E o SENHOR será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o SENHOR, e um será o seu nome. Zacarias 14.9
quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
A Justiça que Excede
quarta-feira, 19 de novembro de 2025
O Medo dos Homens: A Armadilha que Silencia a Verdade
O "medo dos homens" é uma das forças mais paralisantes na jornada da fé. A Bíblia o descreve de forma sucinta e poderosa em Provérbios 29:25: "O medo do homem armará laços, mas o que confia no Senhor será posto em alto retiro". Essa armadilha sutil, mas potente, se manifesta de várias formas: o medo da rejeição, da crítica, do ridículo, de perder status, amigos ou até mesmo a segurança.
- Comprometimento da Mensagem: Assim como Saul tentou justificar sua desobediência, o medo nos leva a "adaptar" a verdade para torná-la mais palatável. Evitamos temas "polêmicos" ou confrontadores para não ofender a audiência, esquecendo que a Palavra de Deus é "viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes" (Hebreus 4:12), feita para transformar, não apenas para confortar.
- Busca por Aprovação (Idolatria): Quando a opinião das pessoas se torna mais importante do que a opinião de Deus, caímos em uma forma de idolatria. Colocamos a criatura no lugar do Criador. O apóstolo Paulo confrontou isso diretamente: "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1:10). A escolha é clara: não se pode servir a dois senhores.
- Paralisia e Inação: O medo de errar, de ser julgado ou de falhar nos impede de dar os passos de fé que Deus nos chama a dar. Noé poderia ter sido paralisado pela magnitude e pelo ridículo de sua tarefa. Os discípulos, após a crucificação, se esconderam "com medo dos judeus" (João 20:19). Foi somente após receberem o Espírito Santo que a ousadia divina superou o medo humano.
- Perspectiva Correta: Quando tememos a Deus, a opinião dos homens perde sua importância. Percebemos que estamos diante de uma audiência de Um. A pergunta deixa de ser "O que eles vão pensar de mim?" e passa a ser "Isto agrada ao meu Senhor?".
- Fonte de Sabedoria e Confiança: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Provérbios 9:10). Essa reverência nos alinha com a vontade de Deus e nos dá a confiança de que, mesmo que o mundo nos rejeite, estamos seguros em Suas mãos. Como diz o Salmo 118:6: "O Senhor está comigo; não temerei. O que me pode fazer o homem?".
- Ousadia Divina: O temor a Deus nos enche de coragem. Vemos isso em Pedro e João perante o Sinédrio. Após serem ameaçados e ordenados a não mais falar em nome de Jesus, sua resposta foi: "Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus" (Atos 4:19). O temor a Deus anulou completamente o medo das mais altas autoridades humanas.
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Celebração dos Anos da Reforma Protestante
🌟 Celebração dos Anos da Reforma Protestante: O Retorno às Escrituras
No dia 31 de Outubro, celebramos o marco inicial da Reforma Protestante, um movimento de renovação espiritual e teológica que mudou o curso da história cristã e mundial.
O movimento teve seu estopim em 1517, quando o monge alemão Martinho Lutero afixou suas 95 Teses na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, questionando, inicialmente, a prática da venda de indulgências pela Igreja Católica. No entanto, o questionamento evoluiu para um profundo retorno às Escrituras Sagradas como única fonte de autoridade para a fé e a prática.
Os Pilares da Reforma: Os 5 Solas
A teologia da Reforma Protestante se consolidou em cinco pontos cruciais, expressos nas frases em Latim conhecidas como os "Cinco Solas":
Sola Scriptura (Somente a Escritura): A Bíblia é a única regra infalível de fé e prática.
Sola Gratia (Somente a Graça): A salvação é um dom gratuito de Deus, não merecida.
Sola Fide (Somente a Fé): O homem é justificado (declarado justo) somente pela fé em Jesus Cristo, sem o auxílio de obras.
Solus Christus (Somente Cristo): Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens e a cabeça da Igreja.
Soli Deo Gloria (Glória Somente a Deus): Toda a vida do cristão deve ser vivida para a glória de Deus.
