo um nivelamento da sociedade mundana com a igreja, temo que estamos vivemos uma “metanoia” ao contrario, um processo de “desconversão” do evangelho.

 

Lembretes para o Dia Internacional Da Mentira:

  • Destróis aqueles que proferem a mentira; ao sanguinário e ao fraudulento o Senhor abomina. – (Salmos - 5:6)

  • Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, proferindo mentiras.-( Salmos - 58:3 )

  • Eles somente consultam como derrubá-lo da sua alta posição; deleitam-se em mentiras; com a boca bendizem, mas no íntimo maldizem. – (Salmos - 62:4)

  • Mas o rei se regozijará em Deus; todo o que por ele jura se gloriará, porque será tapada a boca aos que falam a mentira. – (Salmos - 63:11)

  • Livra-me, e tira-me da mão do estrangeiro, cuja boca fala mentiras, e cuja mão direita é a destra da falsidade. – (Salmos - 144:11)

  • A testemunha verdadeira não mentirá; a testemunha falsa, porém, se desboca em mentiras. – (Provérbios - 14:5)

  • A testemunha verdadeira livra as almas; mas o que fala mentiras é traidor. –(Provérbios - 14:25)

  • A testemunha falsa não ficará impune; e o que profere mentiras não escapará. (Provérbios - 19:5)

  • A testemunha falsa não ficará impune, e o que profere mentiras perecerá. – (Provérbios - 19:9)

  • Suave é ao homem o pão da mentira; mas depois a sua boca se enche de pedrinhas. – (Provérbios - 20:17)

  • Porque vos profetizam a mentira, para serdes removidos para longe da vossa terra, e eu vos expulsarei dela, e vós perecereis. – (Jeremias-27:10)

  • Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros. – (Efésios - 4:25)

  • Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade. – (I João - 2:21)

  • E não entrará nela coisa alguma impura, nem o que pratica abominação ou mentira; mas somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro. – (Apocalipse - 21:27)

  • Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira. – (Apocalipse - 22:15)

  • O que usa de fraude não habitará em minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos. – (Salmos - 101:7)

 

Pelo pecado da sua boca e pelas palavras dos seus lábios fiquem presos na sua soberba. Pelas maldições e pelas mentiras que proferem. -Salmos - 59:12

 

Rodryguez e Carvalho

Prioridades do Cristão

A palavra prioridade em português deriva do termo latino “prioritas” que significa “o que está mais avançado”, dando a entender que o portador  da prioridade ter o direito de passar à frente de outras coisas. Resumindo podemos dizer que a prioridade é a coisa mais importante e  por isso dever ser executada em primeiro lugar.

A medida que os anos passam vamos elegendo e reclassificando nossas prioridades de acordo com o momento, situação ou fase em que nos encontramos. Assim a prioridade de uns pode ser inteiramente diferente da prioridade de outros. Fica claro que a prioridade esta intimamente ligada como valor que damos as coisas que nos cercam, sendo a escala da prioridade usada para alcançarmos os objetivos que traçamos na vida.

Se você é um daqueles Cristãos que ainda acreditam na volta de Cristo e no arrebatamento da Igreja, a essa altura já deve ter a consciencia de que deve ter uma escala de prioridades bem definidas em sua vida. E quando falamos em prioridades do Cristão, não estamos apenas falando em sua relação com a a rotina e horarios da Igreja, muito embora isso também deva constar em nossa escala de prioridades.

Cristo, modelo para todo Cristão, tinha prioridades diretas neste mundo, muitas vezes deixava de descansar para atender aos necessitados, como lemos no evangelho de Marcos, a ponto de seus familiares acharem que Ele, não estava raciocionando claramente:

E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira que nem sequer podiam comer pão.E, quando os seus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si Marcos 3.20-21

Jesus apenas tinha listado como prioridade atender a multidão ao invés de parar um pouco para descansar e comer, assim seus familares logo acreditaram que ele estava louco e que deveria haver uma intervenção. A loucura do evangelho verdadeiro é assim, deixar de lado um pouco nosso próprio bem estar, fazendo que venhamos a nos preocupar com aqueles que ainda não ouviram falar de Jesus, preocupar-se com o proxímo, com se fosse nós mesmos.

Ainda nessas prioridades Jesus atendia o amaldiçoado leproso, não se importanto com sua imagem pessoal com Rabi, guardador da Lei, Judeu ou outro título de honra que lhe pudesse ser conferido, apenas fazia a missão do Reino: pregar, curar e libertar – anunciar para os pecadores as boas novas do Reino de Deus.

Em nossa vida agitada, infelizmente temos feito uma classificação prioritária em desacordo com o a Mensagem do Evangelho que dizemos acreditar. Qualquer  cristão que olhe apenas para si mesmo e seu bem estar, longe esta do verdadeiro evangelho de Cristo. Qualquer um que em suas prioridades preferia qualquer coisa antes do Reino de Deus, compromete sua entrada e vida nesse Reino. Muito embora a entrada no Reino não seja por mérito, mas por graça, importa que os Filhos do Reino, se comportem como filhos do Reino e não de outra forma.

“Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça, e as demais coisas vos serão acrescentadas” Mateus 6.33

Hoje tem culto… já sei você não vai porque está cansado e claro que Deus compreende, mas, e no seu serviço você faltaria porque está cansado? deixaria de ir porque esta chovendo? Claro que não, afinal é uma priroridade!  Infelizmente como já escrevi e falei outras vezes, creio que nos falta fé para acreditarmos na proposta invisivel do evangelho, porque quem acredita prioriza o que está acreditando em sua vida. E não adianta o argumento de que Deus sabe aquilo que está dentro do nosso coração, afinal cristianismo não é uma filosofia, um objeto de estudo e debates filosoficos, é antes de tudo, um modo, de vida! Cri e por isso falei…A vida Cristã não é uma vida de meritos e obras, porém a fé sem as obras é morta.

Priorizemos pois a obra daquele que Nos enviou enquanto é dia….

 

Rodriguez e Carvalho

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