Quem Sou


Samuel Rodrigues , servindo a Deus na Igreja Assembleia de Deus, Min Madureira em Ribeirão Preto, casado com Cleide Rodrigues, Pregador da Palavra, Professor de Teologia, Blogueiro, Coordenador de Projetos de Pesquisa, contato pelo Whatsapp. ou se preferir ligue para 55 16 994542319

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Não Amei o Mundo

“Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4.4

 

 

Lendo a história da Igreja, pesquisando aqui e ali, fica fácil de perceber como que certas festas e culturas pagãs foram se enraizando e sincretizando no cristianismo, reduzindo a sua mensagem de mudança de vida e o enfraquecendo.

Não é sem motivo que no seu grande momento histórico em termos de quantidade de reinos cristãos na Europa a mesma se encontrasse em trevas espirituais e materiais.

A tendência da mistura sempre existiu, dede que a massa do cristianismo foi lançada, o fermento ou do farisaísmo ou do paganismo sempre rodeou a Igreja. Paulo já se esforçava em escrever aos cristãos de Corinto, sobre a participação e comunhão nas festas pagãs, Pedro insistiu advertindo os cristãos que eram peregrinos e forasteiros, e Joao exorta a Igreja e diz que quem ama o mundo o amor do Pai não está nele, e Thiago diz que, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.

Lendo os escritos desses apóstolos percebo que a significativa parte dos cristãos ainda não entendiam a sua vocação no evangelho, sua chamada para santificação  e nem muito menos a realidade da vida eterna.

O mundo grego-romano com seus deuses, festas e luxurias deveria ser negado. O império das trevas não poderia de forma alguma exercer influencia sobre os filhos da luz. Uma vida recatada, santa e exemplar era o objetivo em vida, daqueles que foram tirados dos reino das trevas e trazidos para a maravilhosa luz.

A igreja não deveria nem ao menos fazer paralelos, simplesmente negava o mundo e sua forma de ser, não deveria seguir o seu curso.

Medidas e atitudes assim são sempre impopulares. já ouvi certas lideranças dizendo que se apertarem na doutrina bíblica, o povo vai esvaziar a igreja então é melhor deixar o “ Espirito Santo” agir! Mas como alguém crerá se há quem pregue? Não o Líder responsável pelo alimento espiritual do seu rebanho? Ou preocupa-se apenas com a lã?

Laodicéia  foi a igreja que casou com o mundo em todos os sentidos, a cultura mundana foi tão forte que influenciou o pensamento dos cristãos laodicenses, resultado disso, achavam-se ricos, eram pobres. Achavam-se curados demais, eram cegos, miseráveis  achavam-se vestidos e diante de Cristos estavam nus. Pior essa igreja tinha colocado Cristo para fora se suas portas, de modo que Ele clamava: “eis que estou a porta e bato”.

Estes dias li a biografia de Moody,  enquanto Moody se esforçava para pregar o evangelho, outro grupo acreditando que teria mais êxito promovia jogos de baralho e xadrez com a intenção de “atrair” mais jovens a Cristo! A historia está ai e nos provar qual foi o método que prevaleceu, se a pregação de Moody, com seus apelos a mudança de vida radical, ou o evangelho adulterado de outros. Moody influenciou sua geração, marcou seu tempo e ganhou almas para Cristo, os outros apenas trouxeram uma inovação que com o tempo se mostrou daninha e sem frutos verdadeiros.

Ao futuro morador da cidade celestial, requer que ele se porte como o tal, vivem do nesse mundo como se não vivesse nele, não se deixando influenciar por nada nem se seduzindo os manjares babilônicos, mas a semelhança de Daniel e seus amigos, em tudo se guardando sempre olhando para a Jerusalém celestial, pois a nossa cidade está nós céus.

 

Rodrigues&Carvalho

sábado, 17 de novembro de 2012

Anunciando o Salvador para todos.

