Quem Sou


Samuel Rodrigues , servindo a Deus na Igreja Assembleia de Deus, Min Madureira em Ribeirão Preto, casado com Cleide Rodrigues, Pregador da Palavra, Professor de Teologia, Blogueiro, Coordenador de Projetos de Pesquisa, contato pelo Whatsapp. ou se preferir ligue para 55 16 994542319

sábado, 11 de maio de 2013

O pregador e o culto a Deus.

Esta semana foi uma semana muito corrida, culto quase todos os dias! – Isso claro que me fez pensar no significado do culto cristão para mim e nas implicações dele no meu relacionamento com Deus, com a igreja e com as pessoas de fora da fé cristã.

Como pregador, obreiro e auxiliar do pastor, a demanda de cultos me “força” a estar sempre pronto para alguma ocasião inusitada. Nas Igrejas Assembleias de Deus, é muito comum o pregador ser designado de ultima hora ( alguns minutos antes do horário da pregação!) Ou ainda sermos designados para outros atos do culto também de ultima hora, como uma saudação, um cântico tradicional, uma oração, etc..

Isso me força à uma leitura constante do texto sagrado, mas é justamente ai que quero compartilhar com vocês meus pensamentos.

Um pregador quando lê um texto bíblico, por menor que seja, sua mente já começa a processar um esboço de uma mensagem, já pensa na hermenêutica, pensa em palavras chaves de grego e hebraico, se vê até mesmo pregando. Um cristão quando lê um texto, sem esta preocupação, sorve cada porção e vai se deixando ser transformado por ela. enquanto que o pregador pode apenas, extrair dela vários esboços, predicas e contextualizações sem se levar em conta que a Bíblia é a Palavra de Deus e nela Deus fala conosco de fato e corrige o nosso caminho. Corre-se o risco de ser pregador da palavra sem uma intimidade profunda com o autor da Palavra.

Muitos pregadores por conta da demanda, oram pouco, se consagram muito pouco, alguns até ignoraram o jejum, isso porque talvez pensam que conheçam muito a Deus por decorarem textos imensos, discorrem sobre doutrinas complexas da fé cristã, mas se esquecem de que vida cristã vai além das palavras, vida cristã é composta também de presença e poder de Deus na vida pessoal, e isso só se consegue na intimidade do jejum e da oração junto com a meditação na palavra.

O culto não pode começar apenas dentro dos horários estipulados do serviço religioso no templo, o culto a Deus é algo que deve ser constante em nossas vidas, que ultrapassa as dimensões físicas e temporais do templo, o nosso culto deve ser uma experiências diária com Deus de alguém que leva uma vida para honrar e glorificar ao Deus Eterno em toda a extensão e momentos da sua vida. O culto antes de ser exterior, congregado e manifesto, deve ser interior, introspectivo e silencioso, fruto de uma vida totalmente voltada para Deus. O pregador como qualquer outro cristão antes de sua preocupação com os atos exteriores do cultos, deve também ser preocupar com sua vida pessoal em relação a Deus.

Essa demanda de cultos essa semana me fez perceber, que corro o risco de ser apenas um pregador, cansado e preocupado sempre com o próximo culto a próxima pregação, preocupado se serei ou não ouvido! Tudo isso ao invés de me aproximar de Deus pode me afastar dele, ai mora um paradoxo cruel que é o de estar “fazendo a obra de Deus” e ao mesmo tempo afastado dele.

Enfim Deus esta a procura de adoradores, que ao adorem em espirito e em verdade, se envolvam como cristãos em sua seara, que vivam o seu reino, agindo assim o pregador terá muito mais que palavras para dizer, terá antes de tudo uma experiência de vida a transmitir.

Que Deus em Cristo nos abençoe.

Rodryguez & Carvalho

sábado, 20 de abril de 2013

Alcançando a Santidade

“Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou Santo” Levítico 19.1

 

A  Santidade é algo imprescindível no relacionamento com Deus. Para se aproximar e permanecer na sua presença é necessário a santidade que convém a sua casa ( Salmo 93), não consumação do século no momento final da presente era, só permanecerá na presença do Deus Eterno aquele seguiu a santificação pessoal da sua vida (Hebreus 12.14) . Quando pensamos em santidade temos algumas ideias exteriores, baseadas em ritos, costumes e usos, se bem que bons costumes podem vir de uma vida de santidade, mas o costume exterior em si, não significa santificação.

Interessante a definição de santidade dada pelo Rabi Mosche Kepinski de Israel :

Santidade é um estado um momento, em que o individuo nunca se sentiu antes tão perto e próximo de Deus, compreendendo a sua infinitude  e eternidade, é também neste mesmo momento em que o individuo lança um olhar para si próprio entendendo a sua finitude e efemeridade perante o Deus eterno.” –

Sendo assim a Santidade é um equilíbrio entre a proximidade com Deus e o respeito que lhe é devido. Somente que se aproxima o suficiente Dele, pode sentir um misto de amor e temor, como Isaque no Moriah, que viu o quanto seu Pai Abraão amava e temia a Deus, não é a toa que Jacó se referente a Deus agora como o “Temor de meu pai Isaque”. Genesis 31.42 -  Quanto mais o ser humano se aproximar de Deus, muito mais sua relação de amor e temor aumentará, tal como o profeta Isaías no cap. 6 do livro do profeta, a informação que temos ali foi que Isaias viu Deus em uma das expressões da Gloria, foi um momento de proximidade, que gerou um temor desmedido: “Ai de mim” mas ao final também gerou um relação de amor e voluntariado: “Eis aqui envia-me a mim”

O livro de Levítico, é o livro que contém as normas e preceitos de como os sacerdotes filhos de Levi deveriam se portar e ministrar em santidade ao Senhor, é nesse livro que entendemos que a proximidade como falado a cima tem que vir acompanhada de um respeito e temor, afinal estamos falando de Deus, o soberano de todo o universo, os filhos de Arão, Nadabe e Abiu, estavam muito próximos em sua ministrações e vocação sacerdotal de Deus, mas mesmo assim morreram por oferecerem um fogo estranho diante de Deus. ( levítico cap. 10) , há muitas interpretações sobre este fogo estranho, alguns interpretes acreditam que o fogo não foi tirado do altar como a lei prescrevia ( Lv 16.12) outros ainda que o incenso não fora preparado da forma correta, mas um fato passa desapercebido aqui, a palavra estranho neste texto em hebraico é zar.  que sempre se refere a pessoas e não à coisas, logo posso entender que o maior problema aqui foi que Deus não viu legitimidade nas ações de Nadabe e Abiu e os tratou como estranhos na sua presença. Fica ai uma advertência para nós pois na consumação dos séculos muitos serão tidos como estranhos, quando ouvirem atônitos a sentença: “ Não vos conheço”. A bíblia não fornece outras informações mas podemos entender que Nadabe e seu Irmão Abiu estavam em desacordo com Deus, um desacordo interior coisa que o homem não vê mas Deus vê.

