Quem Sou


Samuel Rodrigues , servindo a Deus na Igreja Assembleia de Deus, Min Madureira em Ribeirão Preto, casado com Cleide Rodrigues, Pregador da Palavra, Professor de Teologia, Blogueiro, Coordenador de Projetos de Pesquisa, contato pelo Whatsapp. ou se preferir ligue para 55 16 994542319

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Falando sobre Fé

Fé: uma crença ilógica no que não se pode provar?

por John Stott

Quisera saber se há outra virtude cristã mais mal compreendida do que a fé. Comecemos com dois aspectos negativos.

Primeiro, fé não é credulidade. O americano H.L. Menvhekn, crítico anti-sobrenaturalista do cristianismo, certa vez afirmou que "a fé pode ser definida concisamente como sendo uma crença ilógica na ocorrência do improvável". Mas Mecken errou: Fé não é credulidade. Ser crédulo é ser ingênuo, completamente desprovido de qualquer crítica, sem discernimento, até mesmo irracional, no que crê. Porém é um grande erro supor que a fé e a razão são incompatíveis. A fé e a visão são postas em oposição, uma à outra, nas Escrituras, mas nunca a fé e a razão. Pelo contrário, a fé verdadeira é essencialmente racional, porque se baseia no caráter e nas promessas de Deus. O crente em Cristo é alguém cuja mente medita e se firma nessas certezas.

Em segundo lugar, fé não é otimismo. Nisso é que parece que Normam Vicent Peale se confundiu. Muito do que ele escreveu é certo. Sua convicção básica refere-se ao poder da mente humana. Ele cita William James, que disse que "a maior descoberta desta geração é saber que os homens podem mudar suas vidas alterando suas atitudes mentais" e Ralph Waldo Emerson, "o homem é o que pensa durante todo o dia". Assim, o Dr. Peale desenvolve sua tese sobre o pensamento positivo, o qual ele acaba por igualar (erradamente) com a fé. O que é precisamente essa "fé pela qual advoga?" Seu primeiro capítulo do livro O Poder do Pensamento Positivo tem o significativo título de "Tenha Confiança em Si Mesmo". No capítulo 7 ("Espere sempre o Melhor e Consiga-o") ele faz uma sugestão que garante que dará certo. Leia o Novo Testamento, diz ele, destaque "uma dúzia de conceitos sobre a fé, os que mais gostar", e procure memorizá-los. Que esses conceitos de fé permeiem sua mente consciente. "Repita-os muitas vezes. Eles se impregnarão em seu subconsciente e esse processo o transformará num crente". Até que isto parece ser algo promissor. Mas, espere um pouco. Quando a Bíblia se refere ao "escudo da fé", prossegue ele, ela está ensinando uma "técnica de força espiritual", a saber, "fé, crença, pensamento positivo, fé na vida. Esta é a essência da técnica que ela ensina". O Dr. Peale prossegue citando alguns versículos maravilhosos, tais como "se podes! Tudo é possível ao que crê"; "se tiverdes fé...nada vos será impossível", e "faça-se-vos conforme a vossa fé". Mas, então ele estraga tudo, ao explicar este último texto da seguinte maneira: "de acordo com a fé que você tiver em si mesmo, em seu emprego, em Deus,é o que terá e não mais do que isso".

Estas citações bastam para mostrar que o Dr. Peale aparentemente não faz nenhuma distinção entre a fé em Deus e a fé em si mesmo. De fato, o que ele demonstra é não se preocupar absolutamente com o objeto da fé. Ele recomenda, como parte de seu sistema de acabar com as preocupações, que a primeira coisa a fazer todas as manhãs, ao acordarmos e antes de nos levantarmos, é dizer em voz alta "eu creio!" três vezes; mas ele não nos diz em que devemos estar afirmando que cremos com tanta confiança e insistência. As últimas palavras de seu livro são simplesmente "tenha, pois, fé, e viverá feliz". Mas fé em que? Crer em quem? Para o Dr. Peale a fé não passa de mais uma palavra para exprimir autoconfiança, ou um exagerado e não fundamentado otimismo. Ouvi dizer que o Dr. Peale mudou seu ponto-de- vista depois de Ter escrito este livro, mas o livro acha-se ainda em circulação, e sendo lido. E nesse livro parece estar bem claro que o seu pensamento positivo é, no fim das contas, meramente um sinônimo para "fé naquilo que a gente quer que seja verdade".

O mesmo se pode dizer com relação ao Sr. W. Clement Stone, o filantropista e fundador de "Atitudes Mentais Positivas". "De simples homens comuns fazemos super-homens", diz ele, pois desenvolveu "a técnica de vendas para acabar com todas as técnicas de vendas". Porque" você pode até mesmo vender-se a si próprio, recitando da mesma maneira como fazem os vendedores da AMP todas as manhãs: "estou contente, tenho saúde, sou o máximo!"

Mas a fé cristã é bem diferente do "pensamento positivo" de Peale e das "atitudes mentais positivas" de Stone. Fé não é otimismo.