A Reforma resgatou verdades bíblicas essenciais e abriu caminho para a liberdade de consciência e para o florescimento de diversas denominações cristãs ao longo dos séculos.
📜 Linha Temporal da História da Igreja: De Atos à Assembleia de Deus
A jornada da Igreja, desde o seu nascimento, é uma narrativa de fé, avivamento e expansão missionária.
1. A Igreja Primitiva (Livro de Atos)
Início: Pentecostes (Atos 2) – O derramar do Espírito Santo marca o nascimento da Igreja. A mensagem de Jesus Cristo se espalha a partir de Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da terra.
Características: Vida em comunhão, sinais e prodígios, fervor na pregação do Evangelho e forte impacto social.
2. Idade Média e Pré-Reformadores
Idade Média: A Igreja se institucionaliza, centralizando o poder no Papado. As Escrituras ficam restritas ao clero e em Latim, e diversas práticas se distanciam dos princípios bíblicos.
Pré-Reforma: Nomes como John Wycliffe (Inglaterra) e Jan Huss (Boêmia) surgem, criticando a hierarquia da Igreja e clamando por um retorno à Bíblia.
3. A Reforma Protestante (Século XVI)
Marco Central: Martinho Lutero inicia o movimento em 1517, com o foco nos Cinco Solas.
Expansão: Outros reformadores como João Calvino (Genebra), Ulrico Zuínglio (Suíça) e John Knox (Escócia) continuam a obra, originando as tradições Luterana, Presbiteriana, Anglicana, entre outras.
4. O Movimento Pentecostal (Século XX)
Avivamento: O século XX é marcado pelo ressurgimento de dons e manifestações do Espírito Santo, como visto na Igreja Primitiva. O Avivamento da Rua Azusa (Los Angeles, EUA, a partir de 1906) é considerado o grande marco do moderno movimento pentecostal.
5. Chegada e Fundação da Assembleia de Deus no Brasil
O Início no Brasil (1911): Impulsionados pelo avivamento pentecostal, os missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren chegam ao Brasil, guiados por uma profecia. Eles chegam a Belém do Pará e iniciam um movimento dentro de uma igreja Batista, que culmina na fundação da Missão da Fé Apostólica, que mais tarde se tornaria a Assembleia de Deus (o nome foi adotado em 1918).
Expansão: A mensagem pentecostal, com ênfase no batismo com o Espírito Santo e na cura divina, rapidamente se espalha do Norte para as demais regiões do país.
6. A Assembleia de Deus - Ministério do Belém (Em Especial)
Nascimento: A Assembleia de Deus chegou ao estado de São Paulo no início da década de 1920, e a Assembleia de Deus - Ministério do Belém é um dos ramos históricos e de maior relevância desta denominação no Brasil.
Fundação em São Paulo: A igreja-mãe do Ministério do Belém foi organizada em 1927 na capital paulista, tornando-se um dos principais polos de irradiação do pentecostalismo no Sudeste do país.
Legado: O Ministério do Belém mantém o legado pentecostal, enfatizando a ação missionária, a doutrina bíblica e a experiência com o Espírito Santo, sendo um dos maiores e mais influentes ministérios da Assembleia de Deus no Brasil, com atuação em diversas cidades e estados.
A história da Igreja é a prova viva de que, apesar dos desafios e desvios ao longo dos séculos, a Palavra de Deus prevalece e o fogo do Espírito Santo continua a arder, capacitando seus filhos a cumprir a Grande Comissão, de Atos até os dias de hoje.
Samuel Carvalho31/10/2025
508 anos da Reforma Protestante
quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Noemi Errou ao Sair de Belém, e Rute Acertou ao Chegar
A Lição Dupla de Livro Rute
O livro de Rute, pequeno mas poderoso, nos oferece uma das mais belas histórias de lealdade e redenção das Escrituras. No entanto, em sua essência, ele esconde uma ironia profunda e uma mensagem dupla crucial para a nossa jornada de fé.