 

“A discriminação é pecado, pelo simples fato de nos negarmos a pregar a palavra na sua forma plena aos que achamos mais pecadores do que os outros”

 

Conheci um rapaz, um colega de trabalho já fazem alguns  anos. Esse rapaz na época era fortemente discriminado por sua opção sexual, uma vez que era homossexual. No trabalho nossa líder e sua auxiliar, discriminavam, perseguiam e provocavam o rapaz, diziam abertamente que odeiavam “gays” e usavam outros termos mas chulos. Muito embora as duas também fossem homossexuais!

O rapaz era discriminado de forma gratuita, sem nada ter feito. Suas anotações de trabalho e relatórios um dia foram jogados no chão pela dita supervisora que disse que seu trabalho era um lixo! – Eu sempre observo e considero as coisas a minha volta. E também estive observando estes fatos.

A discriminação foi se espalhando pelo escritório e logo todos os colegas de trabalho estavam de alguma forma se afastando desse rapaz, evitando ele nas conversas, nos horários de almoço, evitando até pegar o mesmo ônibus para voltar para casa, carona então nem pensar! Enfim o rapaz virou alvo de todos. Se dizia na época que iriam força-lo  a se demitir pois ninguém queria esse tipo de gente por perto!

Num dia qualquer todos saíram para almoçar e percebi que o rapaz, ficou isolado, ninguém o convidou para ir, e eu o chamei para irmos almoçar, percebi nele uma certa mistura de alegria por sido chamado, mas também um pouco de constrangimento, afinal ninguém o chamava e ele vivia isolado.

Entre uma conversa e outra, descobri ele estava passando uma situação muito delicada, a noite trabalhava para uma cafetina da cidade, e se travestia de mulher, a cafetina o ameaçava e coagia, porque ele até então sem casa precisa morar com ela, e quando ele não arruma o dinheiro que ela queria, ela o surrava!  Importamnte dizer aqui na na época ele era um jovem com apenas 18 anos.  Ele tinha conseguido esse outro emprego em nossa empresa com a intenção de conseguir dinheiro, fazer um curso de cabelereiro e conseguir tocar sua vida com dignidade, mas como tinha que trabalhar dia e noite, e não podia deixar de levar o dinheiro da cafetina, foi aos poucos também entrando no mundo das drogas pesadas, pois alem da droga tiver o seu sono era uma fuga da realidade.

Esse era o motivo por ele era odiado pelo demais, pelo fato e além de ser gay ser também transformistas e andar pela ruas conhecidas como ponto de prostituição da cidade a noite em busca e clientes!

Bom não sei como ele entrou nessa vida, mas quando o conheci essa era a sua realidade.

Os anos passaram e estes dias estou em culto em uma das nossas congregações, e vejo um rapaz, com uma bíblia na mão, um hinário, e apresentado como visitante não evangélico,  muito atencioso com relação ao culto e a palavra pregada, eu mesmo, pois estava sentando próximo o ajudo a encontrar na bíblia as passagens citadas nas leituras bíblicas. E para minha. admiração é justamente esse rapaz, que citei , a mesma pessoa, sentado próximo de mim no culto!

Jesus a todos atraia, não os condenava no sentido de julga-lós e dar a sentença, pois esse não era o seu ministério, nem a sua função naquele tempo, como também não o é da Igreja o julgar e sentenciar. Jesus também não se omitia de pregar a verdade e orientar as pessoas para que não pecassem mais. Mas percebemos que muitos párias da sociedade viam em suas palavras e ensino a Luz, que guia o homem a Deus, que o recompõe, o faz nascer de novo e lhe da um novo sentido na vida.

Vivemos a época dos direitos, diretos dos idosos, das crianças, das mulheres, negros, índios, pobres, homossexuais e minorias religiosas. O ser humano clama não pelo direito de se sobrepor sobre os demais, mas pelo direito de ser visto como igual, com acesso as coisas básicas dessa vida. Não levanto nenhuma dessas bandeiras, mas entendo que abusos tem sido cometidos. Não apoio causas isoladas, sei que o problema da humanidade é falta de Deus.

