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sábado, 27 de setembro de 2025

Armadilha Silenciosa da Bajulação



O Que a Bíblia Realmente Diz Sobre o Elogio Falso

Em um mundo que valoriza a autopromoção e a busca incessante por aprovação, as palavras se tornaram uma ferramenta poderosa. Elas podem construir, encorajar e inspirar. No entanto, quando usadas com intenções ocultas, podem se transformar em uma das armadilhas mais perigosas e sutis que a Bíblia nos adverte: a bajulação.

A bajulação, ou lisonja, vai muito além de um simples elogio. Enquanto o elogio genuíno edifica e reconhece o valor no outro, a bajulação é um elogio interesseiro, uma máscara de admiração que esconde o egoísmo. É a arte de dizer às pessoas exatamente o que elas querem ouvir, não porque é verdade, mas para obter algo em troca.

A Bíblia não trata deste assunto de forma superficial. Pelo contrário, ela o expõe como um veneno para as relações e para a alma.

O Coração Dividido do Bajulador

A principal crítica bíblica à bajulação é sua falsidade inerente. O bajulador opera com um "coração fingido". Suas palavras são suaves como o óleo, mas por dentro, carregam a intenção de manipular.

O Salmo 12:2-3 descreve essa duplicidade de forma contundente: "Todos mentem uns aos outros; falam com lábios bajuladores e coração fingido. Que o SENHOR corte os lábios bajuladores e cale a língua arrogante."

Essa passagem não pede apenas o fim da mentira, mas especificamente o fim da palavra lisonjeira, mostrando o quanto Deus despreza essa forma de engano. A bajulação é uma corrupção da verdade, usando a aparência de afeto para servir a propósitos egoístas.

Uma Rede para os Nossos Pés

As Escrituras nos alertam que a bajulação é perigosa tanto para quem a pratica quanto para quem a recebe. Para quem ouve, o elogio constante e imerecido pode inflar o orgulho, cegar para os próprios erros e levar a decisões desastrosas.

Provérbios 29:5 pinta uma imagem vívida desse perigo: "O homem que bajula seu próximo está apenas armando uma rede para os seus passos."

Imagine caminhar por uma trilha e alguém, com um sorriso, cobrir uma armadilha com folhas e flores. Essa é a essência da bajulação. Ela nos faz sentir seguros e admirados, enquanto nos guia diretamente para a ruína. A pessoa que se acostuma com a lisonja perde a capacidade de aceitar a crítica construtiva, que é essencial para o crescimento.

O Contraste Divino: A Repreensão que Cura

Para a sabedoria bíblica, o oposto da bajulação não é o silêncio, mas a repreensão honesta e amorosa. Enquanto a bajulação destrói com um sorriso, a correção sincera constrói com a verdade, mesmo que momentaneamente dolorosa.

Provérbios 27:6 afirma: "Mais vale a repreensão aberta do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos."

Um amigo de verdade não é aquele que apenas aplaude, mas aquele que tem a coragem de nos alertar quando estamos no caminho errado. A bajulação é o "beijo do inimigo", doce no momento, mas fatal em suas consequências.

Vivendo em Verdade e Sinceridade

No Novo Testamento, o apóstolo Paulo reforça essa ideia, distanciando seu ministério de qualquer motivação interesseira. Em 1 Tessalonicenses 2:5, ele declara: "A verdade é que jamais nos utilizamos de linguagem bajuladora, como bem sabeis, nem de artimanhas gananciosas. Deus é testemunha desta verdade."
Isso nos ensina um princípio fundamental para a vida cristã: nossas palavras devem ser um reflexo de um coração sincero. Devemos elogiar com generosidade, mas com verdade. Devemos encorajar com amor, mas com honestidade.
Como podemos nos proteger da armadilha da bajulação?

1.Examine a Fonte: Desconfie de elogios excessivos, especialmente de pessoas que parecem querer algo de você.

2.Ame a Verdade: Peça a Deus um coração que ame a correção e a verdade mais do que o afago no ego.

3.Cerque-se de Amigos Verdadeiros: Valorize as pessoas que são honestas com você, mesmo quando a verdade delas é desconfortável.

4.Pratique a Sinceridade: Que nossas palavras sejam sempre para edificar, e não para manipular.

Em última análise, a Bíblia nos chama para uma comunicação que honra a Deus e ao próximo, fundamentada na verdade, no amor e na sinceridade. Ao rejeitarmos a cultura da bajulação, abrimos espaço para relacionamentos mais profundos, um crescimento genuíno e uma vida que reflete a integridade do Reino de Deus.

 

Pr. Samuel Carvalho

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