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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Fazendo-se ouvir.

 

A Importância da Pregação.

Lendo a palavra de Deus, ouvindo e examinando as escrituras fui percebendo o valor da voz e dos sentidos na propagação do evangelho, em certas ocasiões como ouvintes e em outras como comunicadores. Não raras vezes encontramos a expressão, “quem tem ouvidos para ouvir ouça”, e também são celebres os discursos de Jesus diante das multidões, que acompanhavam os seus ensinos, bem como os apóstolos pregando nas sinagogas ou nas praças.

A Palavra Escrita, toma outra dimensão quando é falada e ensinada, de forma vocal. As palavras devem estar escritas para serem preservadas ao longo dos séculos, mas devem estar na mente e no coração e boca, para que surtam o seu devido efeito.

Conversando com um psicólogo amigo, ele me disse que poderíamos resumir de forma breve a mente humana, como um grande oceano de palavras, palavras agora como expressão de pensamento em níveis conscientes e inconscientes. E pensando sobre isso fui percebendo o esforço dos profetas, apóstolos, entre outros que se esforçavam para incutir nas mentes a Palavra de Deus. Verdadeiro é o conselho de Paulo quando diz para que ocupemos a nossa mente, como coisas proveitosas e espirituais, não quero ir para esse terreno mas penso logo em neurolinguística.

Lendo outro artigo esses dias fiquei sabendo que as palavras escritas alcançam até 7% de nossa atenção, as faladas 33% e aquilo que nos  é transmitido acompanhado da expressão corporal correta assimilamos mais que 70%! Não é a toa que os profetas bradavam e quando precisavam, faziam ações proféticas e pedagógicas, de forma a chamar a atenção do povo, para sua mensagem.

Fico feliz, pois o ministério Cristão conta com bons pregadores mestres na arte do falar, e que sabem se expressar com clareza, seja leitura, na explanação do texto ou da ideia, ou ate mesmo nas suas ações fisionômicas e corporais na pregação. Por outro lado fico apreensivo, pois ciente fico da responsabilidade.

Jesus, é chamado por João de o LOGOS de Deus, logos como palavra, como expressão de pensamento, e Jesus por sua vez, mostrava o Pai em suas palavras e ações. Não apenas pelos milagres que acompanhavam seu ministério, mas principalmente pelo seu ensino com autoridade, pelas suas palavras de vida Eterna.

Alguém já disse que Jesus é tema principal das Escrituras, O Logos de Deus,. Infelizmente vejo alguns que pregam muita coisa, falam de si, falam do mundo, de tantas outras coisas  fúteis, mas não falam de Jesus.

Seria salutar se os pregadores do evangelho, entendessem que a pregação, vai além da palavra lida e dos sermões escritos, isso faz parte, mas a pregação deve fazer parte da nossa filosofia de vida, Palavras Lidas e vividas com intensidade, tem muito mais poder quando são pregadas.

Alguns anos atrás em uma cidade de Minas próxima a São João Del Rei, conheci um obreiro Cristão que não sabia ler e escrever, completamente analfabeto. Mas a fé vem pelo ouvir, e ele um dia ouviu a palavra de Deus, e agora era um pregador, pregando texto que ouvia outras pessoas falarem, não sei talvez você duvide, mas esse pregador leigo, bem leigo mesmo, trazia consigo conceitos exatos da fé, falando com propriedade sobre o ministério de Jesus sua morte e sua ressureição, eu mesmo ouvi sua pregação e fiquei  maravilhado.

Pregação boa não é aquela, que as pessoas admiram que elogiam, aquela que trás glória ao pregador, que é certeza de uma boa receita ao final (Jesus nos livre dos tais), nem é aquela cheia de recursos de oratória (muito embora seja valido). A boa pregação do evangelho é aquela que leva os ouvintes a reflexão verdadeira e a mudança de vida.

 

“E, quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais ensinou ao povo sabedoria; e atentando, e esquadrinhando, compôs muitos provérbios.Procurou o pregador achar palavras agradáveis; e escreveu-as com retidão, palavras de verdade.As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo único Pastor.”

Eclesiastes 12:9-11

 

Rodryguez&Carvalho

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Peregrinos e Forasteiros

 

Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma; I PEDRO 1:11

 

Um peregrino ou forasteiros nunca era muito bem visto nas sociedades grego-romanas, sempre discriminado com um número muito diminuído de direitos.

Normalmente o peregrino, muito embora peregrinasse por um tempo indeterminado, não tinha por intenção nas terras de sua peregrinação fixar  residência, e sendo assim mantinha vivo os seus costumes, tradições e “modus vivendi”

Não é sem motivo que Pedro se refere aos cristãos da dispersão como peregrinos e forasteiros. O cristão passou a ser visto como um, “xenos” estrangeiro no mundo de sua época, objeto de desconfiança e muitas vezes xenofobia. Se negavam a adorar Cesar como se este fosse uma divindade, se negavam a participar da festas e comidas em homenagem ao deuses do império. Tinha crenças peculiares como a crença na ressureição dos mortos e afirmavam que Cristo, o seu Deus e Messias,  de fato ressuscitou dentre os mortos, sendo isso escândalo para os Judeus e loucura para os gregos.

Nas comunidades cristãs, parece que a ordem natural das coisas da sociedade cheia de tabus e divisões sociais não tinha o mesmo sentindo, pois um escravo poderia ser pastor, presbítero quem sabe até um bispo, as mulheres eram cooperadoras ativas, enfim em Cristo as distinções de cor, etnia e posições sociais desapareciam e Cristo era tudo em todos.

O conforto oferecido pelas cidades romanas e a estabilidade de um titulo de cidadão romano, não comprava a cidadania e nacionalidade desses homens e mulheres comprometidos com outra pátria e outro reino, a saber o reino dos céus.

Mesmo perseguidos e muitas vezes tendo que se mudar constantemente de uma região para outra, fortalecendo assim sua condição de forasteiros, foram por toda a parte apregoando a poderosa mensagem do evangelho e causando um certo alvoroço, tanto nas autoridades como nos poderes religiosos constituídos de então.

Resistiram as arenas, aos leões, as insanidades de diversos imperadores, porque sabiam com uma certeza de fé incalculável que pertenciam a outro lugar, e sabiam que para se ter uma nacionalidade é preciso em muitos casos abrir mão de outra, sendo assim preferiram ficar com a nacionalidade celeste.

Os tempos mudaram, alguns se confundiram, o amor de outros foi se esfriando, a fé foi se sincretizando, e não por força ou imposição legal, mas por sedução muitos estão deixando sua nacionalidade celeste e adquirindo a mundana, com seus vícios e pecaminosidades. Mas ainda existem alguns que se alegram e se identificam quando escutam as verdades contidas em uma antiga perola da nossa hinologia que diz mais ou menos assim:

“Sou forasteiro aqui em terra estranha estou, do reino lá do céu embaixador eu sou..” Cantor Cristão Hino 207

Rodrigues&Carvalho

A Sabedoria Silenciosa de Eliú: Uma Voz de Equilíbrio na Provação de Jó

Em meio à angustiante narrativa de Jó, marcada por dor, perplexidade e conselhos equivocados, emerge uma figura singular e muitas vezes sube...