Quem Sou


Samuel Rodrigues , servindo a Deus na Igreja Assembleia de Deus, Min Madureira em Ribeirão Preto, casado com Cleide Rodrigues, Pregador da Palavra, Professor de Teologia, Blogueiro, Coordenador de Projetos de Pesquisa, contato pelo Whatsapp. ou se preferir ligue para 55 16 994542319

terça-feira, 11 de maio de 2010

Renova-nos Senhor

 

Shalom Adonai

Que esta tão doce paz, seja sobre vós!

Faz tempo que venho pensando em escrever e no que escrever, procurando as palavras certas.

Minha passagem por Portugal foram três messes, mas a experiência valeu por anos. Conheci muitos brasileiros que são sobreviventes do sistema, estão como os que já penduraram suas harpas no salgueiro, minha oração por estes, é para que o Senhor os acorde e ressuscite os sonhos, ministérios e dons.

Há também aqueles que não se conformam, e renovam constantemente suas mentes, afim de não caírem, na sedução deste século. Os cultos que participei, as igrejas que visitei, havia sempre o mesmo clamor: Renova-nos!

"Tenho por certo, que as experiências nunca são em vão, só é preciso saber extrair o melhor delas."

Retornei ao Brasil, com uma única certeza, não temos só um país, temos uma grande família de amigos e irmãos. Alegrei-me muito ao chegar ao Aeroporto Internacional de Guarulhos e ouvir anunciar que às 19h30min haveria um culto evangélico e que todos eram convidados a participar.  Meu coração vibrou de jubilo, louvei ao Senhor naquele mesmo instante por ser  brasileira, e ter este privilégio de poder adorá-lo em todo e qualquer lugar (em outros países não há esta liberdade). Nós só entendemos o valor real de algo ou alguém quando nos é tirado ou privado.

Passei 40 dias em Rondônia, onde colecionei outras experiências também, participando de orações e histórias de vidas.  Após isto embarquei em uma viagem missionária entre Roraima e Venezuela, por dois meses. Viajamos por varias Cidades e Vicinais (vilarejos e sítios). O poder de Deus se manifestou, através de salvação, curas, e milagres. Nestes dias pude observar bem de perto que a falta de conhecimento da verdade leva o ser humano a viver uma vida, cativa ao pecado e as misérias deste mundo, por isso disse Jesus: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará".

Há muito que conhecer ainda. Há muito que fazer ainda. Há muitas verdades que precisam ser conhecidas, e para isto o Pai precisa de verdadeiros adoradores, estes que estão preocupados em adorá-lo em espírito e em verdade obedecendo a sua palavra.

Em quanto eu e você nos preocupamos com as contas do fim do mês, com as pestes, guerras e rumores de guerras, deixamos de fazer o que realmente importa: "Olhar para Jesus". Erga os olhos e veja, estamos no fim. O que é prioridade para quem está no fim?

Nossas mentes estão entorpecidas de vans sabedorias e informações que nos bombardeiam a todo o instante. Mas não são elas que nos liberta, são? Estas só servem para disseminar, medo, pavor, pânico, insegurança entre outros.

Acredito que esta seja uma poderosa ferramenta usada por nosso adversário para nos persuadir a vivermos um "inferninho" financeiro, emocional, social, espiritual, e a tão rara saúde. A cada ano a saúde se torna escassa para a humanidade, que se preocupa com tantas informações sobre o sistema global e tão pouco com o seu próprio sistema. De que valerá mesmo tudo isto? É o que me pergunto, dia após dia.

Todos sabem que minha saúde não é a melhor, e que venho lutando com ela desde sempre. Durante este período de viagens e aprendizado, fiquei enferma por varias vezes, em alguns momentos pensei que seria à hora de partir tamanha era a aflição em meus membros. Sou um milagre, esta é a minha única certeza em meio à dor. Quando toda a força se vai, sou um milagre, entre os anseios, temores e lágrimas, sou um milagre!

Renovada sempre sou quando cada crise em minha porta vem bater, sei que este é o exato momento para renovar minha fé, esperança e amor no Pai. Ele sempre manifesta sua Glória, nunca nos desaponta quando nEle confiamos e esperamos!

Eu oro ao Pai, para que me segure com suas fortes mãos, e  não me deixe esquecer tudo o que Ele é para mim. Os dias são maus e a tendência é que nos corrompam. Daí vem à enfermidade e me lembra que sou pó, e que dEle, por Ele e para Ele eu sou. A ele seja o amém.

                                                         "Escolhi entregar-me aos cuidados do Mestre, e viver no centro da sua vontade."

Débora Bee


 

 

  

 

É na insignificância que se conquistam os grandes significados, é na pequenez que se conquistam grandes atos.

Só me sinto digna das minhas asas se as utilizar para fazer os outros voarem.

 Abelhinha.

 

 

Deborah (BEE) é colaboradora deste blog, serve a Deus na Assembléia de Deus em Roraima



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terça-feira, 27 de abril de 2010


A Soberania de Deus no Livro de Jonas

Um dos problemas dos homens é se recusarem a aceitar a soberania de Deus em suas vidas. Com isso quero dizer que o homem não compreende o direito absoluto de Deus de reger em suas vidas. Deus tem este direito inerente pois ele é o Criador. Precisamos compreender que nada acontece na terra sem a permissão ou a aprovação dele. Faço essa distinção porque ele permite que coisas aconteçam que são contrárias à sua vontade, mas isso não quer dizer que ele as aprova. Por exemplo, a Bíblia ensina sobre o livre arbítrio do homem para escolher. Enquanto Deus permite o exercício deste livre arbítrio, ele não aprova as escolhas do homem que são contrárias à sua santa vontade. Por outro lado a soberania de Deus não é diminuída pelo exercício do livre arbítrio do homem.

