Eis meu Servo que eu amparo, meu eleito ao qual dou toda a minha afeição, faço repousar sobre ele meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião. 2. Ele não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas - Isaias 42.1
Minha Igreja? Ufa ainda bem que não falou a Igreja de Jesus Cristo! -
Tenho observado com mais cuidado o fervor de alguns cristãos em fazer defesa da sua fé. De alguns dias para cá comecei a indagar quanto a forma e o próposito – Salvo alguns raros casos o que percebi é que, nos sentimos, orgulhos, superiores, dotados de uma sabedoria espetacular, frente a outras confissões ou religiões. Não percebi, queria, mas não consegui enxergar o compromisso com a verdade, com a salvação e com o Reino de Deus.
De nada me adianta a presunção de superioridade quaqdo estou a defender a minha fé pois a preocupação em um tipo de debate assim é comigo com minhas convicções, com meu orgulho e não com o meu proximo que pode estar perdido e perecendo. Sinto que infelizmente nossas apologias são voltadas mais para o nosso ego, do que para a necessidade espiritual de quem ainda não recebeu a Cristo.
Devemos batalhar pela fé cristã, não para mostrar a todos como somos convictos e melhores, mas para que a fé cristã possa romper com as cadeias espirituais que mantem muitas pessoas aprisionadas – Assisto alguns programas, vejo algumas pregações, pregadores que gritam, esbravejam, sentenciam, insultam a religião alheia, como se o adepto de outra crença, confissão ou religião fosse em si uma pessoa má e cruel.
Perdemos assim a oportunidade unica de apresentar Jesus, manso e suave, através de nossoas proprias vidas – Fico pensando qual seria a reação de certos “apologistas” pregando no aeropago como Paulo, vendo várias estatuas de vários deuses do panteão grego romano – Paulo, não faz criticas, nem juizos, nem zomba da religião grego-romana, apenas anuncia o Cristo – Também não insiste em provar a superioridade do Cristianismo, apenas se ocupa de apresentar a Cristo.
Certa vez, trabalhei com um rapaz que era espirita, e sempre na hora do almoço, comiamos juntos e depois ele no fervor da sua fé li o “Evangelho segundo o Espiritismo” – Peguei uma pequena bíblia de bolso que eu tinha, destaquei com marca texto, umas passagens principais entre elas joão 3.16 – e assim quando ele abriu seu livro e eu abri minha pequena bíblia, ele me erguntou que livro era, respondi apenas que ra uma bíblia, meu amigo me disse que o espiritismo citava várias passagens bíblicas, perguntei quais, e começamos assim a “estudar juntos”- após ter a confiança dele fui mostrando os diversos pontos que discordavamos de forma cortes sem desrespeitar sua fé. Eu apenas em tom moderado dizia a ele, neste ponto nós acreditamos de outra forma…” e enfim dei a bíblia para ele e eu a empresa onde trabalhavamos fechou ficamos um tempo sem nos ver. Para minha supresa ele havia se convertido a Jesus, tinha ganhado sua familia e hoje é um Pastor que largou tudo para viver uma vida inteira consagrada falando do amor de Jesus as pessoas.
Jesus, em seu ministerio, não gritou, não levantou a sua voz.. foi manso para com os que não o compreendiam… foi duro sim com mestres da lei, fariseus, que muito conheciam e nada faziam viviam ainda a causar tropeços.
Vivemos o contrario, exaltamos os “mestres”, abaixamos o tom, afinal são considerados “ungidos”, podem até ter outra visão , mas enfim são “homens de Deus” e por outro lado somos duros com aqueles que são mais simples…
O orgulho religioso é assim… agrega os “sabios” e exclui os “tolos”
Que Deus nos Livre deste mal.