Me preocupo com alguns posicionamentos que vejo de cristãos em relação aos homossexuais, percebo ódio e intolerância, como estes fossem uma classe pior de pecadores e sua salvação fosse algo de muito difícil ou até mesmo impossível, desse modo a palavra que deveria salva-lós acaba por afasta-lós. Alias já ouvi pregadores dizendo que a salvação de um homossexual é imposivel, porque Deus se afastou deles, outros ao invés de orarem pelas almas ficam com piadinhas imorais agindo iguais ao mundo, Sei que disso Deus não se agrada!

Tenho posições firmes, e acredito no que a bíblia diz a esse respeito, com também creio no que diz a respeito dos mentirosos, dos enganadores, dos idolatram o dinheiro e o poder, enfim dos que vivem na pratica do pecado, seja ele qual for.  Dos que usam sua posição para oprimir os demais, aliás a opressão é algo que não combina com a graça de Deus expressa na pessoa de Jesus Cristo.

Fico triste quando a Igreja celebra a conversão de um homossexual, alardeia o fato, com se isso fosse impossível, pois vejo nisso uma ponta escondida de descriminação. Também fico triste e duvido de alguns posicionamente de certas lideras em torno do assunto, penso que o proposito é mais eleitoreiro do que religioso. Fico alegre quando qualquer pessoa se converte, independente de quem seja, pois vejo nisso o milagre da salvação onde Cristo é tudo para todos.

Não mudaremso a sociedade a nossa volta com imposições, mas sim com ações da piedade cristã, com a pregação genuína do evagelho, se queremos mudanças reais devemos começar a ser cristãos reais, equilibrados entre o amor ao proximo e a pregação da verdade. Mas creio que a nossa dificuldade reside no fato de que não vemos o proximo como a nós mesmo, não now identificamos, não nos colocamos na situação, e por isso não amamos o proximo como a nós mesmo.

Tenho muitos colegas de trabalho homossexuais, um outro dia eu disse para um deles  não concordava com suas praticas, mas que o respeitava como humano e que se precisava podia contar. Outros pedem oração e oramos. E assim seguimos pregando a Jesus Cristo para todos, não para que fiquem como estão mas para que experimentem em Cristo o milagre do novo nascimento!

Que possamos ser equilibrados, denunciando o pecado e amando ao pecador, apontando sempre o caminho, e não escolhendo qual o tipo de pecado/pecador que terá acesso aos nossos cultos e a nossa palavra. Façamos nossos cultos de oração, comunhão e ceia, mas não nos esqueçamos da importância do culto publico onde anunciamos Jesus a todo o homem, independente de quem seja.

Como diriam os antigos pentecostais: Jesus Salva, Jesus Cura, Jesus Liberta!

 

Rodriguez&Carvalho.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Vida intima com Deus

Já compartilhei com meus amigos que nasci em um lar Assembleiano bem tradicional, e que meu avô foi pregador leigo Batista, ajudando a abrir algumas Igrejas no interior de Pernambuco.´Algumas coisas eram cultivadas em casa  uma delas era o culto domestico, papai trabalhava de dia e minha mãe nos reunia todos os dias à tarde, eu e meu irmão para orarmos, lermos a bíblia e louvarmos ao Senhor, ora com um hino do cantor Cristão, herança do meu avô, ora com os hinos da harpa Crista, e também alguns hinos avulsos.

Pode parecer até engraçado, mas meu tio quando seus filhos o desobedeciam, eles os corrigia com a leitura de um texto bíblico e o castigo deles era decorar algum salmo, acreditava ele que assim a palavra de Deus iria se enraizando em suas mentes, pois de acordo com meu tio tudo o que  faltava no homem, criança ou adulto era o temor a Deus e a sua palavra.

Aos 9 anos  ganhei um novo testamento da minha tia, e o devorei, lembro que comecei na primeira frase de Mateus e fui lendo e em pouco mais de um mês eu havia lido o novo testamento.Verdade que eu não entendia muita coisa, mas tinha e tenho ainda gravado em minha mente várias passagens bíblicas. Aos 12 anos desafiado pela escola bíblica dominical li  a bíblica completa.