O livro de Jonas diz muito sobre a soberania de Deus. Fala de maneira explícita e implícita, e nos ensina alguns conceitos valiosos sobre a soberania de Deus. É bom que aprendamos estas lições e nos lembremos delas para que possamos manter o relacionamento certo com nosso Criador.

A soberania de Deus e a sua criação

Como um exemplo da soberania de Deus no livro de Jonas vemos como Deus empregou a sua criação para cumprir o seu plano divino. No capítulo 1 vemos como Deus controlou os elementos do tempo para trazer o seu propósito desejado, para chamar a atenção de Jonas. O versículo 4 diz, "Mas o Senhor lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar." Aqui o vento é atribuído diretamente a Deus. Enquanto é verdade que Deus colocou certas seqüências do tempo em movimento desde o início, aqui temos um exemplo da sua intervenção divina. Testemunhamos as variações da velocidade do vento no dia a dia devido a um processo físico que inclui a rotação da terra, a inclinação da terra e áreas de alta e baixa pressão, mas aqui no livro de Jonas o vento é atribuído diretamente a Deus. Os versículos seguintes acrescentam que o mar ficou cada vez mais tempestuoso (vs. 11,13), e finalmente cessou totalmente depois que os colegas de barco de Jonas o lançaram no mar conforme ele mandou (v. 15). Até mesmo os homens do navio atribuíram este evento à soberania de Deus. Eles disseram, "tu, Senhor, fizeste como te aprouve" (v. 15). Se o julgamento deles do evento era por superstição, ou não, não importa. A palavra de Deus atribui o vento no capítulo 4 à soberania de Deus: "Em nascendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas...." (4:8).

O vento e as ondas obedeceram a Deus, mas Jonas não obedeceu. Ao exercer o seu livre arbítrio, primeiro ele se recusou a ir a Nínive como Deus havia mandado. Como resultado desta desobediência, Deus deu uma oportunidade para Jonas se arrepender. Depois de ser lançado ao mar pelos colegas do navio, ele foi engolido por uma criatura do mar. O versículo 17 do capítulo 1 diz que a criatura que o engoliu foi preparada por Deus. Tem-se preocupado muito no decorrer dos anos em relação à identidade desta criatura. Alguns acham que era um peixe e outros que era uma baleia. Enquanto podemos especular quanto à natureza desta criatura, não podemos negar o fato indiscutível de que era uma criatura "preparada" por um Deus soberano. Era uma criatura que pôde cumprir a vontade soberana do Criador. Tinha a capacidade de engolir Jonas inteiro. Se Deus usou uma criatura que ele já havia criado ou se ele criou uma especialmente para esta tarefa não é importante. O que importa é que a criação material não pode recusar a vontade de Deus. Deus é o que a fez de acordo com a sua vontade desde o início. A criatura não podia dizer "Eu não irei. Não engolirei a Jonas."

Da mesma maneira, no capítulo quatro, Deus preparou uma planta e um verme para fazer a sua vontade. "Então, fez o Senhor Deus nascer uma planta, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça....Mas Deus, no dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual feriu a planta, e esta se secou" (vs. 6-7). O ponto que precisamos compreender é que tudo obedeceu a Deus. O vento obedeceu, a criatura do mar obedeceu, a planta obedeceu e o verme obedeceu. Tudo obedeceu a Deus perfeitamente, menos Jonas. Toda a criação de Deus o obedece perfeitamente, exceto o homem. Deus deu a Jonas uma escolha e Deus nos dá uma escolha. Escolhemos fazer a vontade de Deus ou resistir e correr dele. Deus não abandona a sua soberania neste assunto. Foi a sua vontade soberana que o homen exercesse o livre arbítrio.

A escolha de Jonas

Jonas tinha a escolha de ir a Nínive ou de fugir. No primeiro capítulo, o vemos fugindo de Deus mas depois, no terceiro capítulo, quando Deus o manda para Nínive, ele decide ir. O povo de Nínive encarou a certeza de destruição iminente por causa dos seus pecados passados e persistentes. Mesmo assim, sem Jonas oferecer uma alternativa para eles, escolheram se arrepender dos seus pecados. Eles assim fizeram na esperança de transformar a ira de Deus em bênçãos. Deus não sente prazer em destruir as pessoas. "Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertei-vos e vivei" (Ezequiel 18:32). No Novo Testamento aprendemos que "Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9). Por causa do arrependimento de Nínive, Deus com seu poder soberano reverteu a sua decisão de destrui-los.

A soberania de Deus e o livre arbítrio do homem

Deus usa a sua soberania para mudar o homem, não pela força, mas por amor, motivação e persuasão. Jesus veio para "buscar e salvar o perdido" (Lucas 19:10). Ele busca mudar a vontade dos homens, tornar as suas prioridades as prioridades deles. Ele não sacrifica, de forma alguma, a sua soberania ao fazer isso. Contrário aos ensinamentos de João Calvino, e aos ensinamentos de muitos ainda hoje, Deus permite que o homem exerça o livre arbítrio. O homem jamais deve pensar que a paciência e a longanimidade de Deus são indícios de qualquer fraqueza por parte dele, pois todos nós apareceremos diante do tribunal de Cristo e responderemos pelas nossas ações (2 Coríntios 5:10). Não devemos considerar a longanimidade de Deus como indício de que Deus não punirá o pecado. "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus" (Romanos 2:4-5), Apesar de Deus permitir que Jonas o desobedecesse, Jonas se encontrou na barriga de um peixe no fundo do mar louvando a Deus e desejando a salvação, e Deus o deu outra chance.