Fé é uma confiança racional, uma confiança que, em profunda reflexão e certeza, conta o fato de que Deus é digno de todo crédito. Por exemplo, quando Davi e seus homens voltaram a Zicagle, antes dos filisteus terem matado Saul na batalha, um terrível espetáculo os aguardava. Na sua ausência os amalequitas tinham saqueado a sua aldeia, incendiando as suas casas e levado cativas as suas mulheres e crianças. Davi e seus homens choraram "até não terem mais forças para chorar" e então, na sua amargura, o povo cogitou de apedrejar a Davi. Era uma crise séria e Davi facilmente poderia Ter-se deixado cair no desespero. Mas, em vez disso, lemos que "Davi se reanimou no Senhor seu Deus". Esta era uma fé verdadeira. Ele não fechou seus olhos aos fatos. Nem tentou criar sua própria autoconfiança, ou dizer a si mesmo que se sentia realmente muito bem. Não. Ele se lembrou do Senhor seu Deus, o Deus da criação, o Deus da aliança, o Deus que prometeu ser o seu Deus e colocá-lo no trono de Israel. E à medida em que Davi se recordava das promessas e da fidelidade de Deus, sua fé crescia e se fortificava. Ele "se reanimou no Senhor seu Deus".

Assim, pois, a fé e o pensamento caminham juntos, e é impossível crer sem pensar. CRER É TAMBÉM PENSAR!

O Dr. Lloyd-Jones deu-nos um excelente exemplo neotestamentario desta verdade no comentário que fez de Mateus 6:30 em seus Studies in the Sermon on the Mount (Estudos sobre o Sermão da Montanha): "Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé"?

A fé, de acordo com o ensinamento do nosso Senhor neste parágrafo, é basicamente o ato de pensar, e todo o problema de quem tem uma fé pequena é não pensar. A pessoa permite que as circunstâncias lhe oprimam... temos de dedicar mais tempo ao estudo das lições de nosso Senhor sobre a observação e dedução. A Bíblia está repleta de lógica, e seja algo meramente místico. Nós não nos sentamos simplesmente numa poltrona, permanecendo à espera de que coisas maravilhosas nos aconteçam. Isso não é fé cristã. A fé cristã é, em sua essência, o ato de pensar. Olhem para os pássaros, pensem neles, e façam suas deduções. Vejam os campos, vejam os lírios silvestres, considerem essas coisas... A fé, se quiserem, pode ser definida assim: É insistir em pensar quando tudo parece estar determinado a nos oprimir e a nos pôr por terra, intelectualmente falando. O problema com as pessoas de pequena fé é que elas, ao invés de controlarem seus próprios pensamentos, os seus pensamentos é que são controlados por alguma circunstância e, como se diz, elas passam a rodar em círculos. Isso é a essência da preocupação...Isso não é pensamento; isso é ausência completa de pensamento, é não pensar.

Antes de deixar este assunto, que trata do que compete à mente na fé cristã, gostaria tão somente de abordar as duas ordenanças do Evangelho: o batismo e a ceia do Senhor. Pois ambas são símbolos cheios de significado, destinados a trazer bênçãos aos cristãos, despertando-lhes a fé nas verdades que simbolizam. Consideremos a ceia do Senhor, por exemplo. Em seu aspecto mais simples, é uma visível dramatização da morte do Salvador pelos pecadores. É uma recordação racional daquele evento. Nossas mentes têm que trabalhar em torno do seu significado e apropriar-se da certeza que nos oferece. O próprio Cristo fala-nos através do pão e do vinho. "Morri por vós", diz ele, e ao recebermos sua palavra, ela deve trazer a paz a nossos corações culposos.

Desta forma, Thomas Cranmer escreveu que a ceia do Senhor "foi ordenada com este propósito, que toda pessoa dela participando, no comer e no beber, se lembre de que Cristo morreu a seu favor, e exercite sua fé, confortando-se na lembrança dos benefícios que Cristo lhe propiciou".

A segurança cristã é a "plena certeza da fé". E se a certeza de corre da fé, a fé decorre do conhecimento, do seguro conhecimento de Cristo e do Evangelho. Como o expressou o bispo J.C. Ryle: "Uma grande parte de nossas dúvidas e de nossos temores provém de sombrias percepções do que seja a real natureza do Evangelho de Cristo... a raiz de uma religião feliz é um claro, preciso e bem definido conhecimento de Jesus Cristo".


Fonte: Extraído do livro "Crer é Também Pensar", de John R. W. Stott.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Proposito da Vida

Conta-se a estória de um velho Rebe, que no seu leito de morte chorava amargamente porque sabia que estava chegando à hora de prestar contas ao Criador. Seus discípulos o rodeavam e no meio disso tudo um deles, com a finalidade de consolar o Rebe disse: Mestre porque choras? Es tão sábio quanto foi Salomão e tão fiel quanto foi Elias. Entrarás assim diante do Eterno. Ouvindo isso mais o Rebe, chorou amargamente. Seus discípulos agora nada podiam entender, afinal é seria uma honra aparecer diante de D´us, na qualidade de Salomão ou Elias. O Rebe dando a sua ultima lição ao s seus discípulos disse: Quando eu chegar diante daquele a quem haverei de prestar contas, Ele não quererá saber se fui igual a Salomão ou Elias, pelo contrario o que requererá de mim é se eu fui o que Ele tinha traçado na sua Eterna Sabedoria.