Mas o que mais me marcou desse período eram as orações, quer fossem em casa, na casa do meu avó ou na Igreja. Meu Pastor, resolveu abri um dia só para as orações com as crianças e um obreiro que nos conduzia, lembro que oravamos até nossos joelhos doerem! Isso sem falar de outros trabalhos como evangelização, me lembro que uma vez fui ameaçado por marginais, eu tinha 12 anos, eles tomaram meus folhetos e rasgaram. Não fiquei com medo, pelo contrario nessa idade eu já tinha noção dos valores espirituais e tinha a convicção que morrer era estar com Cristo.

Cresci, passei por vários percalços no caminho, mas a fé que foi ensinada foi o que me manteve de pé.

Me preocupo quando vejo, cristãos que não oram, não consagram suas vidas, vivem uma vida ritualística entre idas e vindas pro culto, e muitos trocaram os valores como jejum e oração pelos movimentos gospel.

Não sou saudosista e nem estou falando que minha geração é melhor que a nova geração, até mesmo porque ainda existem muitos que levam a sério os valores espirituais. Mas o perigo existe e ele é real, muitos deixaram de ser crentes de pratica, de modo de vida, e passaram a ser apenas membros arrolados em alguma Igreja.

Mas Deus tem seus planos, e nunca deixará que a Igreja por ele comprada venha a se desintegrar.Tem alguns meninos na Igreja que sempre os observo, tem muitos que oram, outros que são assíduos nos trabalhos e dão testemunho Cristão, fico pensando como devem parecer alienígenas tanto para os de fora como para os de dentro.

Ouvi uma Pedagoga, falando sobre a forma de aprendizado do ser humano e em especial das crianças, discorrendo sobre as sinapses nos neurônios etc. Ela disse algo que me chamou a atenção, que a criança tem grande capacidade de assimilar o que os adultos fazem, começam imitando e logo estão agindo de forma similar. Um dos meus sobrinhos sempre que tem medo de algo, ou se assusta corre para o quarto, ajoelha e ora, ele tem apenas 7 anos e já faz isso desde os cinco anos! Exagero? Não! Temor a Deus, isso sim.

Engraçado, as vezes escuto umas coisas e me pego dando risadas sozinho, é um habito  feio que eu tenho"! Ouvi um pregador esses dias falando sobre mover montanhas, expulsar demônios, ser vitorioso, usou várias frases de efeito, parecia até o super homem, mas não ousou falar sobre a oração e jejum!

Que todos nós possamos descobrir o valor da oração, deste contato intimo com Deus, e mesmo que seja na agonia do Getsamani, possamos vigiar em oração.

Orai sem cessar!

 

Rodryguez&Carvalho

Fazendo-se ouvir.

 

A Importância da Pregação.

Lendo a palavra de Deus, ouvindo e examinando as escrituras fui percebendo o valor da voz e dos sentidos na propagação do evangelho, em certas ocasiões como ouvintes e em outras como comunicadores. Não raras vezes encontramos a expressão, “quem tem ouvidos para ouvir ouça”, e também são celebres os discursos de Jesus diante das multidões, que acompanhavam os seus ensinos, bem como os apóstolos pregando nas sinagogas ou nas praças.

A Palavra Escrita, toma outra dimensão quando é falada e ensinada, de forma vocal. As palavras devem estar escritas para serem preservadas ao longo dos séculos, mas devem estar na mente e no coração e boca, para que surtam o seu devido efeito.

Conversando com um psicólogo amigo, ele me disse que poderíamos resumir de forma breve a mente humana, como um grande oceano de palavras, palavras agora como expressão de pensamento em níveis conscientes e inconscientes. E pensando sobre isso fui percebendo o esforço dos profetas, apóstolos, entre outros que se esforçavam para incutir nas mentes a Palavra de Deus. Verdadeiro é o conselho de Paulo quando diz para que ocupemos a nossa mente, como coisas proveitosas e espirituais, não quero ir para esse terreno mas penso logo em neurolinguística.