Deus, pelo seu poder soberano, conhece a cada um de nós e usa o seu poder para capturar a nossa atenção e nos dar oportunidade de seguir o seu desejo. Considere Salmo 139:7-10:

Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás;se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também;se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, e ainda lá me haverá de guiar a tua mão,e a tua destra me susterá.

É impossível fugir de um Deus soberano.

A soberania de Deus e as nações

Também temos, no livro de Jonas, um exemplo da soberania de Deus em relação às nações. Deus está no controle do destino das nações. A cidade de Nínive e o seu futuro estavam sob o controle de Deus. Se era desejo seu destrui-la, seria destruída. Se seu desejo era salvá-la, seria salva. O destino de Nínive não estava sob o controle de Jonas ou nenhuma outra nação. A razão que Jonas fugiu de início foi que ele sabia que Deus poderia salvar a Nínive. "Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal" (Jonas 4:2). Jonas não tinha nenhuma soberania no assunto. Não seria feito de acordo com a vontade de Jonas, mas de acordo com a vontade de Deus. Paulo, ao falar com os atenienses, disse: "de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação" (Atos 17:26). O destino dos homens e das nações está na mão soberana de Deus. Foi pela soberania de Deus que a mensagem chegou a Nínive. Se Jonas tivesse insistido na sua recusa de ir a Nínive, teria impedido a Deus de enviar outro? Certamente não! Deus poderia ter enviado um outro profeta. Aqueles que pensam que as nações se levantam e caem por causa de uma defesa nacional forte, prosperidade econômica, alianças com outras nações, ou pela vontade dos homens, são ignorantes da soberania de Deus.

A soberania de Deus e a nossa obediência

A penas ao compreendermos a soberania de Deus podemos compreender a importância de obedecer a Deus e não aos homens (Atos 5:29). Apenas então podemos apreciar o aviso, "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo" (Mateus 10:28).

Por mais que tentasse, Jonas não podia escapar de Deus. Quanto mais ele tentou cumprir a sua própria vontade, mais forte Deus o puxou de volta. A chamada de Deus é sonora e clara. O alcance de Deus é longo e largo. A vontade de Deus não pode ser evitada ou negada sem conseqüências. Jonas pôde correr mas não pôde se esconder, e nem nós podemos.

A vida está cheia de distrações e interrupções. Uma coisa que a fé em Deus faz é nos trazer de volta ao centro. Nos traz de volta ao lugar onde devemos estar. É desta posição que podemos discernir o nosso verdadeiro lugar neste mundo e o nosso relacionamento com Deus. Ele é uma força inevitável. Ele está no controle. Ele rege. Quanto mais cedo aprendemos esta lição, mais cedo descobriremos o seu verdadeiro sentido e sua direção nas nossas vidas.

 

 

–por Karl Hennecke

 




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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Deus: Ontem. Hoje e Sempre

Nosso Deus ainda é o mesmo e o seu poder continua sem limites, fico impressionado, Deus é o maior reestruturador de vidas que existe, A graça infinita ainda alcança o maior de todos os pecadores, transforma e faz com ele viva em novidade de Vida. Liberta os encarcerrados, Cura os Enfermos, é Balsamo na vida dos desesperados. O evangelho forte que brilha nas densas trevas ainda é realidade, mesmo passando mais de 2000 anos da era apostolica, Ele ainda manda os seus anjos, move a natureza em nosso favor.
Estava outro dia conversando com meu Pastor e chegam,os na conclusão de que tem coisas que a nossa razão não alcança, nossa teologia fica vã. Hoje não me preocupe em explicar mais nada, apenas em viver a novidade de Deus, como disse meu Pastor ( Pastor Alceu Igreja Internacional da Familia Crista):"Deus não está tão preocupado em que entendamos os mistérios Dele, sua maior preocupação é com a nossa obediencia..." e na obediencia apenas nela este Deus maravilhoso vai nos levando a entender o seus Misterios, bem que Salomão havia dito: " O temor do Senhor é o principio da Sabedoria". Falando nisso gostaria de transmitir o testemundo do pastor Airlton de Serra Azul, espero que o mesmo sirva para sua edificação para glória de Deus.

Clique e escute:


domingo, 11 de abril de 2010


A IGREJA -PROPAGANDA E CONSUMO DE MERCADO
 

A igreja pode enfrentar a apatia e o materialismo satisfazendo o apetite das pessoas por entretenimento? Evidentemente, muitas pessoas das igrejas pensam assim, enquanto umaigreja após outra salta para o vagão dos cultos de entretenimento. Uma tendência inquietante está levando muitas igrejas tradicionais a se afastarem das prioridades bíblicas.

 


O QUE ELES QUEREM
 

Os templos das igrejas estão sendo construídos no estilo de teatros. Ao invés de no púlpito, a ênfase se concentra no palco. Alguns templos possuem grandes plataformas, que giram ou sobem e descem, com luzes coloridas e poderosas mesas de som. Os pastores espirituais estão dando lugar aos especialistas em comunicação, aos consultores de programação, aos diretores de palco, aos peritos em efeitos especiais e aos coreógrafos. O objetivo é dar ao auditório aquilo que eles desejam. Moldar o culto da igreja aos desejos dos freqüentadores atrai muitas pessoas. Como resultado disso, os pastores se tornam mais parecidos com [apresentadores] do que com verdadeiros pastores, mais preocupados em atrair as pessoas do que em guiar e edificar o rebanho que Deus lhes confiou. A congregação recebe um entretenimento profissional, em que a dramatização, os ritmos populares e, talvez, um sermão de sugestões sutis e de aceitação imediata constituem o culto de adoração. Mas a ênfase concentra-se no entretenimento e não na adoração.