Deus de fato não este interessado que você suporte as mesmas provações de Jô, ou que tenha a mesma disposição de Davi, ou a intrepidez de Pedro. O Eterno Deus ao traçar a nossa existência pré-determinou os dias as horas e as ocasiões e nos conheceu mesmo antes da nossa existência (Salmo 139) o que cabe a nós é chegarmos próximos de Deus e procurar humildemente entender a nossa vocação o nosso chamado, não apenas o chamado do ponto de vista ministerial, mas também do ponto de vista existencial, todos os homens relatados pela bíblia tinham uma característica especifica e todos eles foram usados cada qual do jeito que eram não está falando de pecado claro, mas de temperamento. Vemos o chorão Jeremias, o valente Sansão, O inconstante Pedro, O colérico Paulo, O fleumático Eli e por ai vai.

Não se compare com ninguém, seja você, único e inserido desde a eternidade no Plano de Deus.

domingo, 20 de setembro de 2009

De quem é Glória?


Tive a oportunidade na tanto na infância como na idade adulta, de conviver com grandes homens de Deus, que faziam trabalhos de grande expressão e que mantinham a simplicidade do evangelho de Cristo.

Um deles, um missionário, que para preservação como ele mesmo sempre o quis não citarei nem seu nome nem sua igreja.

Este missionária era o líder de uma missão fazia um trabalho social muito grande e vivia e acredita que a igreja, independente da pessoa ser cristão ou não tinha uma responsabilidade filantrópica de viver o equilíbrio entre fé e obras, Nestes trabalhos (médico, odontológico, apoio a crianças de classes mais pobres etc.) ele não se via induzido a aproveitar a oportunidade e falar de Cristo, o que seria antiético, muitos pastores o questionavam dizendo que não razão para ser fazer trabalho filantrópico se o nome de Cristo não fosse claramente anunciado. O missionário por sua vez dizia que o nome de Cristo já estava sendo anunciado de forma silenciosa, mas estava não pensem que era só isso ele também era um excelente pregador e evangelista, apenas sabia bem dividir o tempo e a ocasião. Mas o que mais admirou neste homem foi que um dia diante de um trabalho expressivo em que houvera várias conversões, nós lideres da Igreja local resolvemos criar uma matéria e colocar no jornal que circulava pelo município, e aproveitamos também para falar, sobre o trabalho social que vínhamos desenvolvendo e colocamos fotos etc. e nome do Missionário lá!

Que decepção, lá estava eu todo feliz com um pouco de jornal distribuindo e ansioso para ver a reação do missionário. Pronto o homem chega pega o jornal lê e fica extremamente irritado, grita esbraveja e diz: “como eu vou fazer agora diante dos meus filhos, que eu tenho ensinado desde que eram crianças, que toda a honra e toda a glória pertencem a Deus?” bom passou um sermão em todos nós, eu de vergonha abaixei a cabeça, quis saber de quem foi à idéia brilhante, mandou comprar todos os jornais do município que estavam nos jornaleiros e destruir e disse que nunca mais fizemos isso.

Lembro desta frase dele: “nós trabalhamos nas sombras e não precisamos ser visto, quando o homem é visto demais, Deus fica na sombra”.

Lembro de Elias todos garboso diante de Deus dizendo, Senhor só eu fiquei... E Deus lhe falando que não que havia muitos milhares que Deus havia preservado.

Lembro de um Rei ímpio que quis aparecer e teve que comer grama com os animais do campo.

O trabalho deste missionário ainda é muito sólido, não não esta na mídia, nem na TV (não sou contra isso), mas esta em muitas almas salvas, muitas pessoas que souberam que Jesus é o Senhor, Não ele não tem uma Igreja pequena, nem pobre, é uma igreja grande que atua em vários paises, uma igreja de pessoas com alto poder aquisitivo, que não sabem para onde vão as ofertas direito, porque esta é a política deste missionário, volta e meia ele leva alguns testemunhos mais nada expressivo, volta e meia ele treina jovens e os envia e estes conhecem o campo e quando voltam dizem apenas que é grande, mas não dão detalhes, na outra ponta os beneficiados também não sabem que os beneficia. Tudo é feito para Deus, quem oferta para Deus (e sou testemunha não ofertam pouco!) e quem recebe levanta as mãos e agradece ao Eterno. Parece Utopia dado o vemos em nossos dias, mas não é.

Ao Eterno, toda a honra e toda a Glória.

Amem

A plenitude da Salvação


Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Efésios 2.8


Salvação umas das palavras centrais, da fé cristã, uma das mais usadas, mais ouvida, e talvez uma das menos entendidas. Quando falamos em Salvação o que nos vem a mente? A remissão de um destino eterno no fogo do inferno! O que não deixa de ser verdade, mas devemos ter em mente que a Obra de Deus, expressa em Cristo e anunciada nos evangelhos não é somente uma proposta escatológica, pensando-se apenas no mundo que “há de vir”, não como todas as outras verdades e princípios espirituais a Salvação é algo para se começar viver e experimentar aqui, e que ira se perpetuar por ocasião advento da vinda de Cristo, onde como diz a Palavra de Deus, “estaremos para sempre com nosso Senhor”.

Mas então o que é Salvação? Quais as verdades espirituais, praticas para a minha vida? O que eu posso começar a viver aqui na terra, agora?