Lendo outro artigo esses dias fiquei sabendo que as palavras escritas alcançam até 7% de nossa atenção, as faladas 33% e aquilo que nos  é transmitido acompanhado da expressão corporal correta assimilamos mais que 70%! Não é a toa que os profetas bradavam e quando precisavam, faziam ações proféticas e pedagógicas, de forma a chamar a atenção do povo, para sua mensagem.

Fico feliz, pois o ministério Cristão conta com bons pregadores mestres na arte do falar, e que sabem se expressar com clareza, seja leitura, na explanação do texto ou da ideia, ou ate mesmo nas suas ações fisionômicas e corporais na pregação. Por outro lado fico apreensivo, pois ciente fico da responsabilidade.

Jesus, é chamado por João de o LOGOS de Deus, logos como palavra, como expressão de pensamento, e Jesus por sua vez, mostrava o Pai em suas palavras e ações. Não apenas pelos milagres que acompanhavam seu ministério, mas principalmente pelo seu ensino com autoridade, pelas suas palavras de vida Eterna.

Alguém já disse que Jesus é tema principal das Escrituras, O Logos de Deus,. Infelizmente vejo alguns que pregam muita coisa, falam de si, falam do mundo, de tantas outras coisas  fúteis, mas não falam de Jesus.

Seria salutar se os pregadores do evangelho, entendessem que a pregação, vai além da palavra lida e dos sermões escritos, isso faz parte, mas a pregação deve fazer parte da nossa filosofia de vida, Palavras Lidas e vividas com intensidade, tem muito mais poder quando são pregadas.

Alguns anos atrás em uma cidade de Minas próxima a São João Del Rei, conheci um obreiro Cristão que não sabia ler e escrever, completamente analfabeto. Mas a fé vem pelo ouvir, e ele um dia ouviu a palavra de Deus, e agora era um pregador, pregando texto que ouvia outras pessoas falarem, não sei talvez você duvide, mas esse pregador leigo, bem leigo mesmo, trazia consigo conceitos exatos da fé, falando com propriedade sobre o ministério de Jesus sua morte e sua ressureição, eu mesmo ouvi sua pregação e fiquei  maravilhado.

Pregação boa não é aquela, que as pessoas admiram que elogiam, aquela que trás glória ao pregador, que é certeza de uma boa receita ao final (Jesus nos livre dos tais), nem é aquela cheia de recursos de oratória (muito embora seja valido). A boa pregação do evangelho é aquela que leva os ouvintes a reflexão verdadeira e a mudança de vida.

 

“E, quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais ensinou ao povo sabedoria; e atentando, e esquadrinhando, compôs muitos provérbios.Procurou o pregador achar palavras agradáveis; e escreveu-as com retidão, palavras de verdade.As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo único Pastor.”

Eclesiastes 12:9-11

 

Rodryguez&Carvalho

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Peregrinos e Forasteiros

 

Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma; I PEDRO 1:11

 

Um peregrino ou forasteiros nunca era muito bem visto nas sociedades grego-romanas, sempre discriminado com um número muito diminuído de direitos.

Normalmente o peregrino, muito embora peregrinasse por um tempo indeterminado, não tinha por intenção nas terras de sua peregrinação fixar  residência, e sendo assim mantinha vivo os seus costumes, tradições e “modus vivendi”

Não é sem motivo que Pedro se refere aos cristãos da dispersão como peregrinos e forasteiros. O cristão passou a ser visto como um, “xenos” estrangeiro no mundo de sua época, objeto de desconfiança e muitas vezes xenofobia. Se negavam a adorar Cesar como se este fosse uma divindade, se negavam a participar da festas e comidas em homenagem ao deuses do império. Tinha crenças peculiares como a crença na ressureição dos mortos e afirmavam que Cristo, o seu Deus e Messias,  de fato ressuscitou dentre os mortos, sendo isso escândalo para os Judeus e loucura para os gregos.