 
A IDÉIA FUNDAMENTAL
 

O que fundamenta esta tendência é a idéia de que a igreja tem de vender o evangelho aos incrédulos, nessa visão a igreja compete por consumidores, no mesmo nível dos grandes produtos. Mais e mais igrejas estão dependendo de técnicas de vendas para se oferecerem ao mundo. Essa filosofia resulta de péssima teologia. Presume que, se você colocar o evangelho na embalagem correta, as pessoas serão salvas. Vê a conversão como nada mais do que um ato da vontade humana. Seu objetivo é uma decisão instantânea, ao invés de uma mudança radical do coração. Além disso, toda esta corrupção  do evangelho, nos moldes da cultura de mercado, presume que os cultos da igreja têm o objetivo primário de recrutar os incrédulos. Algumas igrejas abandonaram a adoração no sentido bíblico. Outras relegaram a pregação convencional aos cultos de grupos pequenos em uma noite da semana. Mas isso se afasta do principal ensino de Hebreus 10.24-25: "Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos."

 

O VERDADEIRO PADRÃO
 

Atos 2.42 nos mostra o padrão que a igreja primitiva seguia, quando os crentes se reuniam: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações." Devemos observar que as prioridades da igreja eram adorar a Deus e edificar os irmãos. A igreja se reunia para adoração e edificação e se espalhava para evangelizar o mundo. Nosso Senhor comissionou seus discípulos a evangelizar, utilizando as seguintes palavras: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações." (Mateus 28.19). Ele deixou claro que sua igreja não tem de ficar esperando (ou convidando) o mundo para vir às suas reuniões, e sim que ela tem de ir ao mundo. Essa é uma responsabilidade de todo crente. Receio que uma abordagem cuja ênfase se concentra em uma apresentação agradável do evangelho, no templo da igreja, absolve muitos crentes de sua obrigação pessoal de ser luz no mundo (Mateus5.16)


 
ESTILO DE VIDA
 

A sociedade está repleta de pessoas que querem o que querem quando o querem. Elas vivem em seu próprio estilo de vida, recreação e entretenimento. Quando as igrejas apelam a esses desejos egoístas, elas simplesmente põem lenha nesse fogo e ocultam a verdadeira piedade. Algumas dessas igrejas estão crescendo em expoentes elevados, enquanto outras que não utilizam o entretenimento estão lutando. Muitos líderes de igrejas desejam crescimento numérico em suas igrejas, por isso, estão abraçando a filosofia de entretenimento em primeiro lugar. Considere o que esta filosofia causa à própria mensagem do evangelho. Alguns afirmam que, se os princípios bíblicos são apresentados, não devemos nos preocupar com os meios pelos quais eles são apresentados. Isto é ilógico. Por que não realizarmos um verdadeiro show de entretenimento? Um atirador de facas tatuado fazendo malabarismo com serras de aço se apresentaria, enquanto alguém gritaria versículos bíblicos. Isso atrairia uma multidão, você não acha? É um cenário bizarro, mas é um cenário que ilustra como os meios podem baratear e corromper a mensagem.

 
TORNANDO VULGAR
 

Infelizmente, este cenário não é muito diferente do que algumas igrejas estão fazendo. Roqueiros, punks, ventríloquos, palhaços e artistas famosos têm ocupado o lugar do pregador e essa visão está degradando o evangelho. Creio que podemos ser inovadores e criativos na maneira como apresentamos o evangelho, mas temos de ser cuidadosos em harmonizar nossos métodos com a profunda verdade espiritual que procuramos transmitir. É muito fácil vulgarizarmos a mensagem sagrada. Não se apresse em abraçar as tendências das super igrejas de alta tecnologia. E não zombe da adoração e da pregação convencionais. Não precisamos de abordagens astuciosas para que tenhamos pessoas salvas (1 Coríntios 1.21). Precisamos tão somente retornar à pregação da verdade e plantar a semente. Se formos fiéis nisso, o solo que Deus preparou frutificará.

 
John MacArthur






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sábado, 10 de abril de 2010

A Arca da Aliança em Nós

Leitura Bíblica
I Crônicas – 13: 12, 13, 14
12. E aquele dia temeu Davi a Deus, dizendo: Como trarei a mim a arca de Deus?
13. Por isso Davi não trouxe a arca a si, à cidade de Davi; porém a fez levar à casa de Obede-Edom, o giteu.
14. Assim ficou a arca de Deus com a família de Obede-Edom, três meses em sua casa; e o SENHOR abençoou a casa de Obede-Edom, e tudo quanto tinha.

Introdução:
A Arca da Aliança um objeto muito especial, tendo sua construção sendo ordenada pelo prório Deus era um dos utensilios mais importantes do tabernaculo e posteriormente do templo de Salomão, esta localizada no Santo do Santo, atrás do véu, lugar especial este em que se manifestava a Gloria do Deus de Israel, a esta manifestação de Deus os israelitas chamam Skekinah, De acordo com o Dicionário Hebraico-Português, de Rifka Berezin, publicado pela Universidade de São Paulo, o verbo hebraico “shachan” significa “morar, habitar, estabelecer-se” e “shikan” quer dizer “alojar, instalar, estabelecer”. Trata-se da mesma raiz usada no nome SECANIAS (SHECHANIA: “em quem Jeová habita” ou “Jeová é sua habitação”).
Tomando este ponto de partida podemos entender a Shekinah, não é uma manifestação qualquer da Presença de Deus, é antes de qualquer coisa uma manifestação Plena, onde Deus se manifesta com toda a sua gloria, pois se manifesta a partir da sua Santa Morada, viver a “Shekinah” trazer a “morada” de Deus para nossa realidade.
E foi justamente isso o que aconteceu com Obede Edom quando este hospedou a Arca de Deus na sua própria Casa, ele não apenas hospedeu a Arca da Aliança, mas quando o fez, fez da sua própria morada, a morada de Deus.