Nadabe e Abiu estavam próximos de Deus na infinitude, da eternidade e majestade sem fim, mas não entenderam o outro lado do Temor que lhe é devido. – Vivemos dias em que as pessoas também não entendem isso, cantam, louvam, testemunham da boca para fora, mas nas suas ações do dia a dia estão moldadas pelas formas do mundo, estão acomodadas ao “status quo”, do pecado na era da modernidade e pensam que podem levar as suas vidas das formas que bem quiserem. – A frase típica dessa geração é : “ O que importa é ser feliz!” – E em nome dessa falsa felicidade casamentos tem sido destruídos, caminhos tortuosos tem sido traçados, porém é preciso voltar e entender que antes da felicidade vem o temor a Deus. Arão diante da tragédia que se abateu sobre seu filhos fez silencio, pois temia a Deus, o silencio diante do inexplicável é melhor do que o pecar com os lábios contra a santidade de Deus.

Deus ainda é o fogo consumidor (Deuteronômio 4.24) podemos ser purificados na sua presença se levarmos em conta o temor que lhe é devido ou podemos ser consumidos se formos negligentes.

No velho testamento temos momentos específicos datas e festas em que Deus mostrava o seu poder e caminhava entre o povo. No Novo teste manto somos convidados por Cristo a Sermos o templo do Espirito Santo, devendo muito mais andar em santidade e temor, Paulo na carta aos Coríntios diz que  o corpo agora é o templo, uma morada permanente do Espirito Santo, que arde em zelo pela sua morada, e nos adverte a buscar a santificação, por um motivo e principio fácil de entender: “Somos a morada de Deus” – a proximidade então é muito maior pois não é mais de fora para dentro, passando pelos ritos do átrio exterior, interior, santo e santo dos santos. mas agora é de fora para para Dentro,. não é mais do mundo, da poeira do deserto para o templo em busca de uma proximidade santificação que santifica o participante dos ritos. è antes de dentro para para fora, uma santificação que começou em Cristo, que agora habita em nós na Trindade Divina, uma santificação que deve ser capaz de alterar, chocar e modificar pessoas e situações a nossa volta.

O rei Davi foi um home que apesar dos muitos erros, entendia princípios de adoração, louvor, temor e santidade, no Salmo 27.4 ele diz:

“Uma coisa pedi ao SENHOR, e a buscarei: que possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e inquirir no seu templo.”

A traduzida ai por comtemplar, em hebraico “evake” significa visitar, surge uma questão ai a ser apreciada, questão esta proposta pelos mestres hassidicos do judaísmo: Se Davi pede para morar, porque também fala em visitar? Dos mestres hassidicos temos a seguindo interpretação “ Devemos morar na casa, presença de Deus, mas devemos ter sempre em mente o temor de um visitante.”

Vivemos aeração dos que proclamam o amor de Deus, pregamos o amor de Deus, mas nos esquecemos que o principio é temor.

Cristo nós deu a condição de uma vez remidos os nossos pecados pudéssemos estar diante do Deus, em novidade de vida, nos deu condição tomou o nosso lugar e sofreu o fogo consumidor de Deus em nosso lugar, mas se de agora em diante não tememos a Deus, fica a pergunta:

Hebreus 2.1-4

 

Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas.  Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição,  Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;  Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade

 

 

 

Que o Deus de paz no santifique em Tudo!

 

Rodryguez & Carvalho

domingo, 14 de abril de 2013

Marcos Feliciano

 

Marcos Feliciano, este é o nome mais cogitado do momento, natural da pequena Orlandia na região de Ribeirão Preto, este homem tem sido amado e odiado ao mesmo tempo na mesma intensidade.

Eu como Assembleiano, que vivo este imenso e complexo universo que são as Assembleias de Deus no Brasil, não concordo claro com tudo o que escuto e vejo, mas não posso ser leviano e deixar de entender que frases tiradas do sei contexto podem ter o poder destruidor de uma bomba atômica. As Assembleias de Deus no Brasil não possuem como alguns pensam um líder máximo, estão por sua vez divididas em ministérios e convenções, havendo duas convenções que são as maiores a CGADB – Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, que por sua vez congrega vários ministérios independentes entre si como, Belém, missão, Ipiranga, santos… sendo esta convenção presidida pelo Pastor José Wellington do ministério do Belém e a CONAMAD – Convenção Nacional da Assembleia de Deus de Madureira, que por sua vez congrega todas as Igrejas pertencentes ao ministério de Madureira, cuja sede nacional fica no Rio de Janeiro, em Madureira e é presidida pelo Bispo Manuel Ferreira.

Fora isso existe outras tantas igrejas Assembleias de Deus, que não estão coligadas a convenção alguma.

Esta explicação é valida para mostrar que embora grande a Assembleia de Deus é  dividida, independente em seus procedimentos de suas igrejas co-irmãs e ao mesmo tempo unida em suas convenções.

Marcos Feliciano quando fala, não fala como como porta voz das Assembleias de Deus, fala por si,por sua próprias convicções e visão que ele tem da bíblia como Palavra de Deus.

Quisera eu que mais homens se levantassem neste país e gritassem em alto e em bom soim as suas convicções, somos bombardeados todos os dias, engolindo de garganta a baixa, todo o lixo produzido por uma sociedade afastada de Deus, abaixamos a nossa cabeça, as vezes nos acomodamos, e não expressamos o que cremos ser a verdade, é o “infeliz silencio do bons”.