Nas comunidades cristãs, parece que a ordem natural das coisas da sociedade cheia de tabus e divisões sociais não tinha o mesmo sentindo, pois um escravo poderia ser pastor, presbítero quem sabe até um bispo, as mulheres eram cooperadoras ativas, enfim em Cristo as distinções de cor, etnia e posições sociais desapareciam e Cristo era tudo em todos.

O conforto oferecido pelas cidades romanas e a estabilidade de um titulo de cidadão romano, não comprava a cidadania e nacionalidade desses homens e mulheres comprometidos com outra pátria e outro reino, a saber o reino dos céus.

Mesmo perseguidos e muitas vezes tendo que se mudar constantemente de uma região para outra, fortalecendo assim sua condição de forasteiros, foram por toda a parte apregoando a poderosa mensagem do evangelho e causando um certo alvoroço, tanto nas autoridades como nos poderes religiosos constituídos de então.

Resistiram as arenas, aos leões, as insanidades de diversos imperadores, porque sabiam com uma certeza de fé incalculável que pertenciam a outro lugar, e sabiam que para se ter uma nacionalidade é preciso em muitos casos abrir mão de outra, sendo assim preferiram ficar com a nacionalidade celeste.

Os tempos mudaram, alguns se confundiram, o amor de outros foi se esfriando, a fé foi se sincretizando, e não por força ou imposição legal, mas por sedução muitos estão deixando sua nacionalidade celeste e adquirindo a mundana, com seus vícios e pecaminosidades. Mas ainda existem alguns que se alegram e se identificam quando escutam as verdades contidas em uma antiga perola da nossa hinologia que diz mais ou menos assim:

“Sou forasteiro aqui em terra estranha estou, do reino lá do céu embaixador eu sou..” Cantor Cristão Hino 207

Rodrigues&Carvalho

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Deus ainda restaura vidas.

 

Um pastor amigo meu, a uns anos atrás, foi cercado por alguns traficantes, que por certo o confundiram com outra pessoa, em uma das antigas favelas aqui de nossa cidade. No cerco a coisa ficou complicada, arma na cabeça, escopeta, fuzil imagine a cena. Mas enfim quando foi visto que ele não era o alvo foi enfim liberado. ( mas podia ter sido morto também !)

As vezes me preocupo com o nosso senso de justiça, como cristãos, tenho ouvido alguns hinos, se é que podem ser chamados de hinos, que vivem amaldiçoando os que nos perseguem, em uma clara contradição com as palavras de Jesus, cânticos com mensagens triunfalistas, até com um que de tripudiarão futura, um gosto exagerado por um tipo de justiça em seu favor, que não é justiça, mas vingança.

Também escuto, pois dizem que é melhor ouvir do que ser surdo. Alguns pregadores, falando sobre as justiças e vinganças de Deus sobre aqueles que nos perseguem e maltratam. Que Deus executa juízo isso é fato, mas como Cristãos somos chamados ao ministério da reconciliação e perdão, até mesmo das piores ofensas.

Não quero listar e nem entrar na discussão do tipo de ofensa, se terei perdão ou não e nem muito menos na gravidade de cada caso isolado.

Mas a minha vivência com Deus estes 39 anos me tem mostrado em tudo o amor de Deus até para com o mais vil de todos os homens, sendo verdade que muitos, não aceitam esse amor e infelizmente acabam perecendo.

A juízo reto quando executado, satisfaz os nossos desejos e sede de reparação, mas não o Deus, uma vez que Deus não tem prazer na morte do ímpio, antes quer que ele se converta.

Bom.. voltando ao caso do Pastor, os anos passaram, Este meu amigo Pastor é daqueles tipos raros que levam a mensagem salvadora do evangelho a todo o custo e seriedade e acreditam de verdade que Deus pode sim restaurar a vida humana. Alguém pode não entender este ministério mas o novo nascimento é algo real, e experimentado por muitos, antes deste novo nascimento, ocorre também uma morte do velho homem com todos os seus costumes e praticas, de modo com diz a escritura, quem está em Cristo é nova Criatura, e as coisas velhas ficaram para trás.

