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segunda-feira, 4 de abril de 2011

A importancia da Sã Doutrina

 

 

À luz da tra­di­ção mosaica, dou­trina sig­ni­fica aquilo que é rece­bido expres­sa­mente para ensino. O corpo de dou­trina é expresso pelo vocá­bulo hebraico  “Tora” conforme se lê em Géne­sis 26.5: “Por­quanto Abraão obe­de­ceu à minha voz e guar­dou o meu man­dado, os meus pre­cei­tos, os meus esta­tu­tos, e as minhas leis.” E em Isaías 1.10 lê-se: “Ouvi a Pala­vra do Senhor, vós os prín­ci­pes de Sodoma; pres­tai ouvi­dos à lei do nosso Deus, vós, ó povo de Gomorra.”

À luz dos vocá­bu­los gre­gos sig­ni­fica tanto o con­teúdo como o ato de ensi­nar. Jesus res­pon­deu aos fari­seus e disse-lhes: “A minha dou­trina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém qui­ser fazer a von­tade dele, pela mesma dou­trina conhe­cerá se ela é de Deus ou se falo de mim mesmo” (Jo. 7.16,17). 

As dou­tri­nas fun­da­men­tais,  devem ser conhe­ci­das por todos os cris­tãos, pois constam em toda a Sagrada Escri­tura, “que é divi­na­mente ins­pi­rada e pro­vei­tosa para ensi­nar, para repre­en­der, para cor­ri­gir, para ins­truir em jus­tiça, para que o homem de Deus seja per­feito e per­fei­ta­mente ins­truído para toda a boa obra” (2 Tm. 3.16,17)

Para efeito de ensino da fé as doutrinas fundamentais foram dividadas da seguinte forma:

1. Bibli­o­lo­gia é o estudo da for­ma­ção e carác­ter das Escri­tu­ras; sua reve­la­ção e ins­pi­ra­ção, seu cânon, sua vera­ci­dade e auto­ri­dade, suas divi­sões e men­sa­gem.
2. Teo­lo­gia é o estudo dos assun­tos refe­ren­tes à natu­reza, ao carác­ter e às obras de Deus.
3. Ange­lo­lo­gia é o estudo refe­rente à natu­reza e acção dos anjos, inclu­sive os rebel­des.
4. Antro­po­lo­gia é o estudo dos assun­tos refe­ren­tes ao homem e seu rela­ci­o­na­mento com Deus.
5. Hamar­ti­o­lo­gia é o estudo refe­rente à ori­gem, exten­são e con­sequên­cias do pecado.
6. Sote­ri­o­lo­gia é o estudo a res­peito dos vários aspec­tos da sal­va­ção.
7. Cris­to­lo­gia é o estudo acerca de Cristo; sua natu­reza, seu carác­ter e suas obras.
8. Ecle­si­o­lo­gia é o estudo da natu­reza, orga­ni­za­ção, e mis­são da Igreja.
9. Pneu­ma­to­lo­gia é o estudo da per­so­na­li­dade e obra do Espi­rito Santo.
10. Esca­to­lo­gia é o estudo das últi­mas coi­sas à luz das pro­fe­cias.

Fon­tes de Doutrina

Há três fon­tes de dou­trina que é pre­ciso reco­nhe­cer “para que não seja­mos mais meni­nos incons­tan­tes, leva­dos em roda por todo o vento de dou­trina, pelo engano dos homens que com astú­cia enga­nam frau­du­lo­sa­mente” (Ef. 4.14).
 

1. O espí­rito humano.
Em Mateus 15.9 estão as pala­vras de Cristo acerca deste espí­rito enga­na­dor, assim: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu cora­ção está longe de mim. Em vão me ado­ram ensi­nando dou­tri­nas que são pre­cei­tos dos homens.” O após­tolo Paulo usa a mesma expres­são para escla­re­cer os seus lei­to­res sobre a influên­cia do espí­rito humano (cf. Cl. 2.20 – 22). As pes­soas ficam à mercê dos fal­sos ensi­na­men­tos, como se ver­da­dei­ros fos­sem, quando não dão o pri­meiro lugar à Pala­vra de Deus e não con­fe­rem as dou­tri­nas pela mesma.

2. O espí­rito satâ­nico. 
Paulo tam­bém se refere a este espí­rito ao avi­sar o seu dis­cí­pulo Timó­teo sobre a apos­ta­sia dos últi­mos tem­pos, da seguinte maneira: “Mas o Espí­rito expres­sa­mente diz que, nos últi­mos tem­pos, apos­ta­ta­rão alguns da fé dando ouvi­dos a espí­ri­tos enga­na­do­res e a dou­tri­nas de demó­nios, pela hipo­cri­sia de homens que falam men­ti­ras, tendo cau­te­ri­zada a sua pró­pria cons­ci­ên­cia” (1 Tm. 4.1,2). “Por­que virá o tempo em que não sofre­rão a sã dou­trina; mas, tendo comi­chão nos ouvi­dos, amon­to­a­rão para si ensi­na­do­res con­forme as suas pró­prias con­cu­pis­cên­cias, e des­vi­a­rão os ouvi­dos da ver­dade vol­tando às fábu­las;” (2 Tm. 4.3,4). “Mas temo que, assim como a ser­pente enga­nou Eva com a sua astú­cia, assim tam­bém sejam de alguma sorte cor­rom­pi­dos os vos­sos sen­ti­dos e se apar­tem da sim­pli­ci­dade que há em Cristo; (2 Co. 11.3) Por con­se­guinte, é pre­ciso haver cui­dado com as apa­rên­cias e não acei­tar todas as filo­so­fias apa­ren­te­mente ino­fen­si­vas. Isto só é pos­sí­vel pelo exame cons­tante e atu­rado da Pala­vra de Deus.