Procuramos meios de agradar a todos, não sabendo que isso muitas vezes pode custar o nosso testemunho cristão, nossa fé e nosso relacionamento com Deus.

Marcos Feliciano, não fala como porta voz das Assembleias de Deus ou dos milhões de pentecostais espalhados por este pais afora. Mas eu me identifico com sua coragem de dizer a verdade bíblica, em tempos em que muitos estão preferindo fazer uma releitura critica e se possível retirar delas alguns trechos, uma leitura “politicamente correta”.

Não concordo quando acusam de racismo, pois a própria historia do pentecostalismo é a a historia de homens que venceram o racismo americano e juntos Paham, Seymour, entre outros, estiveram no meio do maior mover espiritual que o século 20 presenciou. Vale apenas dizer que a politica de segregação americana pelos idos de 1910 tomou um forte golpe com o surgimento do movimento pentecostal, que unia brancos e negros sob a liderança de um homem negro, leigo, filhos de escravos e plantador de algodão Willian J  Seymour.

Não concordo quando o acusam de racismo, pois as Assembleias de Deus eram e ainda são uma igreja voltada para todas as camadas da sociedade, “onde tem coca-cola e correios existe uma igreja Assembleia de Deus” fazendas, povoados, favelas, bairros nobres e muitas de nossos lideres são negros. Só para citar um exemplo o pioneiro e saudoso pastor Anselmo Silvestre que presidiu a Assembleia de Deus de Belo Horizonte – Minas Gerais.

Não concordo quando o acusam de racismo porque na Igreja a qual preside, muitos de seus lideres são também negros.

Concordo com a declaração de que Feliciano é Homofobico se entendemos homofobia como uma postura critica em relação as praticas do homossexualismo, mas não concordo se a conotação tiver a haver com discriminação e violência com relação a orientação sexual, pois não isso o que percebo nem nos discursos nem na pratica, e também não é essa a doutrina do evangelho.

Não concordo também com as declarações de que África seja amaldiçoada, mas crio que as declarações estão fora do contexto.

Assim como o Pastor Marcos Feliciano, não é um porta voz oficial das Assembleias de Deus e dos movimentos pentecostais desse pais, eu também não sou. Mas espero sinceramente que outros homens e mulheres se levantem nesse pais, denunciando o pecado e sendo porta vozes não de uma confissão religiosas presos muitas vezes normas e politicas corretas que as instituições propõem, mas arautos da verdade bíblica, doa a quem doer, pois a verdade precisa ser dita e isso cabe a nós.

Acredito que os homossexuais, precisam ter seus direitos preservados, assim como todos nós precisamos, que não podem ser alvos da violência, assim como ninguém o pode, mas não posso aceitar que tenham privilégios e quem criem nesse pais um regime de exceção, que empurrem seus conceitos de goela abaixo, que influenciem nossos filhos.

Acredito que tem o direito de levarem a sua vida como quiserem, e eu tenho o direito de continuar embora pareça retrógado e inapropriado para esta geração, de dizer que o homossexualismo se enquadra em uma pratica que desagrada a Deus.

 

Rodryguez&Carvalho

sábado, 16 de março de 2013

A dengue….

 

Pois é amigos, contrai dengue esses últimos dias, não apenas eu como também minha esposa, os dois ao mesmo tempo e no mesmo dia! ( isso que é união rs!)

Os sintomas todos já conhecemos, indisposição, dores diversas, falta de apetite, ânsia de vomito, etc.

A medicação, soro, paracetamol e muita agua.

Muitos pensamentos divagaram na minha mente esses dias, a enfermidade é uma intrusa na vida humana, decorrência do pecado, e nós sentimos muitos dos seus efeitos. Fiquei pensando.. porque Deus não me curou como de outras vezes? Porque tive que ir ao médico?

Desde criança eu aprendi e creio que Deus cura, não somente aprendi e creio como já fui alvo inúmeras vezes da cura divina, não que eu negligencie a medicina, porque para isso é que os médicos estão ai, mas sempre tive como primeiro e último socorro o poder de Deus, e já fui curado de doenças muitos piores que a Dengue.

Enfim, desta vez foi diferente precisei passar todo o ciclo da doença para então me sentir restabelecido. Mas em tudo dou glórias a Deus, foi foi um período de reflexão, de oração, de intimidade e percebo hoje que com a minha saúde perfeita, estava eu embrutecido, duro de coração com relação a algumas pessoas e questões e hoje estou mas maleável, amolecido, pois percebi a brevidade e a fragilidade da vida humana, cedo florescemos e cedo ainda podemos ser ceifados!

Um mosquito! Sim apenas um mosquito é capaz de acabar com a arrogância humana!  Um vírus, uma bactéria, um germe, seres infinitamente simples podem acabar com um organismo tão complexo quanto o nosso!

É tempo dos que de boa saúde gozam, de se lançarem cada dia mais aos pés do Senhor, reconhecendo o pecado como doença mortal, que pode lançar o homem em morte eterna.

É tempo dos que enfermos estão, saibam que em Jesus ha uma cura, que vai além da cura do corpo, uma cura que abrange a alma e o espirito, sabendo que mesmo enfermos no corpo podem encontrar a satisfação da cura que gera vida eterna.

A base para a cura da dengue é agua, muita agua, cansei de ler vários informativos estes dias, sobre a importância da agua na constituição e funcionamento do corpo humano.

A base para a cura espiritual também é agua, a agua viva que jorra da eterna fonte, chamada Jesus Cristo.

 

Rodriguez&Carvalho

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O Pregador

Procura limpar a vasilha antes de lançar nela seja o que for; quer dizer, antes de pregar a virtude, reforma os teus costumes.
Epicteto

Pregador! De uns tempos para cá este título tem se tornado tão importante nos círculos evangélicos. Dando um certo ar de “status” a quem o possui, E em nome desse “status” muitos exageros tem sido cometidos, ignora-se o texto bíblico em si e sua mensagem e parte para comparações e aplicações fora do contexto bíblico, colocando palavra onde elas não existem.

Isso não é novo, na Grécia antiga os sofistas já eram pagos para que com belos discursos pudessem defender interesses de terceiros, oque estava em Pauta não era verdade, mas o interesse, assim a mentira virava verdade e a verdade virava mentira.

