Quem Sou


Samuel Rodrigues , servindo a Deus na Igreja Assembleia de Deus, Min Madureira em Ribeirão Preto, casado com Cleide Rodrigues, Pregador da Palavra, Professor de Teologia, Blogueiro, Coordenador de Projetos de Pesquisa, contato pelo Whatsapp. ou se preferir ligue para 55 16 994542319

sábado, 4 de junho de 2011

Religião e Religiosidade

 

Demorei certo tempo para entender que religiosidade muitas vezes está distante da real adoração que deve ser prestada a Deus, é complicado mas as vezes somos acometidos por certas dissonâncias cognitivas que nos impedem de quebrar paradigmas e ver, de forma mais clara e objetiva, aquilo que temos por certo e estabelecido.

Engraçado como criamos regras e manuais e vagueamos entre o isso pode e isso não pode, em relação as coisas espirituais, engraçado também como a tudo damos o nome de doutrina e confundimos com a doutrina bíblica propriamente dita. Todo o estudante das escrituras sabe que há três fontes  doutrinária: a doutrina humana, a diabólica e a Divina. A primeira é feita de usos e costumes visto que o homem ainda não consegue entender o significado da graça divina e sempre acha que falta algo. que é preciso fazer alguma coisa, quando Deus somente pede dele que acredite, que tenha fé. Claro que temos a necessidade de exteriorizar a nossa fé, de escrevê-la as vezes em símbolos e ritos e liturgias, mas ao mesmo tempo devemos saber que símbolo, a forma,  liturgia ou o costume, não pode ser maior do que aquilo que se propõe a representar.

O problema da religiosidade dentro deste contexto que me proponho a falar é  que, escraviza o homem, fazendo acreditar no rito, no costume, na liturgia, mas do que no próprio Deus, além de fazê-lo se sentir mais piedoso com relação aos outros que não seguem ou não partilham dos seus pormenores doutrinários.

O fariseu ao longe se achava capaz, pelo simples fato se seguir ritos e doutrinas, o pecador ao longe nem ousava levantar a sua cabeça. Foi o pecador que desceu justificado e não o Fariseu! Foi na Casa de Zaqueu, publicano que Jesus passou a noite, e não na casa dos escribas. Prostitutas, Publicanos e Pecadores, entrarão no reino enquanto muitos “filhos do reino” ficarão fora dele.

A religiosidade é assim, exalta as formas externas em detrimento da fé.

A vida com Deus é mais simples do que parece, Deus nos propõe uma relação multidimensional, como servos, como amigos e como filhos, servos não apenas como um escravo, mas numa relação de honra em que nos colocamos como o escravo de orelha furada,  debaixo desta servidão para honrar nosso Senhor, amigos porque podemos partilhar com ele nossos segredos e Ele os seus, filhos porque agora em Cristo somos herdeiros.

A religiosidade não consegue ver estas dimensões, mas nos coloca sempre diante de um Deus irado, pronto para nos consumir com fogo, que deve ser aplacado através de práticas propiciatórias constantes, tal religiosidade não consegue entender a dispensação atual que vivemos, não vê graça, apenas temor e vingança.

Deus não mudou, não se enganem e nem pensem que digo o contrário disso, continua zeloso, continua a exercer  juízo na humanidade, porém em Cristo temos a novidade de vida e relacionamento, em Cristo as exigências de sua justiça são plenamente cumpridas, em Cristo o seu amor por outro lado é plenamente manifesto. Estar em Cristo, é viver a intensidade do juízo de Deus sobre o pecado, através de sua morte na cruz, mas também o viver a intensidade do seu amor através de sua ressurreição. 

Prostitutas, publicanos, pecadores, gentios e até mesmo os considerados como cães pela sociedade israelita antiga, enxergaram essa maravilha na pessoa de Cristo, até mesmo oficiais romanos e um ladrão condenado de forma justa por seus atos viu esse ministério quando disse: “Senhor lembra-te de mim quando entrares no teu reino”

Fariseus, Sacerdotes e até mesmo o incauto Herodes que queria ver pelo menos algum sinal ficaram de fora – Ao olhar deles Jesus zombava dos ritos da lei vetero-testamentária, não seguia os ritos, e se unia a pessoas religiosamente impuras.

Penso como deveriam ser simples as primeiras comunidades cristãs, se reuniam, compartilhavam o mistério da morte e vida de Cristo através da Ceia – parece que não tinham um sistema rígido do ponto de vista do costume, muito embora fossem firmes em sua conduta moral. Eram salvos pela graça e atraídos pelo amor de Cristo, pela mensagem da salvação, uma mensagem simples e eficiente que apenas mostra ao homem que Cristo morreu em seu lugar e o convida agora a viver a novidade de Vida.

“Por que Deus estava em Cristo reconciliando com Ele o mundo” II Cor. 5.19

  Rodryguez&Carvalho

2 comentários:

Irismar Oliveira disse...

O evangelho é simples o homem que gosta de complicar as coisas e quando fazemos isso não estamos vivendo a simplicidade do que o Senhor Jesus nos deixou!!

Um bom dia

Voltaire Theologos disse...

Caro irmão.Concordo com suas palavras.Apenas quero ressaltar que mesmo que a fé cristã não pode ser reduzida a um ritual ou à regras de conduta, ela, como fenômeno histórico não pode prescindir totalmente dessas coisas.
Toda glória a Iavé

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