I – Entendo a Salvação:

Para exemplificar a Salvação podemos compará-la a um Contrato de Seguro, Espiritual oferecido por Deus, o Autor e consumador da Salvação. Neste poderoso Contrato de seguro Espiritual podemos destacar algumas condições para preliminares, Da parte de Homem nos Temos:

A) arrependimento – a primeira condição para entrar neste seguro é arrepender-se dos atos errados e contrários a palavra de Deus, é a tristeza gerada pelo Espírito Santo em nosso coração quanto cometemos algum pecado

Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação . II Cor 7.10


b) perseverança – é a condição especial para se estar sempre coberto por esta apólice espiritual.

mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. Mateus 10.22

Agora como todo contrato é feito em partes da Parte de Deus nos temos:

A) A Vontade De Deus em Salvar, a disposição em Salvar, já anunciada antes da nossa existência. Todo o homem que vem ao mundo, já tem a sua disposição antes do seu nascimento a vontade de Deus em o salvar.

Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade. II Tess 2.13

Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. I TIM 2.4

b) A Graça de Deus, capaz de superar as nossas dificuldades humanas. A noticia a se saber nas condições iniciais do Contrato de Salvação (Nova Aliança) é que existe uma poderosa condição que é capaz de superar todas as nossas dificuldades, e esta condição não está baseada em merecimentos pessoais mas exclusivamente na graça de Deus ( Xaris= Favor imerecido)

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Efésios 2.8


II) Conhecendo algumas cláusulas da apólice

Deus não está interessado apenas em nossa alma e espírito, não está interessado apenas nós salvar daqui a alguns anos por ocasião do Juízo, mas está interessado em nossa vida agora, visto que a Palavras usadas quando a Novo testamente estava sendo escrito que se referem a salvação ( Soteria e Sozein ) dizem respeito a salvação integral do homem nos seus mais variados aspectos, então vamos agora conhecer algumas coberturas na apólice da Salvação:

a) Salvação do Perigo

Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. Mateus 14.30

E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos. Mateus 8.25

O homem que sabe que está dentro da “Salvação” sabe que esta em lugar onde há seguridade é a convicção de que nada, em vida ou morte pode nos separar do amor de Deus.

b) Salvo das Enfermidades

Porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar a sua roupa, ficarei sã.Mateus 8.25

Jesus como já falamos esta interessados na nossa salvação física no nosso bem estar a palavra acima traduzida por sã ou curada é em grego uma variação do verbo sozein ( salvar), temos em Cristo uma Salvação Total!

sábado, 12 de setembro de 2009

A Sedução do Poder

Meu desejo humano de ser reconhecido como grande, algumas vezes supera meu chamado para ser um servo nas ruas da minha cidade. (C. Gene Wilkes).


Saul como rei tinha o poder, mas com um espírito e alma enfraquecidos. Davi, porém, não tinha o poder, mas tinha a grandeza no espírito e na alma.


Um líder que tem o poder, mas não possui a grandeza do espírito e da alma, é um líder que se serve do poder. Usa o poder em beneficio próprio, em detrimento das pessoas que lhe outorgaram o poder. Daí a idéia de que este poder foi conquistado, por isso os que conseguem a posição de poder, subestimam os que não a tem.

Perdemos esse modelo básico de grandeza em nossa cultura centrada na personalidade. A grandeza parece pertencer aos construtores e aos influentes. A grandeza é equiparada ao reconhecimento do nome do indivíduo e de sua posição social. As igrejas e as organizações não-lucrativas se tornaram muito parecidas com o mundo nesse aspecto. Entregamos certificados de grandeza aos que constroem a maior organização ou aos que reúnem o maior numero de pessoas num fim de semana. Damos honra aos que se sentam em lugares de poder. Esquecemos que a grandeza entre o povo de Deus começa com serviço, e serviço implica em trabalho, sem esperar elogios .

Todo o poder que tem caráter de conquista é sedutor, pode levar a pessoa a essa fraqueza moral, psicológica de achar que por ter o poder ele é maior do que os outros. Quem assim pensa com certeza é mais pobre, pois conquistou mais fora de si do que dentro de si.
O mundo está repleto de homens que conseguiram êxito, só que não conseguiram ser eles próprios. Diria que essas pessoas são escravas do poder porque no dia em que deixarem o poder, também deixarão de ser o que demonstram ser. Esse tipo de líder com fraqueza de espírito e alma é um líder inseguro, desconfiado, temeroso etc. Se sente ameaçado quando juntos deles surgem pessoas que sem o poder demonstram grandeza de espírito. Creio que a maioria daqueles que buscam o poder, detém o poder. Este estado do espírito fragilizado leva ao pecado do orgulho, da autonomia.
Outros têm alimentado os escândalos de corrupção moral, sexual e financeira. Diz o provérbio popular que o poder corrompe, entendemos também que muitos líderes já entram na busca do poder com a alma e o espírito corrompidos, pois têm o desejo carnal e maligno de usarem o poder em seu favor.

Os líderes em todos os setores dos negócios e da educação continuam desejando a liderança e não se importam de afastar outros para obter essas posições. Segundo nossa sociedade orientada para o sucesso, maior é melhor e mais perto do topo significa realmente mais perto do topo .

