Quem Sou


Samuel Rodrigues , servindo a Deus na Igreja Assembleia de Deus, Min Madureira em Ribeirão Preto, casado com Cleide Rodrigues, Pregador da Palavra, Professor de Teologia, Blogueiro, Coordenador de Projetos de Pesquisa, contato pelo Whatsapp. ou se preferir ligue para 55 16 994542319

sábado, 3 de outubro de 2009

‘Auto-ajuda’ ou ‘ajuda do alto’?


Atualmente os livros de maior vendagem são os classificados como obras de auto-ajuda. Li numa crítica a pouquíssimo tempo, feita por um psicólogo cristão e pesquisador de Harvard, que desde quando a ‘moda’ dos livros de auto-ajuda ascendeu, isso há uns duzentos anos, nunca tantas pessoas entraram em estado depressivo. Resumindo, a dita ‘solução’ nem sempre soluciona o problema a que se propõe.

Não posso negar que alguns desses livros realmente têm o conteúdo humanístico e de profundidade psicológica a que se propõem. Porém, não é possível que se trabalhe sobre otimismo de forma vã, uma vez que há um grande vácuo entre o próprio significado do OTIMISMO e da ESPERANÇA. Otimismo é ver a luz no fim do túnel; mas a esperança é, mesmo sem vê-la, saber que ela está lá! (Leia Romanos 8.24 e confirme isso).

Mas, acaso, não é exatamente o contrário disso que vivem muitas igrejas e organizações ditas ‘religiosas’ da atualidade? Empreendedorismo ao invés de propagação do Reino de Deus? Pregação da ausência de dificuldades, mas, se elas vierem, basta um ‘vai dar certo! Vai dar certo!’? Ou ainda pior: usar o nome de Jesus como uma varinha mágica, e dizer ‘Jesus, faça isso! Jesus, faça aquilo!’.

A inversão de valores caiu num ponto que não apraz a nenhum de nós: tocou no ponto da fé. Se alguns apregoam a auto-ajuda (fora do meio cristão, mas também dentro dele), é tempo dos cristãos em espírito e em verdade buscarem uma AJUDA DO ALTO. Mais que otimismo, mas a esperança que Paulo cita aos Tessalonicenses, quando escreve ‘e o próprio nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Deus e Pai, que nos amou, e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança’ (2 Ts 2.16).

Não podemos dar um basta na derrubada de árvores a fim de compensar a quantidade de celulose necessária para tantos livros que propõem soluções mágicas. Mas podemos sim refletir sobre qual a real ajuda que precisamos.

Como já citei no início, muitas obras possuem a profundidade que prometem. Mas nenhuma (repito: nenhuma) delas pode se comparar à ajuda de Deus. ‘Clama a mim e responder-te-ei, e falar-te-ei coisas grandes e ocultas que ainda não sabes’, fala Deus através do profeta Jeremias (Jr 33.3). ‘Eis que a mão do Senhor não está encolhida para que não possa salvar e nem surdo o seu ouvido para que não possa ouvir’, o mesmo Deus, porém por Isaías (Is 59.1).

Não quero aqui frustrar o leitor das obras de auto-ajuda. Mas preciso afirmar a você: não são elas completamente suficientes. Suficiência mesmo, não temo em errar, você só vai encontrar no alto (e não auto, com ‘u’). Afinal, se alguém se propõe a viver em ‘auto-ajuda’, subentende-se que a ajuda é de si prá si mesmo (já parou prá pensar nisso?). Como então alguém quebrado, de coração endurecido e desgostoso, pode se restaurar por seu próprio poder e força de vontade (‘vai dar certo! Vai dar certo!’)?

Mas, há uma solução? Pela fé, creio que sim, mas a Igreja precisa novamente assumir seu papel. Percebo que alguns livros acabam se tornando talismãs, tendo voz mais ativa que a voz de Deus no tocante a tomada de decisões, tornando-se band-aid’s para depressão (e band-aid não cura, apenas esconde a ferida), enquanto a igreja assiste de camarote um sem número de ‘fiéis’ caindo na armadilha do ‘vai dar certo’, ou até mesmo participando junto com seus fiéis da pataquada empreendedora do otimismo e sorriso a qualquer custo. Aí, a frase muda; fica mais espiritual: ‘vai dar certo, em nome de Jesus!’.

Pronto. Estragaram dois mil anos de ensinamento. ‘Seja feita a Tua vontade’ não é mais suficiente. A idéia do ‘crente paladino motivado’, um ‘super-herói da fé’ acaba sendo muito mais chamativa do que a ‘vontade de Deus’. ‘Jesus, faça isso! Jesus, faça aquilo’... E a Palavra de Deus? E sua seriedade? E o compromisso de Deus, que Ele ouviria nossas orações, manteria sinais em nossa ‘cola’ (veja Marcos 16.17-18!), e tudo isso sem palavrinhas mágicas?

Dizem que ‘a religião não se discute’. Mas e o que andam fazendo dela? Podemos calar-nos a isso?



Pr. Paulinho Amendola

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