Vejo muitos pregadores contentes, porque a plateia, público, congregação se mostrou efusiva com sua mensagem, vejo outros preocupados quanto a plateia em si parece não corresponder, e vejo outros mais ousados ordinandos que glorias, palmas e outras manifestações sejam realizadas, caso não ocorra isso a Igreja é fria!

Mas tirando algumas raras vezes, não vi a mesma preocupação coma mudança de vida, com a mudança de vida dos ouvintes!  Emoção é ótimo é bom , mas em si não traduz a mudança devida  proposta pela evangelho de Jesus Cristo.

No livro do Profeta Samuel, temos uma passagem muito sugestiva, em que Israel apos haver perdido uma batalha para os filisteus, resolveram levar a Arca da Aliança para a guerra, e fizeram um barulho tão grande, tipo de um retete ( não gosto deste termo!) que o jubilo além de ser ouvido no acampamento dos filisteus, ainda os deixou atemorizados! Porém ao saírem para a batalha todos confiantes e com muita fé, tiveram uma surpresa! Perderam a batalha, a arca da aliança foi levada, ficaram em grande confusão e como diz o autor do texto “Icabod” ou seja foi-se a glória de Israel. ( I Samuel 4:1-22)

Nem pela agua e nem pelo vinho! Não estou dizendo que a manifestação cultural, e ou emocional de um grupo seja ruim, só estou dizendo que ela em si não serve para medir a espiritualidade nem a aprovação de Deus, por que a provação de Deus se mede pela obediência as sua vontade.

A igreja de Corinto era uma Igreja rica em dons, porém era a mais problemática, das Igrejas da Ásia, Laodiceia era a mais prospera do ponto de vista material, mas foi a única em que o mestre não vi nela nada de bom!

O pregador tem que ser fiel a mensagem e ao contexto bíblico, não a emoção das pessoas, que podem reagir de formas diversas, escuto muito os pentecostais grupo dos quais eu faço parte dizerem que batistas, presbiterianos e outros grupo tradicionais são frios, mas tenho a graça de conhecer vários batistas e presbiterianos que escutam a palavra de Deus pregada em seus cultos de forma silenciosa, atentos, (alguns as lagrimas escorrem pelo rosto enquanto escutam) e que a praticam diariamente em todas as suas ações. Creio que praticar seja mais importante do que qualquer outra coisa.

O pregador deve ser fiel a mensagem e ao contexto bíblico, e não se enveredar por um caminhos de exageros afim de encantar uma plateia, deve entender que bíblia diz o que ela quer dizer, observados seus contextos de cultura, tempo e tradições do povo quem, foi originalmente dirigida.

Mas antes de tudo o pregador deve ser um praticante de tudo o que prega, e saber que pregação não apenas uma falatório sem fim coma finalidade de animar uma plateia, pregação antes de tudo é um ensino, e o verdadeiro ensino deve se dar não somente com as palavras mas também com o exemplo de vida.

Os fariseus eram doutores da lei, mas vazios em si pois gostavam apenas da forma exterior da religião e não se preocupam na sua forma interior e introspectiva que leva ao ser humano a uma verdadeira mudança de vida.

 

Rodyguez&Carvalho

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Cristãos

Foi na cidade de Antioquia da Síria, ( Atos 11:26)que os seguidores de Cristo, passaram a ser denominados Cristãos, antes conhecidos como seita dos Nazarenos, ou ainda os do Caminho.

O vocábulo Cristão, do grego christianoi, significa tão somente seguidores de Cristo. Ou imitadores na sua forma de agir, pensar e comporta-se. Lendo algumas paginas  do livro de Atos de Apóstolos e outras das Escrituras Paulinas, logo vamos percebendo que os Cristão foram deixando de ser uma seita marginal ao Judaísmo e logo foi tomando uma identidade própria, como usos e costumes específicos.

Logo o nome Cristão, não estava ligado a filiação institucional com a Igreja, mas antes de tudo a um estilo de vida baseado no modelo de Cristo em todos os seus sentidos, assim a Igreja era a reunião dos Cristãos, lugar onde os seguidores de Cristo se reuniam para celebrar em comunhão as verdades do evangelho e também comungar da ceia. Mas a Filiação a Igreja como instituição na fazia Cristãos, alguns historiadores dizem que ainda no primeiro século  nas cerimonias do AGAPE, conta-se que após a celebração do culto publico comum, os diáconos ficavam nas portas se despedindo as pessoas que apenas eram simpatizantes como o Cristianismo, com a frase “Ite, missa est” ou seja vocês podem ir agora é a despedida. Feito isso os diáconos fechavam as portas e os verdadeiros Cristãos já antes para estes fim avisados iriam celebrar a ceia do Senhor. ( Igreja Latina)

Tão conceito é de muito valor, pois a Igreja sabia que as coisas espirituais são para os espirituais para os que estão verdadeiramente comprometidos com Cristo e seus ensinos.

O estilo de vida dos Cristãos era além das portas dos lugares de reunião, seu modo de vida de alguma forma foi influenciando as sociedades onde eles se fizeram presentes, embora perseguidos eram de padrão digno de nota, de elevados conceitos morais e práticos no seu viver diário. Eram pessoas transformadas que se empenham em tudo a seguir a Cristo.

Os primeiros Cristãos sabiam, que seguir a Cristo envolveria risco de vida e perseguição e mesmo assim o seguiam, uma fé inabalável na proposta de vida do evangelho de Jesus Cristo!

Estamos a dois mil anos na historia da Igreja, e creio que é o momento oportuno para  refletirmos sobre o verdadeiro significado da palavra Cristão. è possível ser batista, assemblei ano, metodista, católico, ortodoxo sem ser Cristão! Damos mais valor a identidade religiosa e denominacional do que ao fundamento dos Apóstolos que é o próprio Cristo! É preciso lembrar e ter em mente de que para Deus não importa nossa agremiação religiosa, a suntuosidade de nossos templos, nem nosso orgulho religioso. O que realmente importa é se somos imitadores de Cristo, se de fato somos Cristãos.

Um dia em algum momento da história um novo Ite, missa est. será ouvido e somente a verdadeira Igreja de Cristo com verdadeiros cristão estarão reunidos.

