“A discriminação é pecado, pelo simples fato de nos negarmos a pregar a palavra na sua forma plena aos que achamos mais pecadores do que os outros”
Conheci um rapaz, um colega de trabalho já fazem alguns anos. Esse rapaz na época era fortemente discriminado por sua opção sexual, uma vez que era homossexual. No trabalho nossa líder e sua auxiliar, discriminavam, perseguiam e provocavam o rapaz, diziam abertamente que odeiavam “gays” e usavam outros termos mas chulos. Muito embora as duas também fossem homossexuais!
O rapaz era discriminado de forma gratuita, sem nada ter feito. Suas anotações de trabalho e relatórios um dia foram jogados no chão pela dita supervisora que disse que seu trabalho era um lixo! – Eu sempre observo e considero as coisas a minha volta. E também estive observando estes fatos.
A discriminação foi se espalhando pelo escritório e logo todos os colegas de trabalho estavam de alguma forma se afastando desse rapaz, evitando ele nas conversas, nos horários de almoço, evitando até pegar o mesmo ônibus para voltar para casa, carona então nem pensar! Enfim o rapaz virou alvo de todos. Se dizia na época que iriam força-lo a se demitir pois ninguém queria esse tipo de gente por perto!
Num dia qualquer todos saíram para almoçar e percebi que o rapaz, ficou isolado, ninguém o convidou para ir, e eu o chamei para irmos almoçar, percebi nele uma certa mistura de alegria por sido chamado, mas também um pouco de constrangimento, afinal ninguém o chamava e ele vivia isolado.
Entre uma conversa e outra, descobri ele estava passando uma situação muito delicada, a noite trabalhava para uma cafetina da cidade, e se travestia de mulher, a cafetina o ameaçava e coagia, porque ele até então sem casa precisa morar com ela, e quando ele não arruma o dinheiro que ela queria, ela o surrava! Importamnte dizer aqui na na época ele era um jovem com apenas 18 anos. Ele tinha conseguido esse outro emprego em nossa empresa com a intenção de conseguir dinheiro, fazer um curso de cabelereiro e conseguir tocar sua vida com dignidade, mas como tinha que trabalhar dia e noite, e não podia deixar de levar o dinheiro da cafetina, foi aos poucos também entrando no mundo das drogas pesadas, pois alem da droga tiver o seu sono era uma fuga da realidade.
Esse era o motivo por ele era odiado pelo demais, pelo fato e além de ser gay ser também transformistas e andar pela ruas conhecidas como ponto de prostituição da cidade a noite em busca e clientes!
Bom não sei como ele entrou nessa vida, mas quando o conheci essa era a sua realidade.
Os anos passaram e estes dias estou em culto em uma das nossas congregações, e vejo um rapaz, com uma bíblia na mão, um hinário, e apresentado como visitante não evangélico, muito atencioso com relação ao culto e a palavra pregada, eu mesmo, pois estava sentando próximo o ajudo a encontrar na bíblia as passagens citadas nas leituras bíblicas. E para minha. admiração é justamente esse rapaz, que citei , a mesma pessoa, sentado próximo de mim no culto!
Jesus a todos atraia, não os condenava no sentido de julga-lós e dar a sentença, pois esse não era o seu ministério, nem a sua função naquele tempo, como também não o é da Igreja o julgar e sentenciar. Jesus também não se omitia de pregar a verdade e orientar as pessoas para que não pecassem mais. Mas percebemos que muitos párias da sociedade viam em suas palavras e ensino a Luz, que guia o homem a Deus, que o recompõe, o faz nascer de novo e lhe da um novo sentido na vida.
Vivemos a época dos direitos, diretos dos idosos, das crianças, das mulheres, negros, índios, pobres, homossexuais e minorias religiosas. O ser humano clama não pelo direito de se sobrepor sobre os demais, mas pelo direito de ser visto como igual, com acesso as coisas básicas dessa vida. Não levanto nenhuma dessas bandeiras, mas entendo que abusos tem sido cometidos. Não apoio causas isoladas, sei que o problema da humanidade é falta de Deus.
Me preocupo com alguns posicionamentos que vejo de cristãos em relação aos homossexuais, percebo ódio e intolerância, como estes fossem uma classe pior de pecadores e sua salvação fosse algo de muito difícil ou até mesmo impossível, desse modo a palavra que deveria salva-lós acaba por afasta-lós. Alias já ouvi pregadores dizendo que a salvação de um homossexual é imposivel, porque Deus se afastou deles, outros ao invés de orarem pelas almas ficam com piadinhas imorais agindo iguais ao mundo, Sei que disso Deus não se agrada!
Tenho posições firmes, e acredito no que a bíblia diz a esse respeito, com também creio no que diz a respeito dos mentirosos, dos enganadores, dos idolatram o dinheiro e o poder, enfim dos que vivem na pratica do pecado, seja ele qual for. Dos que usam sua posição para oprimir os demais, aliás a opressão é algo que não combina com a graça de Deus expressa na pessoa de Jesus Cristo.
Fico triste quando a Igreja celebra a conversão de um homossexual, alardeia o fato, com se isso fosse impossível, pois vejo nisso uma ponta escondida de descriminação. Também fico triste e duvido de alguns posicionamente de certas lideras em torno do assunto, penso que o proposito é mais eleitoreiro do que religioso. Fico alegre quando qualquer pessoa se converte, independente de quem seja, pois vejo nisso o milagre da salvação onde Cristo é tudo para todos.
Não mudaremso a sociedade a nossa volta com imposições, mas sim com ações da piedade cristã, com a pregação genuína do evagelho, se queremos mudanças reais devemos começar a ser cristãos reais, equilibrados entre o amor ao proximo e a pregação da verdade. Mas creio que a nossa dificuldade reside no fato de que não vemos o proximo como a nós mesmo, não now identificamos, não nos colocamos na situação, e por isso não amamos o proximo como a nós mesmo.
Tenho muitos colegas de trabalho homossexuais, um outro dia eu disse para um deles não concordava com suas praticas, mas que o respeitava como humano e que se precisava podia contar. Outros pedem oração e oramos. E assim seguimos pregando a Jesus Cristo para todos, não para que fiquem como estão mas para que experimentem em Cristo o milagre do novo nascimento!
Que possamos ser equilibrados, denunciando o pecado e amando ao pecador, apontando sempre o caminho, e não escolhendo qual o tipo de pecado/pecador que terá acesso aos nossos cultos e a nossa palavra. Façamos nossos cultos de oração, comunhão e ceia, mas não nos esqueçamos da importância do culto publico onde anunciamos Jesus a todo o homem, independente de quem seja.
Como diriam os antigos pentecostais: Jesus Salva, Jesus Cura, Jesus Liberta!
Rodriguez&Carvalho.