`Fazer a coisa certa do Modo Certo
A empolgação as vezes é confudida com Fé, quero destacar aqui fé não no sentido de acreditar intensamente em algo, mas fé como conjunto de praticas religiosas, como diretrizes que norteiam a nossa vida tanto fisica como espiritual, Davi com todo o povo de Israel estavam demasiadamente empolgados com o retorno da Arca Santa, para Israel. Mas não estavam dando importancia ao real significado da arca que era a presença de Deus no meio de Israel, parece que mas uma vez a Arca estava sendo vista como uma arma de guerra, note que as primeira pessoas que Davi consulta são os capitães do exercito, chefe de tropas e principes:
Consultou Davi os capitães de mil, e os de cem, e todos os príncipes" (1 Crônicas 13:1).

Consultou também ao povo:
Se vem isso do Senhor...tornemos a trazer para nós a arca do nosso Deus; porque nos dias de Saul não nos valemos dela" (1 Crônicas 13:2-3).

Observe a expressão no versiculo anterior: não nos valemos Dela, pois é a Arca esta sendo vista apenas como uma poderosa arma em combate, assim como erraram os Israelitas em na epoca do Sacerdote Eli, ( I Samuel Cap 4)
Davi não consultou aos sacerdotes, não consultou a Lei de Moises, nem ao menos consultou ao Senhor por intermédio do ministério dos profetas! A bíblia alerta para a fabilidade dos projetos humanos, Davi ate acreditava que era da Vontade Deus, estava radiantre com as muitas vitorias que o Senor lhe havia concedido. Mas não se ateve num importante detalhe:
DEUS não deve ser adorado apenas pelo eu faz, ou representa e sim pelo que ele é pela sua majestade santa.
A arca deveria de acordo com LEI, se levada no ombros dos sacerdotes filhos de LEVI, e não em carros de bois..., não poderia ser tocada por alguem que não fizesse parte das prescrições da LEI. Vivemos uma epoca dificil em que no afã de ser fazer a obra tem se recorrido a metodos não biblicos, tem se consultado tudo, as estrategias de marketing e propaganda, o povo, os intelectuais, teologos etc. Cada dia surge uma nova moda na cristandade que tem a insinuação de ser a reveleção de estratégia especifica para a Igreja, mas e as recomedações bíblicas? Oração, Jejum, Consagração, Compromisso Sério com Deus? Tudo isso tem sido relegado a segundo plano, porque busca-se em nossos dias “Armas Espirituais”, para se ficar rico, prosperar, ter saúde, ser bem sucedido,um evangelho triunfalista, sedutor... Se o povo aprovar enchendo o templo amém... Bom Davi teve aprovação de todos... menos de DEUS. Deus feriu a Uzá um dos homens que carregavam a arca porque quando essa corria risco de cair, este no seu zelo sem sabedoria, resolveu descumprir a Lei e colocar a mão na arca. Uza tinha uma doutrina maquiavelica que colocou em risco sua propria vida uma doutrina em que os fins justificam os meios.
Então, a ira do Senhor se acendeu contra Uzá e o feriu, por ter estendido a mão à arca; e morreu ali perante Deus. Desgostou-se Davi, porque o Senhor irrompera contra Uzá... Temeu Davi a Deus, naquele dia, e disse: Como trarei a mim a arca de Deus?" (1 Crônicas 13:10-12).

A Arca na Casa de Obede Edom.
O que fazer então com a Arca do Senhor? Resolve então deixar a Arca na casa de Certo homem Chamado de Obede Edom, até então um desconhecido personagem que deveria morar a beira do caminho, alguem se tocado fosse pelo zelo de Deus seria sem expressão em Israel, talves pelo seu nome ate fosse um estrangeiro. Mas a arca ficou na casa deste homem, é Senhor começou a abençoar Obede Edom por causa da arca. Tres meses a Arca ficoiu na casa de Obede Edom, fizeram saber a Deus Obede estava sendo abeçoado e agora?
Quando os que levavam a arca do Senhor tinham dado seis passos, ele sacrificou um boi e um animal cevado.
E Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor; e estava Davi cingido dum éfode de linho.
Assim Davi e toda a casa de Israel subiam, trazendo a arca do Senhor com júbilo e ao som de trombetas. II SAMUEL
6:13-15

Davi mandou trazer a arca mas, tomou outros cuidados a cada seis passos os homens que levavam a arca faziam um sacrificio!
Davi deixou-se ser tomado por Deus e com Vestes aprorpriadas em adoração dançava diante do Senhor. ( dancar neste texto é karar= dar cambalhotas fazer acrobacias !!!! )
Alegria agora nãoi era apenas pela por que a arca era poderosa e decisiva nas batalhas, mas porque apresença de Deus estava no meio do POVO!

Agora a Arca com Sua Skekinah, com sua presença esta no meio de Israel novamente.