Pense nisso.

 

Rodryguez&Carvalho

domingo, 27 de janeiro de 2013

A Mentira de Laodiceia!

 

Por David Wilkerson
sem data
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Irmãos e irmãs: esta é a GERAÇÃO MORNA. Não se precisa ser teólogo para entender que chegamos à era de Laodicéia, a qual Jesus profetizou que chegaria nos últimos dias. Compare simplesmente o que Jesus disse quanto à igreja morna de Laodicéia, com o que é hoje chamada de Igreja de Jesus Cristo. Jesus advertiu que é melhor que aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito Santo está dizendo sobre este sistema religioso.

Jesus advertiu claramente que nos últimos dias da civilização se desenvolveria uma igreja que iria se gabar de ser rica, de crescer e de aumentar os membros, de ser auto-suficiente. Em outras palavras, uma igreja de grande influência, com visibilidade e força crescentes, que ao mesmo tempo se recusa a qualquer tipo de correção ou de exame minucioso.

Jesus disse o seguinte a respeito desta igreja: "Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de cousa alguma..." (Apoc. 3:17). Como é triste o fato de que esta igreja em particular, arrogante e cheia de vanglórias, está sendo anunciada por tantos cristãos sem discernimento como sendo a gloriosa igreja dos últimos dias, cheia de poder e domínio, que deverá conquistar o mundo e trazer o Rei Jesus de volta. É a mentira de Laodicéia! Uma pessoa querida escreveu o seguinte: "Não estás percebendo, senhor, que o nosso próximo presidente será um homem que fala línguas, cheio do Espírito? Não sabes que todos estes grandes projetos arquitetônicos dos evangelistas são ordenados por Deus? O Senhor está treinando líderes, levantando enormes projetos para que possam ganhar posições dentro do governo -- após haverem aprendido tudo a respeito das altas finanças e de construções. A igreja vai assumir o controle do governo -- líderes cheios do Espírito vão produzir as leis, e vão acabar com o aborto, a pornografia e o crime. Deus levantou uma igreja poderosa para que ela possa assumir o controle agora".

O ponto principal no conceito de "Reino de Deus na terra" vem a ser o de um governo perfeitamente justo, que englobe todas as nações; governo sob o qual cesse toda injustiça, opressão e luta; os malefícios da pobreza deixem de ser conhecidos, e todos os homens vivam em paz e prosperidade como irmãos.

O que me deixa alarmado é que muitos fundamentalistas agora estão compartilhando pontos de vista semelhantes, do tipo Poliana, a respeito do papel da igreja americana moderna. Parece que estão se gabando: "Conseguimos! Possuímos de 30 a 40 milhões de evangélicos. Temos líderes com charme, populares, que falam bem. Dispomos do dinheiro, da capacidade e de números crescentes que se juntarão a nós: assumamos o controle!"

Tenho ouvido pastores de grandes igrejas carismáticas se vangloriando: "Construirei a maior igreja da América, porque números significam poder, influência. É preciso que tenhamos uma igreja grande e poderosa o suficiente para que se imponha a moralidade e a vontade de Deus em nossa nação e em nossas comunidades". O espalhafato e a vanglória chegam a este ponto!

Esta igreja orgulhosa, rica e arrogante, agora ambiciona poder. Não o poder de Deus - mas o poder político. Ela ambiciona a Casa Branca, o congresso e a Corte Suprema. Já que falhamos em produzir um reavivamento com arrependimento e mudança no coração dos homens como Jonas, vamos, de acordo com alguns, tomar as rédeas do governo e legislar com justiça.

Isto soa tão consagrado, tão espiritual, tão vital. Como Israel, muitos do povo de Deus clamam por um púlpito imperial -- com um líder espiritual que erradique o poder do mal entrincheirado, e legisle um novo sistema moral. O dedo acusador dos profetas ameaçadores e dos vigilantes que vertem lágrimas, deverá ser substituído pela pena refinada dos congressistas cristãos que promulgarão leis morais.


Acredite ou Não - Esta é Exatamente a
Igreja que Deus Vai Vomitar de Sua Boca


Deus não está nem um pouco impressionado com a avaliação inchada que esta igreja faz de si mesma. A igreja morna de Laodicéia não está destinada ao domínio, ao poder e à autoridade de tipo nenhum. Ela está destinada ao julgamento! O pior tipo de cegueira espiritual é se juntar aqueles que se jactam de que a igreja americana moderna, carismática ou não, está no seu melhor momento. Que falta de discernimento espiritual incrível. Quanto a mim, junto-me aquilo que Jesus disse a respeito desta igreja dos últimos dias.

Jesus rompe a fachada e expõe a verdade a respeito da igreja de Laodicéia. Ela não é o que ela pensa que é -- ela não é o que ela diz ser. Ela não é rica -- ela é pobre! Ela não está em expansão -- ela é infeliz e prestes a ser decepada para sempre! Não é uma igreja forte e que não precisa de nada - mas em vez disto, está vergonhosamente nua! Não é uma igreja com novas revelações e discernimentos profundos das Escrituras -- Jesus disse que ELA È CEGA! Ela não será o veículo do domínio de Cristo sobre a terra, mas em vez disto, será o objeto de Sua ira e do Seu repúdio.


A Igreja de Deus é um Remanescente
Triunfante, Desprezado, Perseguido


Você pode estar certo de que Deus possui um povo para Si nestes últimos dias, mas eles se tratam de um remanescente desprezado, santo e separado. Estas pessoas deste remanescente santo andam na luz e gozam de grande discernimento. Eles enxergam a igreja moderna de Laodicéia através dos olhos de Jesus e não serão enganados pela pompa, pela enormidade e pela grandeza exterior da religião popular. A igreja verdadeira é invisível; é uma igreja arrependida; deseja ardentemente a volta de Cristo, o Amado.

A igreja verdadeira não pode de maneira alguma desfrutar dos favores e da boa vontade do mundo. Cremos e trememos à Palavra de Deus ou não? Quando será que vamos enfrentar o que Jesus preveniu que aguardaria aqueles que negam a si próprios, tomam a sua cruz e O seguem? Jesus disse: "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou" (João 15: 18-21).