Essa postura pode ser resultado do tipo de teologia com a qual alimentamos a nossa reflexão. Jesus disse: “mas recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, então sereis minhas testemunhas” (At.1.8). Receber o poder para ser. O poder que Deus prometeu nas Escrituras é poder para servir e não se servir dele. Todo o poder que recebemos é poder para servir.
Uma coisa que tem seduzido o nosso cristianismo hoje, ou talvez a maior sedução do cristianismo hoje é o desejo de poder. Alguém disse que a maior droga do mundo é o sucesso e não a cocaína. A cocaína é uma droga química, mas o sucesso é uma droga psicológica e emocional. Daí que bebemos desta corrente filosófica e a nossa teologia está embriagada. Temos a teologia do poder e do triunfalismo.
Queremos ter a maior igreja, quando não conseguimos cuidar dos nossos irmãos na fé.
Queremos conquistar em Deus, em vez de sermos conquistados por ele.
Queremos demonstrar poder às pessoas em vez de servir às pessoas.
Queremos ser ouvidos, em vez de ouvirmos as pessoas.
Demonstramos ser fortes em vez de demonstrarmos fraqueza.
Queremos ser observados em vez de olharmos para o mundo.
Queremos ensinar em vez de aprender.
Queremos receber em vez de darmos aos que não têm.
Queremos conhecer os outros em vez de nos conhecermos. Por isso nos tornamos uma religião de poder e não de serviço.
Porque sempre que quisermos ser forte alguém terá que ser fraco.
Sempre que quisermos receber alguém terá que dar.
Sempre que quisermos o poder alguém terá que nos servir.
Sempre que quisermos falar alguém terá que nos ouvir.
Sempre que quisermos ensinar alguém terá que aprender.

Paulo escrevendo para os cristãos em Filipos disse: De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome. Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra. E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai. (Fp.2.5 –11).

Paulo nos apresenta o exemplo da liderança de Jesus que começa pelo serviço e não pelo ser servido. Humilhar-se e não ser exaltado.

Como Senhor de tudo Ele poderia ter se mostrado superior a nós e exigido obediência cega. Em vez disso, serviu-nos, ensinando-nos a verdade e como viver de acordo com ela. Ele nos serviu em nossa incompreensão, em nosso egoísmo e em nossa fraqueza. Viu o que precisávamos e nos ajudou. Sabia onde precisávamos estar e nos levou para lá, com grande amor e respeito por nós .


A liderança servil no Reino não significa buscar posição e poder, mas seguir, em seu serviço e sofrimento pelos outros. Os líderes servos seguem a Jesus e, antes de tudo, fazem o que Ele diz, em qualquer contexto em que se encontrem. A liderança servil pode exigir beber o cálice e ser batizado com o batismo do sofrimento de Cristo .


Jesus Cristo sendo Deus se fez homem. Sendo homem se fez servo. Sendo servo foi obediente até a morte e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou acima de todo o nome.
Portanto, qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. (Lc 14.4). Tanto humilhar-se, quanto exaltar-se, o primeiro passo deve ser do homem e o segundo de Deus. Para se humilhar é preciso um espírito e alma que viva essa grandeza espiritual que se revela na fraqueza. Paulo disse: “quando estou fraco então é sou forte. Porque posso todas as coisas naquele que me fortalece”.

Extraido do Livro: "Conflitos de Liderança Saul e Davi Hoje".
Editora Betânia

terça-feira, 25 de agosto de 2009


AMAZING GRACE
 
Por volta de 1750, John Newton era o comandante de um navio negreiro inglês. Os navios faziam o primeiro pé de sua viagem da Inglaterra quase vazios até que escorassem na costa africana. Lá os chefes tribais entregavam aos Europeus as "cargas" compostas de homens e mulheres, capturados nas invasões e nas guerras entre tribos. Os compradores selecionavam os espécimes mais finos, e comprava-os em troca de armas, munições, licor, e tecidos. Os cativos seriam trazidos então a bordo e preparados para o "transporte". Eram acorrentados nas plataformas para impedir suicídios. Colocados lado a lado para conservar o espaço, em fileira após a fileira, uma após outra, até que a embarcação estivesse "carregada", normalmente até 600 "unidades" de carga humana. Os escravos eram "carregados" nos navios para a viagem através do Atlântico. Os capitães procuraram fazer uma viagem rápida esperando preservar ao máximo a sua carga, contudo a taxa de mortalidade era alta, normalmente 20% ou mais.
Uma vez chegados ao Novo Mundo, os negros eram negociados por açúcar e melaço que os navios carregavam para Inglaterra no pé final de seu "comércio triangular". John Newton transportou muitas cargas de escravos africanos trazidos à América no século XVIII. Numa das suas viagens, o navio enfrentou uma enorme tempestade e afundou-se. Foi nesta tempestade que Newton ofereceu sua vida a Cristo, pensando que ia morrer. Após ter sobrevivido, ele converteu-se verdadeiramente ao Senhor Jesus e começou a estudar para ser um chamado Pastor". Nos últimos 43 anos de sua vida ele pregou o evangelho em Olney e em Londres. Em 1782, Newton disse: "Minha memória já quase se foi, mas eu recordo duas coisas: Eu sou um grande pecador, Cristo é o meu grande salvador."No túmulo de Newton lê-se: "John Newton, uma vez um infiel e um libertino, um mercador de escravos na África, foi, pela misericórdia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, perdoado e inspirado a pregar a mesma fé que ele tinha se esforçado muito por destruir". O seu mais famoso testemunho continua vivo, através da sua autoria de um hino intitulado AMAZING GRACE, Graça Maravilhosa.
Newton compôs esta canção cuja letra fala de sua transformação espiritual. Testemunha que foi a graça de Deus que o salvou do naufrágio. Esta composição foi interpretada por vários cantores norte-americanos, mas é na voz de Elvis Presley, o "Rei do Rock", que se tornou famosa.
Podemos definir esta "graça" como o favor eterno e totalmente gratuito de Deus, manifestado na concessão de bênçãos espirituais e eternas às criaturas culpadas e indignas. Ou seja, é a concessão de favores a quem não tem mérito próprio e pelos quais não se exige compensação alguma. Logo, ninguém pode reinvidicá-la como direito. Caso contrário não seria graça (Rm 4.4,5; 11.6).
 