A restituiçao da arca santa em nossas vidas!
Por arca quero falar da representação da morada de Deus, arca estava alem do véu assim como esta Crsito intercedendo por nós. Não era a arca em si , que garantia as vitórias a Israel e sim a propria presença de Deus que a arca representava.
Façamos de acordo com querer de Deus e não de acordo com o nosso e busquemos ser nós mesmo uma arca santa, onde os mandamentos, o sinal de providencia ( mana) e o ministerio sacerdotal estão.

Rodriguez

quinta-feira, 8 de abril de 2010

CANSEI

Por Ricardo Gondim

Cansei! Entendo que o mundo evangélico não admite que um pastor
confesse o seu cansaço. Conheço as várias passagens da Bíblia que
prometem restaurar os trôpegos. Compreendo que o profeta Isaías ensina
que Deus restaura as forças do que não tem nenhum vigor. Também estou
informado de que Jesus dá alívio para os cansados. Por isso, já me
preparo para as censuras dos que se escandalizarem com a minha
confissão e me considerarem um derrotista. Contudo, não consigo
dissimular: eu me acho exausto.
Não, não me afadiguei com Deus ou com minha vocação. Continuo
entusiasmado pelo que faço; amo o meu Deus, bem como minha família e
amigos. Permaneço esperançoso. Minha fadiga nasce de outras fontes.

Canso com o discurso repetitivo e absurdo dos que mercadejam a Palavra
de Deus. Já não agüento mais que se usem versículos tirados do Antigo
Testamento e que se aplicavam a Israel para vender ilusões aos que
lotam as igrejas em busca de alívio. Essa possibilidade mágica de
reverter uma realidade cruel me deixa arrasado porque sei que é uma
propaganda enganosa. Cansei com os programas de rádio em que os
pastores não anunciam mais os conteúdos do evangelho; gastam o tempo
alardeando as virtudes de suas próprias instituições. Causa tédio
tomar conhecimento das infinitas campanhas e correntes de oração;
todas visando exclusivamente encher os seus templos. Considero os
amuletos evangélicos horríveis. Cansei de ter de explicar que há uma
diferença brutal entre a fé bíblica e as crendices supersticiosas.

Canso com a leitura simplista que algumas correntes evangélicas fazem
da realidade. Sinto-me triste quando percebo que a injustiça social é
vista como uma conspiração satânica, e não como fruto de uma
construção social perversa. Não consideram os séculos de preconceitos
nem que existe uma economia perversa privilegiando as elites há
séculos. Não agüento mais cultos de amarrar demônios ou de desfazer as
maldições que pairam sobre o Brasil e o mundo.

Canso com a repetição enfadonha das teologias sem criatividade nem
riqueza poética. Sinto pena dos teólogos que se contentam em
reproduzir o que outros escreveram há séculos. Presos às molduras de
suas escolas teológicas, não conseguem admitir que haja outros ângulos
de leitura das Escrituras. Convivem com uma teologia pronta. Não
enxergam sua pobreza porque acreditam que basta aprofundarem um
conhecimento ?científico? da Bíblia e desvendarão os mistérios de
Deus. A aridez fundamentalista exaure as minhas forças.

Canso com os estereótipos pentecostais. Como é doloroso observá-los:
sem uma visitação nova do Espírito Santo, buscam criar ambientes
espirituais com gritos e manifestações emocionais. Não há nada mais
desolador que um culto pentecostal com uma coreografia preservada, mas
sem vitalidade espiritual. Cansei, inclusive, de ouvir piadas contadas
pelos próprios pentecostais sobre os dons espirituais.

Cansei de ouvir relatos sobre evangelistas estrangeiros que vêm ao
Brasil para soprar sobre as multidões. Fico abatido com eles porque
sei que provocam que as pessoas ?caiam sob o poder de Deus? para tirar
fotografias ou gravar os acontecimentos e depois levantar fortunas em
seus países de origem.

Canso com as perguntas que me fazem sobre a conduta cristã e o
legalismo. Recebo todos os dias várias mensagens eletrônicas de gente
me perguntando se pode beber vinho, usar ?piercing?, fazer tatuagem,
se tratar com acupuntura etc., etc. A lista é enorme e parece
inexaurível. Canso com essa mentalidade pequena, que não sai das
questiúnculas, que não concebe um exercício religioso mais nobre; que
não pensa em grandes temas. Canso com gente que precisa de cabrestos,
que não sabe ser livre e não consegue caminhar com princípios. Acho
intolerável conviver com aqueles que se acomodam com uma existência
sob o domínio da lei e não do amor.
Canso com os livros evangélicos traduzidos para o português. Não tanto
pelas traduções mal feitas, tampouco pelos exemplos tirados do golfe
ou do basebol, que nada têm a ver com a nossa realidade. Canso com os
pacotes prontos e com o pragmatismo. Já não agüento mais livros com
dez leis ou vinte e um passos para qualquer coisa. Não consigo
entender como uma igreja tão vibrante como a brasileira precisa copiar
os exemplos lá do norte, onde a abundância é tanta que os profetas
denunciam o pecado da complacência entre os crentes. Cansei de ter de
opinar se concordo ou não com um novo modelo de crescimento de igreja
copiado e que vem sendo adotado no Brasil.

Canso com a falta de beleza artística dos evangélicos. Há pouco
compareci a um show de música evangélica só para sair arrasado. A
musicalidade era medíocre, a poesia sofrível e, pior, percebia-se o
interesse comercial por trás do evento. Quão diferente do dia em que
me sentei na Sala São Paulo para ouvir a música que Johann Sebastian
Bach (1685-1750) compôs sobre os últimos capítulos do Evangelho de São
João. Sob a batuta do maestro, subimos o Gólgota. A sala se encheu de
um encanto mágico já nos primeiros acordes; fechei os olhos e me senti
em um templo. O maestro era um sacerdote e nós, a platéia, uma
assembléia de adoradores. Não consegui conter minhas lágrimas nos
movimentos dos violinos, dos oboés e das trompas. Aquela beleza não
era deste mundo. Envoltos em mistério, transcendíamos a mecânica da
vida e nos transportávamos para onde Deus habita. Minhas lágrimas
naquele momento também vinham com pesar pelo distanciamento estético
da atual cultura evangélica, contente com tão pouca beleza.

