Quem Sou


Samuel Rodrigues , servindo a Deus na Igreja Assembleia de Deus, Min Madureira em Ribeirão Preto, casado com Cleide Rodrigues, Pregador da Palavra, Professor de Teologia, Blogueiro, Coordenador de Projetos de Pesquisa, contato pelo Whatsapp. ou se preferir ligue para 55 16 994542319

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010


Jesus disse que há castas de espíritos que só saem daqueles que eles possuem mediante a pratica do jejum e da oração.
Ora, esta declaração cria muitos problemas quando se a lê a partir de qualquer que seja a compreensão doutrinária.
Lendo isso, Pentecostais e seus parentes jejuam com a certeza de que o poder está na abstinência de água e comida — jejum —; acompanhados de oração pelo oprimido ou endemoninhado. Nesse caso, o poder é do jejum.
Também lendo isto os Reformados ficam agitados, pois, segundo a doutrina da Graça Soberana de Deus não haveria razão para jejuar, já que o poder não procede de nenhuma mecânica humana ou humanamente ativada como poder. Nesse caso o jejum é o problema; pois, supostamente, estaria tirando o poder da Graça invisível e transferindo-o para algo que facilmente viraria fetiche e paganismo.
Os Católicos por seu turno, lêem o que Jesus disse e dizem: "Oba! O rito tem poder!" No caso deles o poder está no rito.
Já os que fazem uma leitura mais leve e psicológica do texto de Jesus tendem a pensar que Jesus estava apenas dizendo que em meio àquela confusão toda — gente observando, discípulos brigando, um pai gritando; e Pedro, Tiago e João vindos da Transfiguração meio surtados de grandeza — não era possível ter concentração para tratar aquele caso. Nesse caso, o poder que o jejum daria seria o do foco e da concentração.
Ora, olhando para o que estava acontecendo, não tenho como dizer o que Jesus queria dizer além do que Ele disse.
Então, como vejo este texto?
Vejo-o sem problemas. Sim! Porque tudo o que leio no Evangelho não é para mim objeto de nenhuma tentativa de criar uma lógica sistêmica e doutrinária sobre qualquer coisa.
Para mim, em certas circunstâncias, havendo renitência por parte de um espírito imundo, eu jejuo, como já o fiz dezenas de vezes na vida.
Isso mesmo; sempre, em tais casos, jejuei sem nenhum conflito teológico e doutrinário!
Alguém pode ver um discípulo de Jesus (nos evangelhos) querendo saber como conciliar aquela declaração de Jesus com qualquer que fosse o pacote doutrinário?
Ora, para os discípulos que ouviram aquilo, a única coisa que ficou foi o que Jesus disse: Se o demônio mostrar renitência em deixar a sua vítima, jejuem.
Assim, não desejaram saber como ficava a "Graça", a "Soberania", o "poder absoluto do nome de Jesus"; ou mesmo como ficaria, diante de tal fato da renitência de demônios ao nome de Jesus, a doutrina da vitória da Cruz sobre todo principado e poder.
Tudo bobagem inventada do 4º Século em diante!
Os discípulos não eram filhos do "Cristianismo" (como nós); e nem foram doutrinados pelos teólogos patrocinados por Constantino; e, dele para frente, doutrinados pelos "pais" do saber de Deus na "Igreja".
Não! Os discípulos eram apenas gente simples.
Para eles Jesus era o poder; e, uma vez que eles mandassem um demônio sair em nome de Jesus, esperavam que saísse; porém, não tendo sido assim naquele caso, ficaram perplexos ante a impotência constatada.
Quando Jesus chegou do Monte da Transfiguração e repreendeu o demônio e este deixou sua vítima, ao acrescentar após isso que os discípulos não puderam expulsar o demônio por sua falta de fé, e que em razão disso deveriam sempre jejuar e orar — eles não "teologizaram", mas apenas aprenderam que em tais casos assim se deve fazer.
Para eles tudo era Graça de Deus. Inclusive orar e jejuar a fim de expulsarem um demônio insistente. Eles simplesmente não tinham nenhuma de nossas tolas e presunçosas questões. Jesus era o Senhor e o Mestre, o Filho do amor de Deus, o Messias, Aquele de Quem o Pai dava testemunho; e, para eles, isso bastava.
Além disso, criam que o jejum e a oração eram um meio de Graça.
Sim! O poder era de Jesus; e, ante Jesus, nenhum demônio ficou renitente; mas, como eles não eram Jesus, sua mente e coração deveriam estar alinhados na fé e na consciência, a fim de que aquilo que era poder e meio de Graça sobre eles (o nome de Jesus), não tivesse seu poder limitado pela falta de fé ou pelo medo deles.
Portanto, quando ouviram Jesus dizer o que disse, certamente eles não pensaram na força daquele demônio insistente, mas na sua própria fraqueza e falta de fé.
Assim, não transferiram o problema para os demônios, e nem buscaram uma conciliação teológica a fim de jejuarem de modo doutrinariamente sadio no intuito de expulsarem o demônio.
Não! Aquilo lhes veio como sendo para eles. Sim! Aquilo lhes veio como instrução de verdade e de sabedoria da parte Daquele que sabe o que diz; e, portanto, para eles era assim que deveria ser; e não algo a ser discutido.
Desse modo, quando Jesus disse que certas castas de demônios não saem se não por meio da oração e do jejum, os discípulos simplesmente pensarem em si mesmos, em como seus corações tinham aprendido o rito de dizer "sai em nome de Jesus" ("… pelo teu nome os espíritos se nos submetem..") — mas, assim mesmo, continuavam sem fé ante qualquer que fosse a renitência.
Mais tarde, muitos anos depois, Tiago, o irmão de Jesus, ao escrever a sua epistola, disse: "Resisti ao diabo e ele fugirá de vós". Ora, esta frase de Tiago é o equivalente a "esta casta não sai se não por meio de jejum e oração".
Jejuar e orar é resistir ao diabo até que ele fuja!
Além disso, em tais casos, jejuar e orar é o meio de Graça pelo qual o discípulo foca sua fé em Quem tem o poder; deixando, assim, pelo jejum e pela oração, as distrações que diluem a fé longe de suas mentes.
Tendo ainda caminhões a dizer, mas entendendo o limite dessa comunicação, apenas concluo afirmando que a instrução para jejuar e orar ante a resistência do mal, é algo que não deveria causar nenhuma pergunta; pois, ante o mal, o que o coração sabe que deve ser feito é tudo aquilo que signifique perseverança na verdade e no que é bom.
Assim, Ele disse: Ante a renitência do mal, não tenham medo; jejuem e orem; resistam o mal com fé; e, assim, ele fugirá de vós.
Alguma dúvida?
Nele, que disse o que disse, e o que disse é,
Caio
21/06/07
Lago Norte
Brasília
www.caiofabio.com

 






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