Ao falar do que acontecerá aos santos nos últimos dias, Jesus disse: "...lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome" (Lucas 21:12).

Jesus prosseguiu para prevenir quanto à traição, "e matarão alguns dentre vós. De todos sereis odiados por causa do meu nome" (Lucas 21:16,17).

Paulo declara enfaticamente: "...todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2 Tim. 3:12).

É completamente impossível para a igreja verdadeira, ou para qualquer um dos seus líderes, ser aprovada ou aceita pelo mundo. Um homem piedoso, uma igreja piedosa, serão perseguidos e caluniados pelo mundo, pelos seus reis e governantes. Jesus não permitirá nenhuma exceção à esta regra - pois Ele advertiu: "Ai de vós, quando todos vos louvarem! porque assim procederam seus pais com os falsos profetas" (Lucas 6:26).

Ai desta igreja de Laodicéia e de suas aspirações políticas! Se o mundo lhe aceita, isso só pode ser resultado da remoção da acusação procedente da Cruz. Por quase dois mil anos a igreja de Jesus Cristo tem sido rejeitada e perseguida pelo mundo. O sangue de milhões de mártires rejeitados clama do solo. Durante séculos, homens e mulheres de Deus dirigidos pelo Espírito foram queimados na estaca, serrados ao meio, perseguidos e abatidos como animais. Santos de Deus foram degolados; outros foram afogados; muitos foram lançados aos leões. A Bíblia diz que todos morreram na fé e que o mundo não era digno deles. Devo eu agora crer que Jesus mudou de idéia e tenha resolvido encerrar os séculos com uma igreja morna, rica, mimada, jactanciosa, centralizada em si própria? Será que o último exército de Deus irá consistir de obreiros eleitorais que saem procurando votos? Será que os ganhadores de almas serão substituídos por grupos que saem pelas estradas e pelos montes em busca de assinaturas em favor de causas sociais?


A Grande Preocupação de Deus é
Com a Igreja Que se Declara
Batizada no Espírito!


A igreja morta, fria, liberal, há muito se afrouxou quanto aos caminhos do pecado -- ela não vem a ser a preocupação prioritária de Deus nestes últimos dias. Há denominações inteiras que se tornaram pagãs -- o Espírito de Deus as deixou há anos atrás. Mas Deus Se concentra nas igrejas evangélicas e nas carismáticas, nas organizadas ou não, em suas congregações e ministérios. Foi do interior do corpo Carismático de crentes que toda a pregação de prosperidade irrompeu. Aqueles que se declaram batizados pelo Espírito e guiados pelo Espírito são os que vão à frente e dizem: "Deus quer que você seja rico, cheio de bens e auto-suficiente em tudo". Foi a partir deste corpo que nasceram as novas doutrinas de domínio terreno.

Tenho sido um pregador carismático por mais de 30 anos, e posso dizer com Paulo: "Falo em línguas mais do que todos vocês". Mas me angustio a respeito das seduções e das falsas doutrinas que agora estão varrendo tantos crentes carismáticos sem discernimento. Multidões deles estão sendo enganadas, induzidas ao erro, trapaceadas e arrebatadas por doutrinas dos demônios. O que Deus lamenta é a MESCLA que está sendo introduzida nos círculos carismáticos. Mescla é sinônimo de mornidão. A gente encontra esta mescla para todo lado onde se olha hoje em dia. Assista a um assim chamado concerto de rock cristão por exemplo. Que mescla incrível. Geralmente começam assim: "Aqui estamos só para ministrar Jesus - para glorificá-lO". Você vai ouvir uma conversa adocicada a respeito de santidade, de arrependimento, e de se deixar tudo por Jesus. Então de repente o espírito de Elvis Presley parece cair sobre eles e estes são transformados bem na sua frente em roqueiros da pesada que se balançam, desinibidos e sensuais. Antes do fim do programa você vai ouvi-los se vangloriando: "Vamos levar Jesus até aonde a igreja nunca chega. Para os bares, para os concertos seculares, para a MTV! Estamos orando para que Deus nos conceda os ouvidos do mundo. Queremos alcançar a mesma multidão que o mundo alcança".

Se for para eu acreditar no que Jesus disse - eles seriam apedrejados com tomates por aquela multidão e vaiados até saírem do palco - quer dizer, se eles verdadeiramente ministrassem no Espírito. Quanto mais cantassem para Jesus, mais seriam odiados e desprezados. Os cantores de gospel que estão recebendo o louvor e a aceitação do mundo perderam a presença de Jesus - que é exatamente aquilo que causa a rejeição. O evangelho de Jesus Cristo é uma ofensa ao judeu, uma loucura para o gentio.


A Mentira de Laodicéia Inclui
a Rejeição da Volta Súbita e
Iminente de Cristo


Você consegue acreditar no que estão pregando agora? Estão dizendo: "Jesus não pode voltar enquanto não conquistarmos a terra. Ele não voltará enquanto não tivermos o domínio e O trouxermos a um mundo no qual tenhamos produzido submissão". Zombam da idéia de um retorno iminente e inesperado de Cristo. Jesus diz que é "mau" o "servo" que diz em seu coração: "Meu senhor demora-se" (Mat. 24:48).

Este tipo de ensino é um resultado direto do declínio espiritual, da tepidez e do enfado com o carregar da cruz. Quando o amor por Jesus está em chamas, há um desejo ardente pelo Seu breve retorno -- há um anseio "de estar com Ele, contemplar a Sua glória!". Mas agora, porque abunda o pecado, o amor de muitos se esfria; o auto-sacrifício e a auto-negação são repudiados; e a igreja se apressa em buscar a honra e o poder deste mundo.

Eles agora zombam da idéia de os crentes serem "transformados num abrir e fechar d’olhos" (I Cor. 15:51,52). Colocaram a vinda de Cristo num futuro remoto e o seu interesse prioritário não é o que Cristo está fazendo, mas o que a igreja está fazendo. O interesse do momento não é no interior, mas no exterior -- juntar novos membros, fazer a influência crescer e estabelecer um reino terreno.

Jesus disse: "Eis que venho sem demora..." (Apoc. 22:12). Paulo escreveu: "Pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite...Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa..." (I Tess. 5:2,4). Pedro também confirmou o retorno súbito do Senhor: "Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor" (2 Pedro 3:10).