Canso de explicar que nem todos os pastores são gananciosos e que as
igrejas não existem para enriquecer sua liderança. Cansei de ter de
dar satisfações todas as vezes que faço qualquer negócio em nome da
igreja. Tenho de provar que nossa igreja não tem título protestado em
cartório, que não é rica, e que vivemos com um orçamento apertado. Não
há nada mais desgastante do que ser obrigado a explanar para parentes
ou amigos não evangélicos que aquele último escândalo do jornal não
representa a grande maioria dos pastores que vivem dignamente.

Canso com as vaidades religiosas. É fatigante observar os líderes que
adoram cargos, posições e títulos. Desdenho os conchavos políticos que
possibilitam eleições para os altos escalões denominacionais. Cansei
com as vaidades acadêmicas e com os mestrados e doutorados que apenas
enriquecem os currículos e geram uma soberba tola. Não suporto ouvir
que mais um se auto-intitulou apóstolo.

Sei que estou cansado, entretanto, não permitirei que o meu cansaço me
torne um cínico. Decidi lutar para não atrofiar o meu coração.

Por isso, opto por não participar de uma máquina religiosa que fabrica
ícones. Não brigarei pelos primeiros lugares nas festas solenes
patrocinadas por gente importante. Jamais oferecerei meu nome para
compor a lista dos preletores de qualquer conferência. Abro mão de
querer adornar meu nome com títulos de qualquer espécie. Não desejo
ganhar aplausos de auditórios famosos.

Buscarei o convívio dos pequenos grupos, priorizarei fazer minhas
refeições com os amigos mais queridos. Meu refúgio será ao lado de
pessoas simples, pois quero aprender a valorizar os momentos
despretensiosos da vida. Lerei mais poesia para entender a alma
humana, mais romances para continuar sonhando e muita boa música para
tornar a vida mais bonita. Desejo meditar outras vezes diante do
pôr-do-sol para, em silêncio, agradecer a Deus por sua fidelidade.
Quero voltar a orar no secreto do meu quarto e a ler as Escrituras
como uma carta de amor de meu Pai.

Pode ser que outros estejam tão cansados quanto eu. Se é o seu caso,
convido-o então a mudar a sua agenda; romper com as estruturas
religiosas que sugam suas energias; voltar ao primeiro amor. Jesus
afirmou que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma. Ainda
há tempo de salvar a nossa.

Soli Deo Gloria.
 
Parece mas não é cuidadooo...


A Falsa Doutrina do Evangelho da Água e do Espírito



Por Walter Andrade Campelo, seminarista do SEBANOP.





 

Introdução
 

Esta doutrina pregada por Paul C. Jong, da Coréia, está sendo difundida através da Internet pela distribuição gratuita de livros eletrônicos (e-books), bem como pelo envio gratuito de cópias impressas destes livros através do correio.

Os livros, bem acabados e escritos com correção gramatical, são realmente atraentes à primeira vista, mas carecem de um melhor exame de seu conteúdo antes de aceitarmos a proposta de recebimento e divulgação dos mesmos.

Tem este estudo o objetivo de analisar objetivamente a doutrina do Evangelho da Água e do Espírito, conforme apresentada no livro "Você verdadeiramente nasceu de novo da Água e do Espírito?".


 

Análise de sua pregação
 

Paul C. Jong diz que Jesus através de seu batismo recebeu os pecados do mundo pela imposição de mãos de João o Batista. Diz ele que esta suposta [1] imposição de mãos de João o Batista foi de fato o batismo de Jesus. Assim, ele incorretamente traduz batismo por imposição de mãos, e somente casualmente chega a se referir ao batismo com seu verdadeiro significado, que é a imersão. Continuando, diz Jong, que Jesus ao ser batizado assumiu os pecados do mundo e ao ser crucificado pagou por estes pecados, os quais ele carregou em si durante todo Seu ministério público.

Jong põe assim maior ênfase no batismo de Jesus que em Sua crucificação, chegando a dizer que se Jesus não tivesse sido batizado, sua crucificação teria sido inútil para todos nós. Segue Jong baseando seu argumento em I João 5:6-8:

"Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade. (7) Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. (8) E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num" (I João 5:6-8 ACF).

Esta é uma passagem das mais difíceis, e os teólogos têm apresentado alguns significados diferentes para ela, especialmente quanto à significação da água neste contexto. Um aprofundamento nesta questão fugiria ao escopo deste estudo, mas é importante deixar claro que nenhuma das interpretações dos estudiosos da Palavra de Deus, em tempo algum, jamais, chegou à água com o sentido que quer o Sr. Paul Jong. Além disto, tenhamos presente, que uma das regras básicas para a interpretação bíblica afirma que, em hipótese alguma, podemos basear qualquer doutrina em um único verso. Assim, o sentido dado pelo Sr. Jong para a água teria que ter sido clara e inequivocamente apresentado em outros versos do texto bíblico, para que pudéssemos interpretá-lo desta forma.