E quanto aos traficantes que quase mataram o Pastor?, afora outros crimes que devem ter cometido? Sei que muitos se incomodar, outros vão ver nisso a gloria de Deus, e outros vão zombar dizendo que não existe a justiça divina, a estes últimos, cuidado pois ela existe!

Quatro deles, eram seis ao todo, são Pastores hoje e estão ganhando almas na seara do Senhor, e outros dois são diáconos e também formaram uma dupla evangélica que canta e glorifica o nome do Salvador. E quanto ao Pastor ofendido e agredido nessa ocasião?, Ah.. Ele vive dando Glória a Jesus e dizendo que Jesus é Bom.

Para finalizar quero dizer que confio muito em nossas instituições de justiça, mas sei que justiça plena so pode vir de Deus, e sigo a minha vida confiante nos seus vereditos, mesmo que eu não os entenda.

Rodrigues&Carvalho

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Reflexões.

 

 

Cresci numa Igreja Pentecostal, ortodoxa e cheia de tradições. Os cultos eram especiais, a palavra pregada ia sempre de encontro as nossas necessidades, quer fosse para exortar, doutrinar, corrigir ou confortar. Os Pastores eram homens simples, com pouca ou nenhuma formação teologia, Mas eram pessoas que viviam a altura do que pregavam, exemplos a serem seguidos tanto na sua vida ministerial quanto particular.

Nessa Igreja em que cresci, muito em bora fosse bem tradicional, costume não era confundido com doutrina, o pastor apenas ensinava que o Cristão deve cultivar bons costumes em toda sua maneira de ser, mas também ensinava que em outros lugares, epocas e situações o bom costume poderia ter outro padrão e que o mais importante era a doutrina biblica.

Nossa Igreja crescia, todos os meses várias conversões, batismos tres a quatro vezes por ano.

Embora nossa Igreja fosse pentecostal, não havia meninices, nem muito menos demostrações exageradas de emocionalismo coletivo!

Fui crescendo…

Um belo dia me dei conta da existencia de um tal de pentecostalismo e neopentecostalismo, que eu nunca havia visto! No começo me deixei seduzir, frequentei algumas reuniões, alias nesses meios reunião é um nome muito mais bem aproapriado do que CULTO, haja vista que culto é o ato pelo qual reverenciamosa Deus, porém uma reunião pode apenas ser uma reunião…

Bençãos duvidosas, apelos emotivos visando ajuda financeira, pregadores que cobram altas somam para dar ministrar, pregando uma falsa doutrina, alheia ao verdadeiro evangelho! Homens que se auto intitulam Profetas, Apostolos e Patriarcas, que vendem um produto. Ao contrario dos pastores da igreja onde cresci, nunca vi esses tais em favelas, hospitais e bairros carentes, pregando não uma solução imediata, mas Jesus Cristo ao homem perdido. Procuram sempre os lugares de destaques e gostam de serem vistos cercados por autoridades, ricos e poderosos.

Voltando a minha Igreja antiga, Pentecostal, tradicional e ortodoxa. Ela ainda existe e meus antigos pastores antes leigos hoje com mais sabedoria, nos indicam livros de ministros batistas, presbiterianos e metodistas.Não abrem mão de crer na atualidade dos dons espirituais, mas tambem sabe m que existem um engano perigoso no Cristianismo, engano tal que tem desviado muitos do caminho da verdade.

Como disse um sábio pastor: Uma coisa é divergir entre um e outro ponto das escrituras, mas ter o coração sincero, outra coisa é fazer negocio da fé e ser um voraz mercador.

 

Rodrigues&Carvalho

Oferta e receber

  Moisés disse a toda a comunidade de Israel: ― Foi isto que o  Senhor  ordenou:  Separem dentre os seus bens uma oferta para o  Senhor . To...