Jesus advertiu a igreja de Sardes para sempre ser vigilante e expectante - e para se arrepender, ou então ser pega desprevenida. "...guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti" (Apoc. 3:3).

Por que deveria um cristão vigiar e ficar alerta se a vinda de Cristo é protelada para uma hora qualquer no futuro? Devemos acreditar nos pregadores modernos, mornos, ou devemos repousar a nossa fé no que Jesus disse: "Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá" (Mateus 24:44).

Jesus nos avisa: "Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora" (Mateus 25:13). É assim que viviam os cristãos apostólicos do primeiro século. Eles compartilhavam o intenso desejo de Paulo de "partir e estar com o Senhor". Estavam ativos na obra do Senhor, se ocupando e obedecendo Seus mandamentos -- mas como Abraão, buscavam uma cidade cujo construtor e edificador é Deus.

Os pregadores do reino do domínio, espiritualizam tudo que tem a ver com o retorno breve de Cristo. Mas como conseguir espiritualizar o mandamento mais prático de Jesus: - "Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo digo a todos: vigiai!" (Marcos 13:35-37).

A coroa de justiça que o Juiz dará naquele dia está reservada "A TODOS QUANTOS AMAM A SUA VINDA" (2 Tim. 4:8). Pergunto-lhe: você goza com antecedência a Sua volta breve? Você anseia por ela? A volta dEle para reunir os Seus eleitos ainda é a sua esperança? Era para Paulo, que escreveu: "Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus" (Tito 2:13).

As últimas palavras de Jesus na Bíblia são: "Certamente, venho sem demora" (Apoc. 22:20). O Espírito e a noiva dizem: "Vem!" (Apoc. 22:17). O que você diz?

Quem você acha que está colocando dúvidas na mente da noiva a respeito do breve retorno do seu amado? Quem é que procura restringir a mente dela aos limites da terra - concentrando-se não na glória do seu Cristo, mas em seu própria, e em seu papel neste mundo? Quem faria a noiva sentir-se como uma viuva abandonada - abandonada pelo seu Noivo pelo fato de não ser muito assertiva e dominadora? Certamente não é o Espírito Santo -- pois o Espírito proclama: "Cedo virá o Senhor Jesus!"

Teria o Senhor ordenado à Sua igreja adiar a Sua vinda e no lugar disto levantar um reino terreno de justiça - ou o Senhor ordenou-nos que colocássemos óleo em nossas lâmpadas, despertos, e nos aprontássemos para o Seu retorno a qualquer momento? Deixe que a Palavra responda: "Cingido esteja o vosso corpo, e acesas, as vossas candeias. Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram" (Lucas 12:35,36). A seguir, Cristo acrescentou estas palavras: "Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor, quando vier, os encontre vigilantes..." (Lucas 12:37). Para que vigiar, para que ficar alerta, por que cingir o corpo, por que permanecer em estado de alerta, por que desejá-la -- se a vinda de Cristo é adiada para um futuro remoto, enquanto se aguardam as ações militantes da igreja?

O Senhor sabia o que aconteceria quando fosse dito: "O Senhor tarda em vir". Haveria desleixo; haveria muito comer e beber, embriaguez; haveria uma urgência em se preparar. "Mas, se aquele servo disser consigo mesmo: Meu senhor tarda em vir, e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo, em dia que não o espera e em hora que não sabe, e castiga-lo-á, lançando-lhe a sorte com os infiéis. Aquele servo, porém, que conheceu a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites" (Lucas 12:45-47).

Este tipo de ignorância quanto à sua real condição espiritual, é possível à igreja quando o Espírito Santo é entristecido e Sua voz é silenciada. Se o Espírito de Deus não consegue falar, eles acariciam os seus próprios enganos, tornam-se obcecados com orgulho e arrogantes e jactanciosos quando os julgamentos de Deus estão prestes a irromper.

Graças a Deus, existe um remanescente santificado, separado, ouvindo a voz do Espírito Santo, e estes não são enganados ou pegos despreparados. São os vigias que detectaram os estratagemas do inimigo; são ousados para expor as doutrinas cheias de palavrório dos demônios. Os que ouvem o que o Espírito diz, sabem o que o Senhor está prestes a fazer. Vêem a tempestade que se forma, ouvem os trovões se aproximando -- sabem que Deus já está julgando a Sua casa e as suas nações em particular.

A igreja de Laodicéia se auto-elegeu, sem nenhuma direção do Espírito Santo, não para iluminar o mundo, mas para o dominar. Ela se transformou na maior mestre de mentiras do universo. Está confiante em sua própria força e sabedoria, ao mesclar as falsidades do anticristo com a verdade do evangelho. Ela decidiu acabar com a grande distinção que Cristo colocou entre a igreja e o mundo .


Necessitamos Manter-nos Fiéis ao
Conceito Apostólico do Reino de Cristo


Os apóstolos enxergaram na pessoa sobrenatural do Rei uma prévia da grandeza e da glória do Seu reino (2 Ped. 1:16). Como Filho de Deus encarnado, e possuindo todo o poder no céu e na terra, o Seu reino, apesar de na terra, não podia ser comparado com os reinos terrenos. O seu símbolo era a Cidade Santa, a Nova Jerusalém descendo de Deus, vinda do céu. E, como o Rei se tratava de um homem que se levantou dos mortos imortal, podendo assim ser o eterno Soberano da parte de Deus, assim também deveriam ser todos aqueles que o ajudariam na administração do Seu governo. Os Seus reis e sacerdotes necessitariam ser feitos à Sua semelhança; e somente sob um governo celestial deste tipo uma ordem social perfeita poderia ser estabelecida, e todas as nações habitar em paz sob o Seu domínio.