A história é um estudo de contraste: uma mulher que sai do lugar da bênção e outra que faz o caminho inverso. Uma encontra luto; a outra, redenção.
1. A Tragédia de Noemi: A Fuga do Lugar Aprovado
A narrativa começa em Belém de Judá (Rute 1:1), um lugar abençoado pela aliança de Deus. O próprio nome Belém significa “Casa do Pão”. Mas havia uma prova: a fome.
Diante da escassez, Elimeleque e Noemi tomaram uma decisão: deixaram a Casa do Pão, onde a provisão de Deus havia sido prometida, para buscar sustento em Moabe.
O Perigo do "Lugar Desaprovado"
Moabe não era uma terra neutra. Os moabitas eram adversários históricos de Israel, e ir para lá era um ato de desconfiança na provisão de Deus durante a prova. É a tentação de buscar a bênção e o alívio imediato em um local ou método que Deus não aprovou ou não direcionou.
O Resultado:
A tragédia não tardou. A atitude de "resolver o problema" fora da direção de Deus trouxe sofrimento e luto. Noemi perdeu seu esposo e, depois, seus dois filhos. Ela saiu de Belém "cheia" (com uma família), mas voltou vazia e amarga, a ponto de pedir que a chamassem de Mara (que significa "amarga").
A lição de Noemi é clara: Não adianta, por causa de uma prova, procurar a bênção em locais ou soluções onde Deus não aprova. A fuga da dificuldade para o lugar errado só intensifica a dor e resulta em esvaziamento.
2. O Triunfo de Rute: O Caminho de Volta Pela Fé
A ironia da história reside no contraste estabelecido por Rute. Ela nasceu e cresceu em Moabe, o "lugar desaprovado" e idólatra.
Enquanto Noemi errou ao sair do lugar aprovado, Rute fez bem em sair do lugar desaprovado para se dirigir ao lugar da bênção.
A Escolha Radical
A decisão de Rute não foi baseada na busca por riqueza (ela iria para Judá como uma estrangeira pobre e viúva), mas em um ato radical de fé e lealdade. Sua declaração é o ponto de virada da história:
"Não insistas comigo que te deixe... o teu povo será o meu povo, o teu Deus será o meu Deus." (Rute 1:16)
Rute abandonou sua idolatria, sua cultura e seu povo para se apegar ao Deus de Israel. Ela trocou o conforto do conhecido (Moabe) pela fé no desconhecido (Belém).
O Resultado:
Rute, a moabita, a estrangeira, a rejeitada pela lei mosaica, encontra graça. Ela é redimida por Boaz (o parente resgatador) e é inserida na linhagem de Davi e, por conseguinte, na linhagem de Jesus Cristo.
Ela demonstrou que a bênção não está na sua origem, mas na direção do seu destino.
A Mensagem Dupla para a Sua Vida
A narrativa de Rute é um espelho para as nossas escolhas:
| O CONTRASTE | NOEMI (A Amargura) | RUTE (A Redenção) |
| Ponto de Partida | Lugar Aprovado, mas em Prova | Lugar Desaprovado (Idolatria) |
| Ação | Saiu por desconfiança na provisão | Saiu por lealdade e fé |
| Resultado | Luto e Vazio (Mara) | Redenção e Plenitude (Linhagem de Cristo) |
A Lição Prática:
Não fuja da prova: A dificuldade (a fome) não é um sinal para abandonar a "Casa do Pão". A bênção de Deus se manifesta na perseverança e na confiança, mesmo em meio à escassez.
Abandone o "Moabe" da sua vida: Se você está em um lugar (um hábito, um relacionamento, um caminho) que Deus desaprova, não importa o quão confortável ou promissor ele pareça. A única atitude sábia é sair dele e se dirigir, pela fé, ao lugar da Sua Presença.
O caminho da bênção não é buscar um atalho, mas apegar-se a Deus e ao Seu povo, fazendo a escolha de fé, assim como Rute. Deus sempre honra quem prioriza a Sua direção.
Por
Samuel Carvalho
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