Segundo ele, sem crer na água (no batismo de Cristo) tanto quanto no sangue é impossível a salvação. E este argumento é repetido à exaustão em seu livro. Mas, caso assim o fosse este ensino seria encontrado em alguma parte do Novo Testamento ou ainda do Velho Testamento, o que rigorosamente não ocorre. Não há qualquer ensino por parte de qualquer autor bíblico que, sequer de longe, mostre a posição assumida pelo Sr. Jong. Ele ainda argumenta que este seria o pensamento dos apóstolos, e que todos teriam crido desta forma. Como exemplo disto ele utiliza a passagem em I Pedro 3:20-21:

"Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água; (21) Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo" (I Pedro 3:20-21 ACF)

O significado claro que o apóstolo Pedro deu à água nesta passagem é que ela identifica aqueles que se salvam com Jesus na forma do batismo, representando sua morte, sepultamento e ressurreição.

Jong, contudo, interpreta esta passagem de forma torta dizendo: "Assim como, no tempo de Noé, as pessoas que não creram na imensidão de 'água' (o dilúvio) foram destruídas, aqueles que não crêem na 'água, o batismo de Jesus', certamente serão destruídos".

Esquece-se o Sr. Jong da própria promessa de Deus: "E eu convosco estabeleço a minha aliança, que não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio, e que não haverá mais dilúvio, para destruir a terra. (12) E disse Deus: Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas" (Gênesis 9:10-11 ACF)

Nunca mais haverá destruição pela água. E muito menos haverá destruição por não se crer na água.

Além disto, afirma o Sr. Jong, que poucos creram no "verdadeiro evangelho da água" no início da igreja, e que após o édito de Milão (313 d.C.) este "verdadeiro evangelho" desapareceu completamente, conforme fora planejado por Satanás, fazendo com que ninguém pudesse vir a ser salvo daí em diante. Ainda, segundo ele, durante o período da Reforma Protestante, o verdadeiro evangelho não foi encontrado, pois interpretaram erroneamente a Palavra de Deus, e somente agora, através de sua "redescoberta" do evangelho da água, o verdadeiro evangelho voltou à tona, como um rio que esteve por todo este tempo trafegando pelos subterrâneos da Terra, aflorando nestes tempos finais, através de sua pregação. Tristemente então, segundo Jong, ninguém nestes quase 2000 anos veio a se salvar através do crer no sacrifício de Jesus Cristo na cruz, em seu sangue derramado para remissão dos pecados.

Jong define o batismo como: "Ser lavado, ser enterrado (ser imerso) e, no sentido espiritual, transferir pecado por meio da imposição das mãos, como foi feito no Antigo Testamento"

Esta última frase (transferir pecado por meio da imposição das mãos) está completamente equivocada. Não há nada na Palavra de Deus, ou ainda que fosse em tradições, doutrinas ou costumes, sejam cristãos ou judaicos (já que fala de tradição do Antigo Testamento), que dê qualquer suporte a esta afirmação.

Mais para frente no texto Jong diz que: "Se Jesus não tivesse sido batizado antes de ser crucificado, todos os nossos pecados teriam permanecido".

Com isto ele coloca o batismo de Jesus em pé de igualdade com sua crucificação quanto à eficácia como ato remissório ou ainda mais importante, pois sem o primeiro o segundo não seria de qualquer valia.

O Sr. Jong deveria ouvir ao apóstolo Paulo, quando este explica o verdadeiro significado do batismo, deixando claro que a crucificação e a subseqüente ressurreição do Senhor Jesus Cristo, formam um ato sacrificial e remissório completo em si mesmo, não necessitando de qualquer complementação, seja anterior ou posterior:

"Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? (4) De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. (5) Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; (6) sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado" (Romanos 6:3-6 ACF)


 

Conclusão
 

Sua visão sobre como levar sua mensagem às pessoas, através da internet e da distribuição gratuita de livros tem sido muito bem sucedida, inclusive com seus livros tendo sido traduzidos e publicados em vários idiomas inclusive o português.

Contudo sempre que alguém tenta apresentar uma doutrina diferente da que está apresentada na Palavra de Deus, devemos estar atentos, devemos sempre agir como aqueles de Beréia [2] que conferiam tudo o que lhes era dito com as Escrituras Sagradas para ver se as coisas eram realmente assim, pois erros e heresias surgem diariamente, e devemos estar prontos a refutá-los:

"Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes" (Tito 1:9 ACF)

E pior ainda, pelo fato do Sr. Jong não estar tratando de uma doutrina periférica, a doutrina da salvação é o centro, o cerne, do que é ser Cristão, daquilo que nos faz o que somos, o centro de nossa fé e esperança.

Muito melhor faria o Sr. Jong, se pregasse o verdadeiro evangelho, se usasse de seus recursos para levar ao ouvido das pessoas a sã doutrina conforme a Palavra de Deus, para que pelo ouvir pudessem vir a se salvar. E que não criasse, como fez, outro evangelho além daquele que foi anunciado por Cristo e pelos apóstolos:

"Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; (7) O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.(8) Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. (9) Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema." (Gálatas 1:6-9 ACF)

Então, como o apóstolo Paulo nos exorta a fazer nesta passagem, consideremos o Sr. Jong anátema, e o deixemos por si só. E que Deus nos abençoe, nos proteja e nos ajude, para que sejamos instrumentos da Sua verdade para salvação das almas perdidas através da pregação do verdadeiro Evangelho de remissão dos pecados através do sangue derramado por Cristo Jesus na cruz do Calvário por cada um de nós.

Amém.



[1] Não há indicação bíblica de que tenha ocorrido, no ato do batismo de Jesus, imposição de mãos. Nem que esta fosse a prática de João o Batista.

[2] Atos 17:10-11




 



Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).
 




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