Os apóstolos sempre distinguiram com clareza a obra sacerdotal atual do Senhor nos céus, que se iniciou em Sua ascensão, de Sua régia obra futura na terra. Foi ao Pai para ser feito o grande Sumo Sacerdote, intercedendo sempre no lugar santo supremo. Ao findar esta obra de intercessão, e ao ser a igreja, Seu corpo, reunida e tornada perfeita, aí e só aí Ele assentar-Se-ia no trono da Sua glória e iniciaria o Seu trabalho de Juiz e Rei (Mateus 25:31). Em Sua ascensão, Ele foi investido de toda autoridade, mas o exercício atual desta autoridade é providencial e invisível. Sua autoridade mesmo agora é suprema - apesar de o mundo ainda não tê-lO conhecido e reconhecido como Rei. A esfera de Seu governo visível é agora a própria igreja, onde a Sua vontade é tornada conhecida pelo Espírito na escolha dos ministros, e em toda a sua administração.

Só ao retornar e ao assumir o controle do reino é que o Seu governo sobre as nações será revelado, e todos os líderes O reconhecerão como sendo a fonte de toda a sua autoridade. Aí então Ele "assume o Seu grande poder e reina". Até que chegue este tempo, a igreja precisa estar no mundo como Ele esteve, tendo as suas reivindicações não reconhecidas, rejeitadas, e expostas à inimizade e à censura. Só quando Ele adentrar o Seu escritório real é que a igreja poderá reinar com Ele.

Este é o conceito apostólico do reino de Cristo. Difere muito dos que ensinam que Cristo comissionou a igreja para administrar o reino na Sua ausência, e levar todas as nações à obediência -- e fazê-lO retornar como Rei a um mundo onde os inimigos já estão todos postos sob os Seus pés. Ensinam que Cristo só voltará depois que todas as nações crerem nEle e que a justiça e a paz encherem toda a terra. Esta é uma divergência radical do que os apóstolos ensinaram.

Roma desenvolveu esta doutrina do domínio há alguns séculos atrás. Ela foi formulada por Agostinho em sua "Cidade de Deus". A igreja então reivindicou governar em nome de Cristo na ausência dEle. Completaram o ensino chegando à sua conclusão lógica declarando a supremacia absoluta do seu bispo -- o Papa.

Quando o primeiro amor se esfria e a volta do Senhor é adiada indefinidamente, os laodiceianos se cansam de carregar a cruz e começam a perguntar: "Será que estas palavras desencorajadoras do Senhor e dos apóstolos não deveriam ser limitadas à sua própria época? Será que a hostilidade do mundo para com a igreja precisa durar até o fim? Será que isto é consistente com a sua missão celestial e com o evangelho de amor? Ele não disse que o evangelho deveria ser como o fermento levedando a massa, e como um grão de mostarda crescendo até ser uma árvore? Ele não disse que "todo o poder agora é Meu?" Ele não chama a Si próprio de "Príncipe dos reis da terra"? "Não é verdade que o valente, Satanás, precisa ser amarrado antes que dividamos os seus despojos?" E quando no quarto século Constantino, o imperador romano, se tornou um crente e o cristianismo passou a ter o poder imperial por detrás, formou-se uma crença quase universal de que o dia do sofrimento e da perseguição havia passado. De todos os rincões cristãos subiu o brado jubilante: "Satanás está preso; chegou o dia da vitória; Cristo reina através da Sua igreja!" Agora as profecias se cumprirão: "As nações se encaminham para a tua luz, e os reis, para o resplendor que te nasceu". Que grande engano!


Os de Laodicéia Não Reconhecem
Satanás Como deus Deste Mundo!


Há uma negação prática do poder de Satanás como "príncipe deste mundo". Não podem negar a sua existência, porque ela foi testificada de maneira extremamente clara pelo Senhor e os apóstolos. E nem podem dizer que o seu poder foi derrubado e que ele não precisa mais ser temido. S. Paulo o chamou de "deus deste mundo" (2 Cor. 4:4), e S. João disse: "...o mundo inteiro jaz no Maligno" (I Jo. 5:19). No Apocalipse (12:3) ele aparece sob o símbolo do dragão como o inimigo ativo de Deus e do Seu Cristo, e isso vai até a derrota do anticristo, e até que ele próprio é aprisionado (Apocalipse 19:20). Porém, apesar de todas estas claras declarações e do reconhecimento contínuo de várias formas de atividade satânica em pessoas, os laodiceianos agora dizem: "Satanás não reina mais; ele está preso; ele não pode oferecer nenhuma oposição efetiva à nossa unidade, à nossa atividade missionária e aos estabelecimento do reino através de nós".

Não há muita concordância quanto à época em que ele foi preso. Argumentam: "Como o reino de Deus poderia ser estabelecido se Satanás e os seus anjos ainda tivessem poder sobre a terra?" Acreditando não estar mais expostos aos ataques deste adversário sutil e poderoso, não vêem necessidade alguma de vigilância especial. Desde que o valente está amarrado, a igreja pode dividir os seus despojos em segurança; tendo sido rejeitada da terra, a igreja agora pode se apossar dela. Que perversão sutil da verdade!

Com arrogância incrível, vangloriam-se de que os seus bispos agora podem até mesmo tomar os seus lugares entre os príncipes da terra. A igreja cessa de ser peregrina e forasteira; é a noiva do Soberano do céu, é exaltada e senta-se com Ele em Seu trono, devendo o mundo ser submisso à ela e portanto, toda a excelência e as honras pertencem aos seus líderes, como nobres do Rei. Que arrogância!


O Reino de Cristo Nunca Foi -
e Nunca Será "Deste Mundo"!


Jesus disse: "O meu reino não é deste mundo...mas agora o meu reino não é daqui" (João 18:36). Isso para mim define a questão, como deveria ser para todos os crentes que tremem à Sua Palavra.

Quanto a mim, escolho estar assentado com Cristo nos lugares celestiais, e me encontrar entre aqueles a respeito de quem Enoque profetizou: "Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades" (Judas 14).

Os laodiceianos podem ter este mundo atual e todos os seus reinos e glória. Está destinado a ser queimado, segundo Pedro. "Mas os céus e a terra que agora existem, pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios" (2 Pe. 3:7). Pode ser mais claro? "...a terra, e as obras que nela há, se queimarão" (2 Pe. 3:10). Que a igreja triunfante proclame com Pedro: "Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça" (2 Pe. 3:13).

Igreja de Jesus Cristo -- que nenhum homem lhe engane quanto à volta de nosso Senhor! Conforte-se com a promessa de nosso Senhor: "Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (I Tessalonicenses 4:16-18).

 

 

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