3. O Espí­rito divino.
O após­tolo Pedro, à seme­lhança de  Paulo, afirma que “a pro­fe­cia nunca foi pro­du­zida pela von­tade de homem algum, mas os homens san­tos de Deus fala­ram ins­pi­ra­dos pelo Espí­rito Santo” (2 Pd. 1.21). Logo que homens san­tos fala­ram ins­pi­ra­dos pelo Espí­rito Santo, toda a Escri­tura é divi­na­mente ins­pi­rada e pro­vei­tosa para ensi­nar o cami­nho certo aos homens de Deus (2 Tm. 3.16,17).

Por con­se­guinte, deve­mos exa­mi­nar dia­ri­a­mente as Sagra­das Escri­tu­ras e con­fe­rir as nos­sas vidas, aquilo que ouvi­mos e dize­mos, pelo padrão do Espí­rito Santo. Paulo acon­se­lha per­sis­tên­cia na lei­tura da Pala­vra de Deus, e ainda: “Tem cui­dado de ti mesmo e da dou­trina; per­se­vera nes­tas coi­sas, por­que fazendo isto te sal­va­rás tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm. 4.13,16). Na Bíblia encon­tra­mos os sábios con­se­lhos de Deus para a nossa vida e minis­té­rio, aos quais deve­mos dar todo o cré­dito e pri­ma­zia a fim de ser­mos sábios para a sal­va­ção.

Impor­tân­cia da sã doutrina

A sã dou­trina é for­mu­lada por ensi­na­men­tos fiéis à Pala­vra de Deus, sem vio­lar nenhum dos man­da­men­tos. Cristo referiu-se à impor­tân­cia de ensi­nar a sã dou­trina da seguinte maneira: “Qual­quer, pois, que vio­lar um des­tes peque­nos man­da­men­tos, e assim ensi­nar aos homens, será cha­mado o menor no reino dos céus; porém, aquele que os cum­prir e ensi­nar será cha­mado grande no reino dos céus” (Mt. 5.19). Paulo adverte que o pres­bí­tero deve man­ter firme e fiel a pala­vra que é con­forme a dou­trina, para que seja pode­roso, tanto para cor­ri­gir como para con­ven­cer os con­tra­di­zen­tes; por­que há mui­tos desor­de­na­dos, fala­do­res, vãos e enga­na­do­res (Tt. 1.9). 

A sã dou­trina é impor­tante para os cris­tãos sabe­rem que têm vida nova pela fé em Jesus Cristo. Como escre­veu João: “Estes, porém, foram escri­tos para que crei­ais em Cristo e tenhais vida em seu nome” (Jo. 20.31; 1 Jo. 5.13). Nós sabe­mos, pela sã dou­trina das Escri­tu­ras, que o amor é o cum­pri­mento de toda a lei (Gl. 5.14). Nós sabe­mos que pas­sá­mos da morte para a vida por­que ama­mos os irmãos (1 Jo. 3.14). Nós sabe­mos que somos uma nova cri­a­ção em Cristo (2 Co. 5.17). Tam­bém sabe­mos que somos ouvi­dos por Deus e que rece­be­re­mos o que pedir­mos segundo a sua von­tade ( Jo. 5.14). 

A sã dou­trina é impor­tante para os cris­tãos desen­vol­ve­rem o carác­ter cris­tão à seme­lhança do seu Senhor. Se a raiz da árvore é santa tam­bém os ramos o são (Rm. 11.16. Jo. 15.1 – 7). Se o Pai é santo tam­bém os filhos o são (1 Pd. O conhe­ci­mento da sã dou­trina é impor­tante para aju­dar os cris­tãos a repu­diar as fal­sas dou­tri­nas, por­que haverá fal­sos mes­tres ensi­nando here­sias de per­di­ção (2 Pd. 2.1,2). Hime­neu e Fileto per­ver­te­ram a fé de alguns dizendo que a res­sur­rei­ção já tinha acon­te­cido (2 Tm. 2.17,18). Pedro adver­tiu que nos últi­mos dias mui­tos escar­ne­ce­rão da espe­rança na vinda do Senhor (2 Pd. 3.3). Em nossa época esta­mos assis­tindo, com tris­teza, a este desaforo.

É impor­tante para os cris­tãos apre­sen­ta­rem cla­ra­mente a men­sa­gem da sal­va­ção. Cui­dar da sã dou­trina para con­ven­cer do pecado (Tt. 1.9,10). Usar a sã dou­trina para sal­var alguns da con­de­na­ção; (1 Tm. 4.16). Ensi­nar a sã dou­trina para haver vidas san­ti­fi­ca­das. Eis o con­se­lho de Paulo: “Tu, porém, fala o que con­vém à sã dou­trina. Em tudo te dá por exem­plo de boas obras, na dou­trina mos­tra incor­rup­ção (Tt. 2.1,7). “Se alguém ensina outra dou­trina, e se não con­forma com as sãs pala­vras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a dou­trina que é segundo a pie­dade, é soberbo e nada sabe, mas delira acerca de ques­tões e con­ten­das de pala­vras…; con­ten­das de homens cor­rup­tos de enten­di­mento e pri­va­dos da verdade…”(1 Tm. 6.3 – 5).

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