1. Características da Graça
A Graça é Eterna.
As obras da graça não são feitas para resolverem os problemas de última hora. Ela não é feita às pressas, na carreira. Deus não espera acontecer algo de mal ao homem para formular como a Sua Graça agirá. Mas as obras da graça de Deus foram idealizadas antes de serem manifestadas aos homens. Elas foram formuladas antes de serem comunicadas a eles. Deus nos deu tudo antes de tudo existir (2Tm 1.9). Todas as resoluções fundamentais com respeito à nossa salvação foram feitas antes que o mundo existisse (Tt 1.2).
Deus não toma providências quando os problemas surgem. Mas a sua sabedoria eterna e infinita tratou de planejar a sua graça de acordo com cada problema antes mesmo do problema agir. Nisso dizemos que Deus não é apanhado de surpresa em nada do que acontece no mundo. Pois para cada situação da vida, cada detalhe da nossa existência, Deus já havia providenciado a sua graça para aquele momento ou para aquela situação.
A Graça é Supremamente Rica.
O apóstolo Paulo, quando escreve sobre a graça de Deus, escreve usando expressões majestosas. Veja Efésios 2.6,7:
"e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus."
Vemos, neste verso, que todas as realidades relacionadas à graça de Deus sobre nós estão vinculadas a Cristo Jesus. Isso quer dizer que Não existe manifestação da graça para nós fora de Cristo. A Graça de Deus não pode vir a nós se não vier com Cristo. Com Cristo temos graça, sem Cristo não temos graça. A graça vem acompanhada da obra de cristo em nosso lugar e em nosso favor.
Notemos também que Paulo fala da "suprema riqueza da sua graça". A graça de Deus é rica (1) porque ela nos ressuscita com Cristo. Isso tem haver com a regeneração ou novo nascimento, onde Deus nos deu vida estando nós mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1,5). Ela é rica porque concede vida aos que estão mortos.
A graça de Deus é rica porque (2) ela nos coloca "nos lugares celestiais em Cristo Jesus". Quando Deus nos ressuscita, Ele nos eleva para os "lugares celestiais" que são os lugares nos quais reina a graça de Deus de forma supremamente rica e nos quais a esfera da pecaminosidade não possui domínio sobre nós. No original grego, "nos fez assentar" está no passado e indica uma ação concretizada no passado. Deus já nos colocou nessa posição gloriosa juntamente com Cristo.
A Graça é Soberana.
É soberana porque reina. Ela não é um objeto qualquer que nos é oferecida e podemos aceitá-la ou não. Paulo afirmou que a graça reina (Rm 5.21) e o autor aos Hebreus usa a expressão "o trono da graça" (Hb 4.16). Ora, onde há um reino, há um trono; onde há trono aí há a soberania.
O que produz no coração dos orgulhosos um forte ódio contra Deus é o fato da graça de Deus ser dada livre e soberanamente, sem que possa ser comprada ou merecida ou até mesmo exigida. Faz parte da natureza humana o sentimento de competição, de luta para conquistar algo. O atleta que treina durante quatro anos para competir e ganhar uma olimpíada; uma seleção de futebol que se prepara com amistosos, torneios e eliminatórias durante quatro anos para, enfim, jogar uma copa do mundo com sete partidas e sagrar-se campeão. Mas na carreira espiritual não há preparação ou treino. Você chega ao céu simplesmente com a graça. É dada para o homem a entrada nos céus. É dada ao homem a vida eterna.
 
2. As Obras da Graça
A graça de Deus faz muitas obras na vida do homem, sejam elas de caráter soteriológico ou não.
A Graça na Restauração do Pecador.
Em se tratando de restauração do pecador, todos os passos para a redenção do pecador são atribuídos à graça de Deus, ou seja, todas as bênçãos provenientes da salvação nos são dadas graciosamente por Deus.
(1) A Eleição é obra da graça de Deus. Apesar da eleição não significar salvação, ela indica quem serão salvas com absoluta certeza, embora apenas Deus possa ter esta certeza. O decreto da eleição é nascido no amor gracioso de Deus. O ato divino de eleger indivíduos para a salvação já revela a manifestação da graça de Deus. A eleição por si só já é por graça. Isso exclui toda e qualquer tentativa de validar a salvação por obras (Rm 11.5,6).
(2) A Regeneração é obra da graça. Regeneração é sinônimo de chamamento, chamado eficaz, vocação eficaz. Paulo declara de os homens são chamados por graça. Ele é um exemplo do chamado gracioso de Deus. Ele não desejava ser um cristão. Nunca almejou isso. E ele testemunha isso em Gálatas 1.6,15:
"Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho... Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim..."
(3) A Justificação é obra da graça. A base da nossa justificação repousa na obra graciosa de Cristo que derramou o seu sangue (Rm 5.9). A justificação pelo sangue é uma obra da graça de Deus:
"... sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus..." (Rm 3.24)
Em Romanos 5.16,18, Paulo nos explica que Deus exerce juízo sobre os homens com base apenas no pecado de Adão. Uma só ofensa. Já com a graça de Deus ocorre diferente. Imagine se Deus justificasse o homem por um só pecado?, como ficaria ele com o restante dos pecados que comete? A morte de Cristo traz o perdão não apenas de uma transgressão, mas de todas elas. Isso leva a gratuidade da justificação por todos os pecados. A graça transcorre de muitas ofensas. Por isso o apóstolo conclui:
"... mas onde abundou o pecado, superabundou a graça..." (Rm 5.20)
A graça sobrepuja o pecado a fim de que os seres humanos possam ser justificados de todos os seus pecados (Tt 3.7).
(4) A fé é obra da graça. De acordo com as Sagradas Escrituras, a fé é fruto da graça divina sobre os homens. É a graça de Deus atuando na vida do homem que o capacita a ter fé. Não podemos dissociar graça da fé. Sem a graça divina é impossível crer em Cristo. Qualquer fé em Cristo que não for acompanhada da graça, pode ser qualquer coisa, menos a verdadeira fé evangélica. É a graça de Deus que torna possível a fé em Cristo:
"Querendo ele (Apolo) percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos e escreveram aos discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles que, mediante a graça, haviam crido..." (At 18.27)
Mesmo convencendo publicamente às pessoas por meio das Escrituras (v. 28), era absolutamente necessário que a graça operasse, a fim de que as pessoas pudessem crer. Não existe fé sem a graça. Não há meio para obter a fé se não for através da graça.
"Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele..." (Fp 1.29)
(5) A santificação é obra da graça. Apesar de muitos crentes acharem que a santificação é algo que o crente deve desenvolver, e eles estão corretos em pensar isso, o que eles precisam saber é que a santificação é uma obra que Deus faz em nós.
"Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar." (1Pe 5.10)
A palavra "santificação" não aparece no texto, mas os seus sinônimos: "aperfeiçoar", "firmar", "fortificar" e "fundamentar".
A graça de Deus nos aperfeiçoa, ou seja, vai nos tornar maduros para a vida cristã semelhante á de Jesus Cristo. A graça de Deus promete firmar-nos, ou seja, Deus nos fará seguros na luta contra o inimigo. É pela graça que o crente nunca apostatará da fé, mas permanecerá firme na doutrina do seu Senhor. Não desprezará a boa consciência firmada na palavra e nem irão naufragar na fé (1Tm 1.19). A graça de Deus nos fortifica. Em tempos de conflitos teológicos e espirituais, precisamos não apenas de firmeza, mas de constante fortalecimento. Constantemente perdemos nossas energias contra os ataques desgastantes do inimigo. Por isso, em Hebreus, os santos do passado "da fraqueza tiraram força" (Hb 11.34). Paulo já afirmou que "o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza (2Co 12.9,10). A graça de Deus promete fundamentar-nos.  Toda obra de santificação está firmada na obra de Cristo que nos é transmitida através de sua Palavra. É o fundamento sobre o qual toda a igreja deve estar firmada.
(6) A entrada na glória é obra da graça. Ainda no texto de 1 Pedro 5.10, encontramos a declaração da glória a vir a ser revelada em nós como produto da mesma graça. Somos chamados para desfrutar ou participar da eterna glória de Deus. "Glória" é a bem-aventurança celestial da qual todos os eleitos de Deus participarão. Esta glória está vinculada à sua Santidade. Ser participante da sua glória é ser participante da sua santidade. Deus já começou esta obra em nós, mas vai completá-la no dia de Cristo Jesus.
A Graça de Deus nos instrumentos da Salvação.
Nada do que os seres humanos recebem está fora da graça divina.
(1) Pela graça, o evangelho é dado. O evangelho de Jesus Cristo é chamado de "evangelho da graça de Deus" (At 20.24). É o "evangelho da graça" porque alcança o pecador num estado de miséria e de desmerecimento; porque anuncia a redenção sem exigir nada do homem; porque invade o coração do pecador trazendo-o para a vida quando estava morto em delitos e pecados. É a demonstração da boa-vontade de Deus para com o pecador. Este evangelho anuncia o perdão de Deus aos pecadores por quem Cristo morreu.
(2) Pela graça, a Palavra de Deus é dada. Também é chamada de "palavra da sua graça" (At 14.3). É a Palavra do Senhor que anuncia a sua salvação pela graça aos pecadores.
(3) Pela graça, o evangelho de Deus é pregado. O evangelho é chamado de "evangelho da graça". A proclamação dele é também uma obra da graça de Deus.
"A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo... (Ef 3.8)
A tarefa de pregar o evangelho é um dom precioso. A maior graça que Paulo recebeu foi a de ser o pregador do evangelho da graça.
(4) Pela graça participamos da Ceia do Senhor. Na Ceia do Senhor é anunciada a sua morte. Os participantes dela alimentam-se do corpo e do sangue de Cristo para sua nutrição espiritual e crescimento na graça; têm a sua união e comunhão com ele confirmadas; testemunham e renovam a sua gratidão e consagração a Deus e o seu mútuo amor uns para com os outros, como membros do corpo de Cristo.
A Graça de Deus na capacitação dos Cristãos.
Nada do que os seres humanos recebem está fora da graça divina. A Graça de Deus se manifesta de múltiplas formas na vida do cristão. (1Pe 4.10; 2Co 4.15).
(1) Pela graça os homens recebem os dons espirituais. Todos os dons espirituais são produto da graça de Deus na vida dos cristãos. Não há dom que não seja pela graça. Recebemos os dons gratuitamente para servimos aos outros.
"... tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé..." (Rm 12.6).
Os dons não são habilidades conseguidas pelos cristãos, mas são uma concessão graciosa de Deus. Por falta dessa compreensão, há muitas discórdias e divisão na igreja. O fato dos dons serem um produto da graça divina nos guarda contra o orgulho e a jactância (Ef 4.7,8; 1Pe 4.10).
(2) Pela graça os homens são dotados para o ministério da Palavra. Todos os crentes possuem uma função no corpo de Cristo porque a graça possui várias manifestações de capacitação (1Pe 4.10), mas a capacitação mais marcante na vida de Paulo foi a altíssima e honrosa tarefa de ser ministro de Cristo Jesus na pregação do evangelho.
"Entretanto, vos escrevi em parte mais ousadamente, como para vos trazer isto de novo à memória, por causa da graça que me foi outorgada por Deus, para que eu seja ministro de Cristo Jesus entre os gentios, no sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus, de modo que a oferta deles seja aceitável, uma vez santificada pelo Espírito Santo." (Rm 15.15,16)
Paulo sempre fazia questão de dizer para seus ouvintes que o seu ministério não era por vontade própria, mas uma decisão graciosa de Deus. Era um privilégio tão grande que ele o chama de "sagrado encargo".
No conceito paulino, servir aos irmãos com a pregação da Palavra é graça.
"... do qual [evangelho] fui constituído ministro conforme o dom da graça de Deus a mim concedida segundo a força operante do seu poder." (Ef 3.7)
"Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo." (1Co 15.10)
A Graça de Deus na Vida Cristã em Geral.
(1) Pela graça os homens recebem consolação e esperança. Todos os dons espirituais são produto da graça de Deus na vida dos cristãos. Não há dom que não seja pela graça. Recebemos os dons gratuitamente para servimos aos outros.
"Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra." (2Ts 2.16,17)
Paulo fala de dois tipos de consolação. Um tipo de consolação que já nos foi dada e um tipo de consolação que é nos dada diariamente. O que Paulo chama de "eterna consolação" se refere o que Cristo já fez por nós. Refere-se aos atos redentores de Deus. Cristo conquistou o amor eterno e a consolação eterna de uma maneira segura. Ao mesmo tempo, Paulo deseja a consolação de Deus para os corações aflitos. Esse tipo de consolação juntamente, com a esperança, haveria de encher os corações deles. Eles anda haveriam de se apropriar das bênçãos que tinha origem e caráter eterno. Isso é graça de Deus.
"Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna." (Hb 4.16)
Para receber as bênçãos da salvação descritas neste verso (misericórdia e graça), precisamos nos achegar com confiança ao "trono da graça" para sermos socorridos em tempo de necessidade. Cristo transformou o trono de juízo em trono da graça. No tempo oportuno, Deus socorre o pecador com misericórdia e graça.
(2) Pela graça os homens recebem libertação do perigo.
"Porque, esta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César, e eis que Deus, por sua graça, te deu todos quantos navegam contigo." (At 27.23,24)
A graça de Deus não é apenas para a salvação, mas é também para eventos do dia-dia. Veja o caso de Paulo. Pela graça de Deus, nenhum dos que estavam á bordo do navio se perdeu durante a tempestade. Todos se salvaram pela graça de Deus (Ver todo o capítulo 27 de Atos).
Todos os dias nos colocamos em situações de perigos sem sabermos. Mas uma coisa precisamos saber, que a graça de Deus se faz presente nos livrando dos perigos existentes, seja um assalto em um ônibus, ou mesmo na rua, ou uma outra situação de risco qualquer. A graça de Deus não apenas nos livra de situações de risco, mas, mesmo experimentando algum tipo de perigo, a Sua graça trata de tirar-nos da situação completamente ilesos. Em um estabelecimento em que trabalhava, fui vítima de um assalto. Ficamos reféns dos assaltantes por pelo menos 15 minutos. Todos com arma em punho. Mas, pela graça de Deus, não usaram suas armas e todos nós saímos ilesos daquela situação.
Conclusão
Transcrevo aqui um texto de John Newton:
"Eu não sou o que devo ser. Ah! quão imperfeito sou! Não sou o que desejo ser. Abomino o que é mau e anelo apegar-me ao que é bom. Não sou o que espero ser. Logo me despirei da mortalidade e, com ela, de todo pecado e imperfeição. Embora não seja o que devo ser, o que desejo ser e o que espero ser, ainda posso dizer, em verdade, que não sou o que fui outrora, escravo do pecado e de Satanás; posso, sinceramente, unir-me ao apóstolo e reconhecer: 'Pela graça de Deus, sou o que sou'".
Procuremos entender a cada dia o conceito de graça. Nunca atribua nada do que você tem  àquilo que você faz, ou fez, ou conseguiu. Proteja-se da auto-justiça. Paulo dava muito valor à graça de Deus porque ele teve noção da sua pecaminosidade. Logo, quanto mais depreciarmos o pecado e lamentarmos por ele, mais ansiaremos pela graça divina dando um valor inigualável a ela. Louvemos a Deus por Ele ser o Deus da graça. O Deus que concede graça aos imerecidos.
 
samuel rodryguez





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